spoiler visualizarRen Alc. 02/12/2021
"You know these things. And yet, somehow, you never think it will be today."
O livro já começou me fazendo questionar se eu realmente havia finalizado o anterior, uma vez que... Faz absolutamente muitos anos que li o livro anterior, então sim, sofri e capenguei demais tentando lembrar como o livro #8 havia acabado.
Enfim, deixando minha memória ruim pra lá... Gostei como a Diana não fugiu de deixar claro que o inevitável está acontecendo com o Jamie e a Claire: A velhice. Geralmente em muitos livros — ainda mais os que correm por anos —, a autora tende a ignorar o passar da idade dos protagonistas, mas a Diana pelo menos não tá fazendo isso — e isso merece sim reconhecimento. Outra coisa que me deixou contente foi ela ter deixado em aberto a vida amorosa da Jenny — irmã do Jamie para as/os/ esquecidas/os/es —, sendo sensível ao tópico de alguém poder seguir em frente e se apaixonar novamente, após perder um grande amor.
“He is still with you — your husband. He says to tell you that he walks upon two legs.”
Interessante também como a Diana confirmou as desconfianças da Claire — de livros anteriores — sobre o fantasma do Frank às vezes estar ao redor dela. Mas mais interessante ainda foi saber que o homem não além está por perto, como também estendeu essa “proteção” até mesmo pro Jamie — até agora pensando no crânio do homem pra ter chegado a várias conclusões e escrito um livro tendo certeza que o Jamie leria. Mais uma missão concluída Frank Randall, mais uma missão concluída...
“You shouldn’t worry,” he assured me. “He is a man who loved you; he means you no harm.”
“What is strange,” he said as I rose, “is that this man often follows your husband, too.”
Nunca neguei e nem nunca vou negar: Faz tempo — dois ou três livros — que acho a família Grey a mais interessante de todas e a minha maior razão de sempre continuar minha leitura, por isso posso estar fazendo um julgamento meio tendencioso, mas... Lord John Grey como sempre foi o homem “mais mais”. Juro, onde tá o defeito dele?!
“What’s keeping you so busy?” Hal’s voice was sharp; he was under strain.
“Your daughter-in-law, my son, my presumed son, your son, and, you know, minor bits of regimental business.”
Continuando da onde parou (mais ou menos), o seu relacionamento com o filho, William, continua estremecido por conta da revelação de paternidade. William se sente traído, enganado e consequentemente, está sem rumo algum — totalmente perdido na vida, por achar ter perdido sua identidade —, e John preocupado com o filho começa a matutar soluções para ajuda-lo e também recuperar o relacionamento deles. Mas é óbvio que a casa Grey não está enfrentando apenas esse drama... Ainda tem Hal Grey (amo o humor seco desse homem) à procura de seu filho e lidando com sua recém conhecida nora, Amaranthus. E ta aí meu problema com a mulher e pasmem, com o William também!
“Why couldn’t I have saved you? Didn’t you know I’d come for you?”
Depois do John Grey, Young Ian (um beijo Young Ian!), o William sempre foi o meu personagem favorito (Meu top é John Grey, Young Ian, William, Fergus e Germain — ninguém perguntou mas essa é a minha resenha e única oportunidade de colocar meus devaneios sobre Outlander no papel, ou no caso, no computador), logo fiquei decepcionadíssima sobre ele ter escolhido correr atrás de uma mulher que ele descobriu ter enganado sua família. Primeiro, que não fez nenhum sentido essa “atração”; Segundo, que a mulher sempre deixou claro que estava ali pra seduzir, mesmo quando ele não sabia a real verdade sobre o desaparecimento do primo; E terceiro, primeiro e segundo.
“She’d made a fool of him and damn near dragged him into her web.”
Esse plot todo com a Amaranthus x William só reforçou o que eu já desconfiava: A vida amorosa dos filhos do Jamie, é lascada! (Acho que nem a Amaranthus morrendo e voltando vou gostar dela, aliás, acho que vou odiar mais) Com exceção de Fergus e Marsali — esses dois foram feitos um para o outro.
Sério, acho que a Diana odeia o William e a Bree (sim, até hoje não engulo o Roger com ela).
Já que chegamos na parte de coisas negativas (pra mim) do livro... Não entendi o Jamie achar que o Lord John Grey deve algum pedido de desculpas a ele até hoje por algo que já foi explicado. E que ele se vingou muito bem (até demais), até o momento acho que quem deve receber um pedido de desculpas é o John, afinal ele quem quase ficou cego, quase foi enforcado e sofreu ofensas na mão do amigão né?! Enfim, incoerências de Jamie Fraser.
Ahem, falando do John (de novo), adorei ter revisto o Percy, o maior pilantra da série em disparado. Tudo bem que foi golpe baixo o que ele fez com o Fergus — aliás, não vejo a hora da confirmação sobre Fergus ser um ancestral da Claire, provando que tá tudo conectado! —, mas mais lá pro final a gente entende que o pobi do homem não teve lá muitas escolhas. Como ele disse pro John: Ele é um covarde. Mas um covarde que ainda segue apaixonado pelo John, o que cimenta o lovers to enemies deles e faz minha carteirinha de shipper vibrar! Tô shippando horrores esses dois e torcendo para a felicidade de ambos — independente de terminarem juntos ou separados.
“I wanted to say two things to you. First…that I’m sorry. Truly sorry.”
“All right. I believe that, too, for what it’s worth. Which is not all that much, as I’ll likely be dead soon, but still. And the second.”
“That I love you.”
Enfim, falei falei mas não falei tudo porém vou ter que parar por aqui (na verdade não tenho que parar nada, no entanto, irei parar sim pra evitar fadiga) e dizer que o livro foi até bom, contudo acredito que poderia ter sido bem melhor, por vezes a leitura foi arrastada e em outros momentos você percebia que a autora relatava alguns acontecimentos anteriores apenas pra encher linguiça? Bom, pelo menos foi essa a impressão que tive.
O final foi muito mais emocionante que o começo, o que achei inteligente da autora e uma desgraça pra gente que é leitor que vai ficar esperando por anos pela continuação, mas é sobre isso né?! Estamos chegando full circle e Outlander precisa acabar, infelizmente para alguns e felizmente para outros.
“But when someone dies, naturally the people they leave behind will still sense them. I don’t know whether you’d call that haunting, though;”
PS: Adorei o reencontro do William com a Bree, mas espero que o próximo seja mais longo e eles finalmente possam conviver por mais tempo para se conhecerem. E tomara que o Cinnamon apareça novamente! (Preferencialmente salvando o William, como sempre)