Paulo 30/10/2022
Um bom começo de fase
Após um avião ser atingido por um míssil sob os céus de Gotham, cabe ao Batman salvar as pessoas dentro do veículo e evitar uma tragédia. Convenhamos que salvar um avião de uma queda é algo grandioso, (até mesmo para o Batman isso soa absurdo) contudo mesmo com suas limitações o herói faz o que pode e utiliza de todos os meios possíveis para evitar uma destruição em massa, nem que para isso ele tenha que morrer. Quando as esperanças do Morcego estão para se esvair, ele e o avião são salvos por dois super seres, que se auto denominam Gotham e Gotham Girl.
Quem são essas duas pessoas misteriosas com tanto poder?
Elas são de fato aliadas do Batman no combate ao crime, quais são as suas verdadeiras intensões?
Eu sou Gotham é o primeiro arco de histórias escrito pelo autor Tom King a frente do Batman. Na minha opinião ele começou bem o seu trabalho, nos entregando o Homem-morcego em uma de suas melhores performances e introduzindo dois novos personagens para o seu universo. Achei muito interessante a forma como o autor trabalhou as motivações do herói, nos mostrando até onde ele está disposto a ir para salvas as pessoas em Gotham. Outro ponto positivo que também me agradou nesse exemplar é a interação do Alfred, o fiel mordomo tem uma participação icônica nesse encadernado.
Embora eu tenha gostado muito do início de fase do Tom King escrevendo o Batman, algumas coisas me incomodaram no seu roteiro. Entre elas, os principais problemas pra mim estão na falta de uma explicação plausível para explicar a origem dos poderes dos novos personagens (Eu sei que estamos falando de um mundo lúdico, e exigir lógica e realidade não faz muito sentido, mas bem que o autor poderia ter feito uma explicação mais bem elaborada). Outro ponto que eu também não gostei, foi que durante a execução da trama o roteirista perde muito tempo deixando pistas para o arco de histórias seguinte, a noite dos Homens-Monstros. Que pelo amor de Deus, que história ruim! é frustrante saber que páginas e mais páginas são dedicadas a este evento futuro, e quando você vai ver ele no volume seguinte é algo risível que beira o ridículo. Apesar desses pontos negativos que levantei a leitura vale muito a pena, eu sou Gotham é sim uma boa história do Batman.