Resenhas - Holodomor

Bruna 29/01/2024

Todo mundo sabe que ler é importante. Ler estimula o raciocínio e a criatividade, melhora o vocabulário, melhora a escrita, mas de verdade, o melhor benefício dos livros na minha opinião, é o conhecimento, o senso crítico. Esse é um daqueles livros que todo mundo precisa ter acesso para aprender a reconhecer a maldade, a tirania. Homens com poder, ao longa da história, violaram seguidas vezes direitos humanos básicos como acesso aos alimentos, a moradia e ao trabalho. Holodomor foi um genocídio com tantos requintes de crueldade que a história contada por Simon Starow parece mais um daqueles contos de terror 18+ hollywoodiano. É impensável o que os ucranianos sofreram no início da década de 1930. É revoltante! Dito isso, sabemos bem que a história só não se repete com uma população educada e bem informada, sendo assim, esse livro PRECISA ser lido.

Andre350 17/03/2023

A história não pode ser esquecida, decisões, abstenções sempre terão consequências, ideologias perversas, que ainda hoje pairam sobre nossas cabeças. Um livro que deveria ser lido nas universidades, pelos jovens que tanto reclamam, que se dizem revolucionários... livro que ajuda a entender um pouco o pensamento da esquerda...

Fernanda2407 04/12/2022

É absurdo que não aprendamos na escola sobre Holodomor. Fala-se tanto do nazismo, mas se ignora completamente os horrores perpetrados por Stalin na URSS. O que os regimes de esquerda fizeram e ainfa fazem no mundo são verdadeiras aberrações. Os crimes cometidos e o alto grau de crueldade perpetrado por esses governos são nauseantes.

Joao 05/03/2022

Deveria ser distribuído nas escolas
Um livro muito triste, assim como outros que já li. O final, além do mais, é um dos que mais me deixou chocado. Pensei que terminaria de uma forma mais tranquila, porém foi o contrário. Estou pensativo até agora sobre.

A obra, em si, ensina-nos muito. Fora escrita por uma testemunha ocular, a qual era apenas uma criança quando o Partido Soviético deu início na coletivização das fazendas ucranianas. Presenciou mortes de vizinhos, amigos e parentes. Viu o que uma pessoa é capaz de fazer quando se encontra à beira da morte por inanição.

Dolot nos corta o coração com algumas frases e narrativas de acontecimentos dos quais esteve presente.

Há, inclusive, muitas semelhanças do livro, o qual se passa em 1929 a 1933, com a atualidade russa. Algo que me marcou, refere-se à proibição atual de se falar em guerra ou invasão na Rússia, podendo a pessoa ser presa. Durante a coletivização, um professor foi enviado ao trabalho forçado, visto que na tentativa de pedir ajuda, disse para várias pessoas que em sua vila estava ocorrendo mortes devido à fome. Isso o que ele fez, fora considerado uma fake news, haja vista que a URSS pensava de uma outra maneira o motivo daquelas mortes.

Enfim, recomendo esse livro. Serve de ensinamento para muitas coisas. Dentre as quais, incluo o desleixo de muitas pessoas com a comida. Muitos não dão valor ao prato que está à mesa, desperdiçam sem dó. Não ter algo para comer deve ser a pior sensação da vida. Espero que a morte por inanição um dia seja extinta, a fim de que nunca mais falemos disso. Que no futuro, todos tenham algo para se alimentar.

Rogerio.Flores 23/02/2022

Holodomor
Sob o pseudônimo de Miron Dolot, Simon Starow apresenta para o mundo o relato impressionante de um dos mais infestos e cruéis genocídios da humanidade. Através deste livro foi possível investigar e, posteriormente, através de informações oficiais russas e ucranianas, comprovar esta triste página de nossa história conhecida como Holodomor.
Miron faz um relato impressionante dos 3 anos finais de sua adolescência, entre 1931 e 1933. Com uma linguagem em primeira pessoa, simples e de fácil leitura, ele nos coloca no dia a dia da vida campestre da Ucrânia nos primeiros anos da ditadura Stalinista, quando a Ucrânia pertenceu à União Soviética.
Além de promover uma leitura de um suspense magnético, rica em detalhes, serve de relato histórico importante para os que querem compreender melhor a natureza humana e a construção de nossa história.

Daniel Muniz 13/02/2022

Holodomor
Um livro forte, pesado, brutal. Como pode um regime fazer isso com seu próprio povo? A história de Simon é uma história de morte, sonhos, dúvidas e acima de tudo, superação. O genocídio dos fazendeiros ucranianos é mais um dos genocídios esquecidos pelo mundo. Esse livro é essencial, um livro fundamental para que não esqueçamos o que o regime de Stálin fez com os fazendeiros ucranianos. Um relato do mal personificado num regime e em pessoas. Excelente livro, mas pesado e duro para algumas pessoas, recomendo com ressalvas?

Marcella.Pimenta 29/01/2022

Um genocídio pouco conhecido
A política de coletivização das fazendas na Ucrânia por volta dos anos 90 não pode ser definido como outra coisa que não um genocídio, cujo conceito é o extermínio deliberado, parcial ou total, de uma comunidade, grupo étnico, racial ou religioso.

Narrando a vida em sua vila, o autor nos mostra que tudo foi um plano para destruir o povo ucraniano: o trabalho exaustivo por pouca comida, as altas cotas de grãos que recolhidas para o Estado e que deixavam os moradores sem nada pra si, a proibição de viagens para que buscassem comida em outros locais...

É o relato pessoal com um valor histórico inestimável, com um enredo tão tenebroso que parece ficção. Você tem a visão de um morador, de um cidadão comum, como todos nós, então é fácil se identificar com ele.

Os termos ucranianos e russos são bem explicados, nas notas de rodapé ou no próprio texto.

Àquele que ainda creem que o comunismo quer acabar com a fome, proteger os inocentes e promover o bem comum, apenas leia este livro.

Silvio 29/10/2021

Dependendo de sua cabeça, coração e pressão, não leia esse livro. Você poderá ter um AVC, um infarto, uma explosão de raiva ou chorar até se acabar. Eu tive muita fome - só que comi um monte - e pesadelos!
O livro mostra os horrores absurdos que o comunismo da URSS causou na Ucrânia no início da década de 30.
Mostra os falsos discursos publicitários de um esquema que só trouxe fome, frio, doenças sofrimentos intensos, suicídios, canibalismo, assassinatos e mortes lentas. No entanto os discursos eram que o sistema era perfeito e de que nunca houve tanta prosperidade e felicidade. Quem discordasse era preso como "inimigo do povo", do sistema perfeito e do governo; depois de preso, desaparecia.
Mostra os horrores absurdos que alguns homens podem fazer a muitos outros apenas pelo prazer de exercer o poder e sua desmedida hipocrisia.
Os nazistas - acho que leram esse livro - eram santos se comparados aos comunistas.
O livro é muito bom - apesar do mal-estar que pode causar - e nos leva a conhecer um pouco da história e funcionamento desse esquema cruelmente injusto.
Tais discursos e algumas atitudes ainda estão por aí. Se sua opinião for diferente de um certo grupo poderoso, você será considerado inimigo da democracia e poderá até ser preso.
Os comunistas atuais, com certeza, não conhecem esse livro; deveriam conhecê-lo.

Vinícius 29/08/2021

Um relato do mal.
O episódio da coletivização compulsória das propriedades privadas nos campos da Ucrânia pelo regime comunista da URSS, deixou um rastro de sangue e miséria vitimando parte da população dessa próspera e fértil região, levando a um verdadeiro Holocausto pouco conhecido e divulgado na história. O livro faz um relato dramático de um sobrevivente deste terrível episódio entre os anos de 1929 a 1933.