Ley 18/03/2022Jogador número 2Jogador Número Dois é uma sequência lançada quase dez anos depois de Jogador Número Um. Minha experiência com o primeiro não foi como eu gostaria. Acabei gostando da história, mas não do protagonista. Nesta sequência, a história começa dias depois do final da caçada do Easter Egg de Halliday, e enfim conhecemos um pouco mais desse "depois" que tudo aconteceu.
A história tem um início bem frenético, com descobertas que podem mudar o mundo. Wade e seus amigos dividiram o prêmio e responsabilidades da fortuna de Halliday, mas Wade ainda tem funções maiores, por ter ele mesmo chegado ao fim da busca.
É de se imaginar que a história tenha tido um fim fechado no livro anterior, e foi assim que aconteceu, até que descobrimos que Halliday escondeu ainda mais surpresas para seu herdeiro. Se eu já tinha me acostumado a novas tecnologias nessa narrativa, pude me surpreender ainda mais. A obra proporciona mais um elemento superior que pode dar um salto para a humanidade, mesclando a vida virtual com a real, e possibilitando que possam adentrar ainda mais no OASIS.
As primeiras páginas dessa sequência são como um salto, dando explicações necessárias sobre essas novas descobertas e um relato da experiência. O mundo, que depois do OASIS foi modificado, se torna ainda mais diferente. A leitura tem uma boa premissa e é inegável que fiquei instigada sobre as novas descobertas.
Contudo, não são apenas essas novidades que permeiam a história. Surgem também novos desafios que principalmente Wade fica intrigado e segue uma busca para achar respostas. O legado de Halliday é mais extenso do que imaginei, e é intrigante como ele planejou tanto para que seus mistérios fossem além de sua morte.
Eu gosto de como a leitura é fácil de se envolver, mas tive dificuldades neste livro. Como o primeiro volume não conseguiu me conquistar por completo, tinha esperança de que a continuação fosse bem melhor, mas não foi o que aconteceu. Jogador Número Dois é uma sequência que tem novos rumos, mas é incrivelmente semelhante ao primeiro em alguns quesitos.
Aqui também acontece uma corrida e uma busca desenfreada por mais um mistério de Halliday. O protagonista tem seus altos e baixos, e mais uma vez não consegui me apegar. Enquanto os demais personagens tiveram suas participações e foram ganhando espaço aos poucos no livro.
A leitura tem reflexões bastante relevantes, levantadas a partir das invenções e pensamentos de Halliday. O livro contém poucos diálogos, e dessa vez o ritmo de leitura se manteve mais lento que o primeiro, dificultando meu progresso. Essa pode ser uma leitura agradável para quem sente saudades do primeiro volume, ou pode mudar a experiência daqueles que leram apenas o anterior. De todo modo, o livro se manteve morno, e apesar de levantar questões interessantes, não conseguiu me cativar.
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