Pequena enciclopédia de seres comuns

Pequena enciclopédia de seres comuns Maria Esther Maciel




Resenhas - Pequena enciclopédia de seres comuns


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Luciano 01/01/2022

Primeira leitura completa do ano.
Um livro bastante inventivo. Para além das descrições frias dos compêndios de Zoologia, a autora propõe formas poéticas de descrever animais não-humanos, plantas e ainda outros seres... Vale a leitura.
Adonai 01/01/2022minha estante
Fiquei curioso! E que capa linda!




KeylaPontes 29/01/2022

Esse livro foi um respiro em meio a tantos livros. Criativo e poético. Foi uma delícia ler e ir jogando no Google para ver aqueles animais ilustrados haha. Adorei
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Rafael Mussolini 03/07/2022

Pequena enciclopédia de seres comuns
"Pequena enciclopédia de seres comuns" da Maria Esther Maciel (Editora Todavia, 2021) é um livro divertido que convida os leitores a conhecer alguns seres bastante íntimos e outros nem tanto, que habitam nosso planeta e nosso imaginário. A autora brinca com a estética dos clássicos manuais naturalistas utilizando de um texto que mistura elementos científicos e biológicos com escrita poética. As ilustrações da Julia Panadés aparecem como um importante elemento, pois, somado à escrita de Maria Esther nos transporta para o universo dos seres comuns com boas pitadas daquilo que também faz parte do imaginário social em relação a cada ser catalogado na obra.

"Este livro talvez não exista. Ou melhor: sua inexistência é o que, provavelmente, o justifica enquanto livro. Foi escrito por uma bióloga que não é bióloga, mas finge ser uma, na medida do impossível. Já os seres vivos nele incluídos – todos classificados segundo certas peculiaridades de seus nomes comuns – têm uma realidade irrefutável: seja pela ciência, pela literatura ou por nenhuma das duas."

Maria Esther Maciel separou o livro em três partes. A primeira dedicada a todos os seres que são conhecidos para além de seu nome científico e apelidados de “marias – alguma coisa”. Nada mais brasileiro que isso. Um exemplo é a Maria-dormideira, “que é uma planta sensitiva que recolhe suas folhas em resposta a alguns estímulos” e que fez parte da infância de muitos brasileiros. Quem nunca se divertiu passando o dedo nas folhas da “Maria-dormideira” só pra ver ela se fechar lentamente diante de nossos olhos? O livro apresenta também a “Maria - sem vergonha”, que recebeu esse nome por ser “uma planta fácil, que se adapta sem problema a qualquer terreno”. É daquele tipo de planta que nasce em areia e também em asfalto.

A segunda parte do livro é dedicada aos joões. Entre “João – baiano”, “João – bobo”, “João – cachaça” e outras dezenas de joões destaco, como diz a autora, “o joão mais óbvio do reino dos bichos”: o João-de-barro.

"De dorso marrom-avermelhado e cor ocre no ventre, tem sobrancelhas explícitas. As cores da pena variam de acordo com o território em que ele vive. Na Argentina, por exemplo, onde é tido como a ave símbolo do país, elas tendem a uma certa palidez cinza. Por ser arisco, prefere o aconchego de sua moradia. Aliás, é um arquiteto de primeira, construindo sua casa de forma exímia, junto com sua parceira. Feita de barro, palha e esterco, tem formato de forno e pode pesar até doze quilos."

Na terceira parte desfilam os seres nomeados “viúvas e viuvinhas”, como o pássaro “Viuvinha – de – óculos” que possui uma auréola ao redor dos olhos, lembrando óculos. A famosa e temida aranha “Viúva – negra” cuja fama “se deve ao fato de que devora o parceiro após a cópula”.

Na quarta parte aparecem os “Híbridos”. São aqueles seres que recebem nomes conjugados de espécies completamente diferentes por estabelecerem algum tipo de similaridade (muitas vezes apenas física), como o “Arbusto-borboleta”, o “Bagre-sapo”, o “Besouro-rinoceronte”, o “Bromélia-zebra, e outros seres que nos causam divertimento e diversos tipos de outros sentimentos e sensações por sua aparência. São seres que se parecem com outros e que por isso acabam recebendo nomes populares divertidos. O “Besouro-rinoceronte” é um inseto com chifre curvo no meio da testa, a “Gazela- girafa” um antílope com pescoço e pernas super longas, o famoso “Peixe-boi-da-amazônia”, um grande vegetariano com corpo de morsa e traços bovinos.

A diagramação do livro dá destaque aos nomes populares de cada um dos seres e logo em seguida apresenta seu nome científico. Assim, a obra funciona também como uma espécie de livro informativo e divertido sobre os tais seres comuns. Para além disso, chama atenção a forma leve e despretensiosa com que a autora construiu o texto, que apresenta informações científicas de cada ser, mas também incrementa com uma ou outra informação que tem a ver com sabedoria popular, crendices, culturas regionalizadas e demais facetas da nossa imaginação na relação com os animais e as plantas.

Há poucos dias li um tweet da escritora Noemi Jaffe, onde ela dizia que: “quem olha para a floresta e vê árvores, terra e bichos, tem a si mesmo e ao outro assegurados e pode viver com alegria. Quem olha para a floresta e vê madeira, metais e pasto, não reconhece a si e nem ao outro e precisa da destruição para compensar esse buraco.” O “Pequena enciclopédia de seres comuns” me remeteu exatamente a essa visão. Maria Esther Maciel olha com olhos de ver para os seres e através de seu texto poético nos lembra que somos todos, bichos, plantas, flores e seres humanos partes de um mesmo sistema.

site: https://rafamussolini.blogspot.com/2022/06/pequena-enciclopedia-de-seres-comuns-da.html
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João 19/07/2023

Científico e poético
Fala sobre animais e plantas que levam nomes ou características humanas. Brinca criando descrições que são científicas e poéticas ao mesmo tempo. Como por exemplo uma palmeira de ?alma acanhada? ou o pássaro com ?riso de muitos matizes? Imagina conversas e conta coisas inusitadas.
Me fez lembrar que escrever não tem regras e que o peculiar é mais interessante que o comum.
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Fernandinha 27/05/2021

Um suspiro no meio da dureza
Uma enciclopédia poética, que nos leva a passear entre histórias de joãos, marias, viúvas e seres híbridos, existentes ou não, agrupados pelas suas semelhanças poéticas - e não pela classificação funcional da vida, que separa os seres viventes de maneira sem graça.
Para consultar sempre que se busca poesia e inspirações para olhar o mundo ao redor.
Angelica75 27/12/2021minha estante
Por favor, todos os verbetes tem ilustrações? Ou só alguns?


Fernandinha 04/03/2022minha estante
Desculpe, eu não havia visto seu comentário. Todos tem ilustrações sim.




milly 25/01/2024

Pequena enciclopédia de seres comuns.
As marias, os joões, as viúvas e viuvinhas, os híbridos

adorei ler essa pequena enciclopédia dos seres comuns, que trata os animais com tanta poesia.
achei uma leitura leve e interessante.
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Maia 02/08/2021

Uma delícia de ler, pequenos, sagazes e divertidos verbetes sobre diversas espécies, se as ilustrações fossem em cores seria perfeito. Boa leitura para crianças
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Teca Fernandes 22/08/2023

Com um olhar poético e quase inocente, Maria Esther Maciel dá personalidade e identidade a várias Marias, Joões, viúvas e seres híbridos. Uns são ranzinzas, outros dóceis e tem aqueles solitários.
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Várias vezes desejei estar observando alguns deles, presencialmente, enquanto ouvia de algum senhor sábio esses verbetes tão sensíveis, que unem biologia e poesia.
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Todas as raças são lindas, curiosas e fantásticas. Esther foi sábia em não dar voz a uma única raça, a maior e mais inteligente: a humana. Não merecemos a poesia, a fantasia e a sensibilidade. Somos pedra em meio a natureza.
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E a "Pequena Enciclopédia de Seres Comuns" é um registro em forma de protesto, de socorro e de respiro. Afinal, ainda estamos vivos e ainda há esperança de salvar tudo o que tem vida.

site: https://www.instagram.com/literalmenteca/
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Artemis 22/11/2023

As Marias,os joãos e as viúvas
Adorei a pequena enciclopédia dos seres comuns,uma obra singela que trata os animais com poesia e reverência,gostei também de como a autora conseguiu sintetizar o lirismo com a biologia,foi uma leitura muito interessante.
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naoesteves 05/02/2024

Top 1 fofuras literárias
"Viuvinha do amor-agarradinho:

É um mimo de trepadeira. Uns chamam de 'Rosália'; outros, de 'Georgina'. De crescimento lento e constante, adquire aos poucos um ar romântico, pois suas folhas são pequenos corações (...), atravessa muros, telhados e cercas, sempre irresistível. Floresce o ano inteiro e se deleita sobretudo com as abelhas (...)"

Esse é um dos muitos verbetes sobre Marias, Joões, viúvas e híbridos que a Pequena Enciclopédia traz. Que preciosidade é esse livro! Que delicadeza, que sensibilidade, que olhar bonito à natureza. As ilustrações são lindas. É um prato cheio para quem se interessa por biologia, mas também para quem busca algum tipo de inspiração pras pequenas coisinhas da vida. É um livrinho muito simpático e bem humorado. Fez meus dias mais alegres e meu olhar mais cuidadoso aos seres que encontro pelo caminho!
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Paty 21/02/2024

Um livro fofinho com criaturas conhecidas e algumas até esquisitas. Eu amaria que ela tivesse feito um livro assim com animais exóticos ou diferentes.
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Raquel S. Ramos 24/09/2021

enciclopédia que não é enciclopédia
Um prazer para meu eu criança que adorava ler atlas e enciclopédias. Esse livro é um "bestiário" com ares de ficção, poesia e autobiografia, que faz a gente se perguntar o tempo todo: "Esse bicho existe mesmo?" É certamente um livro pra ser lido com o Google aberto do lado. Um surto total pra quem é curioso. As ilustrações também são muito lindinhas e muito bem feitas, remetendo às espécies mencionadas.
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