Thais645 29/11/2023
Com afeto e melancolia
Li em uma resenha que "Do jardim, com muito afeto" é uma história sensível que se passa no (e com o) início da pandemia. Fico pensando aqui, cá com meus botões, sobre a quantidade de literatura que brotará pelos milhões de pessoas que já se foram em decorrência desse vírus nefasto. E nos que ainda nos deixarão.
E também penso sobre todas aquelas que jamais ouviremos, leremos ou sobre as quais jamais saberemos. Mas algo é inegável: sempre haverá uma história próxima às nossas portas, ou diante de nossos olhos, infelizmente. Que não ficará apenas nos livros que estão a um clique de nossos dedos, ou naquela livraria da esquina, mas nas nossas próprias páginas, ou nos índices e prólogos dos que nos cercam, nos jardins vizinhos.
Sempre haverá uma história a ser contada. Ou duas. Ou dezenas, de alguém que se foi. De alguém que foi deixado. Uma história da qual participamos como meros coadjuvantes ou... como o próprio protagonista. E que, um dia, ainda mais distante, estará em outros livros de história, com H maiúsculo.
Uma história distante, vivida por tantos, negada por muitos, em livros, ruas, casas, bares e às janelas, e que nunca, e mesmo ao virar das páginas, e ao passar dos passos, jamais será apagada ou esquecida.