Diane
13/07/2023Envolvente, como costumam ser os livros da JojoSophie vivia um casamento feliz com o pintor francês Édouard Lefèvre, até que ele é obrigado a deixá-la para lutar durante a Primeira Guerra Mundial. Ela passa a viver com os irmãos e sobrinho em uma pequena cidade ocupada pelos soldados alemães. Para não se deixar afetar pelos acontecimentos de guerra e separação do marido, ela se apega a um retrato seu pintado por Édouard. O belo retrato chama a atenção do comandante alemão, e Sophie acaba aproveitando a situação, arriscando sua reputação e sua família, em troca de ver seu marido novamente.
Na Londres dos anos 2000, a jovem viúva Liv Halston ainda guarda boas recordações de seu marido, incluindo um belo quadro de uma jovem que ocupa lugar de destaque em sua casa. Acontece que a pintura está sendo procurada pela família Lefrèvre, só que Liv não vai querer abrir mão do quadro, ainda mais quando descobre a história por trás dele.
"Às vezes a vida é uma série de obstáculos, uma questão de colocar um pé na frente do outro. Às vezes, de repente ela se dá conta, é simplesmente uma questão de fé cega."
As histórias escritas pela Jojo Moyes são envolventes demais, sua escrita me prende do começo ao fim, porém gostei bem mais da primeira parte da trama, protagonizada por Sophie. A Liv acabou se tornando essencial na narrativa por ser uma personagem que ensina muito ao leitor: como dar a volta por cima e recomeçar após uma perda significativa. Mas ela não tem, nem de longe, o carisma da Sophie, uma personagem tão bem construída que parece real. A autora nos permite uma intimidade com seus personagens ao ponto de fazer o leitor se sentir parte da história, seja lutando pela liberdade ao lado de Sophie, ou lutando por aquilo que nos mantem vivos, ao lado de Liv. A mescla entre passado e presente é um ponto alto da narrativa, recomendo!