@leiturasdadudis 10/10/2021
Ainda precisa ser trabalhado
Acredito que para essa resenha, precisarei dar minha opinião sob dois pontos de vista: leitora e cristã.
Jeremias é cristão e conhece o Calvinismo/cessacionalismo e passa a desacreditar do pentecostalismo. Por ser imaturo, passa a usar a Internet para julgar o pentecostalismo, arminianismo e continuísmo como bem entende. Quando seus pais descobrem, decidem contar a história deles. Maria Luiza era uma jovem de uma igreja tradicional e que percebeu que, na verdade, era o pentecostalismo que estava certo e não o posicionamento da igreja tradicional. Apesar disso, continuou respeitando seu pai, que era pastor de uma igreja tradicional, mas passou a fazer parte de uma igreja pentecostal.
Como leitora, minha opinião é que a ideia do livro é interessante. Infelizmente, os acontecimentos passam rápidos, o que me impediu de gerar conexão com os personagens, tanto que às vezes esqueci quem era quem. Terminei o livro com a sensação de que aconteceram muitas coisas pra um livro tão curto, o que consequentemente acarretou em situações com pouco aprofundamento.
Como cristã, achei o conteúdo fraco. A autora se utiliza se estereótipos vistos na Internet para descrever o Calvinismo, enquanto se utiliza da história real para defender seu posicionamento. Além de algumas citações que me incomodaram um pouco, afirmando por exemplo, que igrejas tradicionais são mais fracas em lutas contra o diabo por não praticarem os dons espirituais. Cadê a base bíblica, minha gente?
Mas, o que mais me incomodou mesmo, foi a forma como ela escreveu sobre isso. De forma totalmente inadequada para os irmãos de mente fraca (mesmo com o aviso de Paulo para tomarmos cuidado com estes). De forma geral, o livro é sobre a utilização dos dons, mas o Calvinismo foi inserido sem contexto nenhum, sendo associado demasiadamente ao cessassionismo.
Por fim, não indicaria este livro. Possui um enredo fraco, uma escrita que precisa ser melhorada e autoridade maior sobre o assunto.