A promessa

A promessa Damon Galgut




Resenhas -


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Paula.Campos 05/05/2024

Sem reações
Achei a escrita desse livro tão fluida, um tema se juntando no outro, parece quase uma conversa com o autor. Parece não ter muito um propósito, mas é interessante de ler mesmo assim.
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Arte 365 13/03/2024

Diferente!
É uma saga familiar, até aí tudo normal. Mas a forma que ele estrutura o livro é genial. Não vou contar porque você vai descobrir ao iniciar o capítulo 2, por isso evite resenhas longas já que descobrir como se vertebra a história forma parte da experiência.

Além disso, através dessa família, conhecemos um recorte da história da África do Sul. Inclusive aquele jogo de rugby levado ao cinema aparece estampado por aqui. Estou falando do filme: Invictus.
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Marcus 17/12/2023

Reparação
Uma promessa que atravessa toda uma vida em busca da redenção e reparação de uma realidade social injusta. Pelos olhos de Amor, a personagem principal, acompanhamos a ?revolução? na África do Sul.
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Claudio.Berlin 05/09/2023

Excelente
A partir de uma promessa, tudo acontece .
O início é na África do Sul , ainda no Apartheid.
A história se desenvolve em torno de uma família por 3 ou 4 décadas .
Os personagens são cínicos , gente de caráter duvidoso , com excessão da menina chamada Amor.
A medida que a família vai se desintegrando , o Apartheid e a África do Sul pós Apartheid se desintegra .
A nova África do Sul tem lá os seus problemas, como o desprezo dos brancos pelos povos nativos , o aumento da violência.
Falta água na África do Sul, a luz funciona com problemas, existe aí um alerta nas questões do meio ambiente .
Os padres e pastores são alvos do autor , que denuncia a hipocrisia.
A única que tem integridade , é a personagem Amor .
Afasta-se da família, do ninho de cobras de seus parentes.
Carrega a promessa que a família realizou e se torna triste , sorumbática , meio depressiva .
Ótima leitura.
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Ale Giannini 14/07/2023

A promessa silenciada
Uma família branca vivendo na África do Sul, no momento da eleição de Mandela e do fim do Apartheid.

Gostei da construção das personagens, da forma como o racismo estrutural aparece no discurso e nas ações sociais, da sensação de fala presa na garganta, algo que deveria ter sido dito, mas não foi.

Achei que ficou faltando um movimento mais enérgico. Mesmo as tragédias acontecem de forma muito habitual, mas enfim, percebi que é assim que acontece nas nossas vidas.

Trecho: "O apartheid caiu, sabe? Agora a gente morre um do ladinho do outro, numa proximidade íntima. Falta só resolver esse negócio de viver." (Posição 1428)
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Icaro 28/06/2023

Narrativa diferente
Vencedor do Booker Prize de 2021, esse livro comprei indicado por uma livreira da Livraria da Vila na Lorena.

Assumo que não gostei muito da capa e estava enrolando um pouco para ler, mas me surpreendi muito positivamente.

No começo um pouco difícil de entender a forma narrativa, mas depois que se pega o jeito flui super bem. Basicamente a história gira em torno de uma família em um espaço de 40 anos. Uma promessa não cumprida é a fonte maldita do enredo que vai despedaçando no decorrer do caminho.

Editado pela Record, o autor é sul-africano e conta vários momentos históricos da África do Sul, desde o fim do apharteid até a renúncia do Presidente Jacob Zuma.
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Rodrigo1001 25/05/2023

Promessa (mais que) cumprida! (Sem Spoilers)
Título: A Promessa
Título original: The Promise
Autor: Damon Galgut
Editora: Record
Número de páginas: 308

Além de ter vencido o Booker Prize de 2021, A Promessa foi considerado o livro do ano pelo Sunday Times, The Guardian, The Observer e Daily Telegraph. Seu autor, Damon Galgut, nasceu na África do Sul, e já havia sido indicado três vezes para o Booker Prize.

Questionado sobre o porquê de ter se tornado escritor, ele revelou que teve linfoma quando criança, período em que "aprendeu a associar livros e histórias a um certo tipo de atenção e conforto". Em uma entrevista mais recente, Galgut disse que a ideia original do livro surgiu de uma conversa com um amigo, que é o último sobrevivente de sua família.

Me pergunto se, em algum momento dessa conversa, o autor teve alguma sensação, algum pressentimento, palpite ou intuição de que estaria prestes a escrever uma verdadeira obra-prima.

Porque é isso que A Promessa é, uma obra-prima!

Diante de tanta agitação, tantos prêmios e tantos adjetivos, o livro me entregou uma história que começa confusa. De início, são muitas vozes ao mesmo tempo, com o foco mudando de um personagem a outro sem aviso prévio. Um caleidoscópio de vozes. Ninguém é devidamente apresentado: nós somos introduzidos em uma história já em movimento e vamos descobrindo os donos das vozes à medida em que vamos avançando.

Completamente alienígena de início, esse drama épico me trouxe uma novidade entre tantos livros que li. Ouso dizer que talvez tenha sido um dos romances mais impressionantes que li nos últimos anos! Um tour-de-force escrito como uma saga de uma família branca sul-africana onde tudo gira em torno de uma promessa feita em um leito de morte.

Os personagens principais são tão vividamente desenhados que cada um parece representar uma característica particular ou falha fatal, contribuindo para sua queda ou, em outro plano, sobrevivência. Galgut mostra habilidades tremendas, quase surreais, em descrever as situações e sentimentos de cada personagem. Seu estilo narrativo é deliciosamente fascinante, bem-humorado, vertiginoso e refrescante. Por trás dessas vidas individuais, a África do Sul aparece em grandes temas como racismo, intolerância, religião, integridade, honra, lealdade, egoísmo e desumanidade. Todos tratados com um toque leve, mas completamente seguro.

Um aspecto notável do romance é o estilo único de narração, omitindo as conversas com a pontuação usual, o que pode ser um pouco desconcertante no começo, mas depois que nos acostumamos, isso se torna duplamente eficaz, pois o pensamento e a fala dos personagens fundem-se em um verdadeiro estilo de fluxo de consciência. A meu ver, a escrita de Galgut evoca a de outro grande sul-africano, J.M. Coetzee, no tema e na visão, se não no estilo. Me lembrou Faulkner também. Me lembrou primazia, excelência, domínio, quilate, calibre e competência.

Amei como o autor retratou o humor e o cinismo em uma história contada com uma profundidade incrível da natureza humana. Escrita excelente e tremendamente inteligente, tão gostosa de ler que sinto que poderia reconhecer os personagens se os conhecesse na vida real!

Com frases perfeitas, totalmente absorventes, me faltam adjetivos para qualificar o livro. A destreza da prosa, com narradores audaciosos e brutais, as descrições concisas que tecem uma pessoa inteira, completam, em um punhado de palavras, as tangentes errantes de vidas fragmentadas, a história da África do Sul pós-apartheid, dilemas insinuados e provocados, mas nunca, nunca cozidos demais. Galgut, na verdade, faz com que pareça incrivelmente fácil.

Enfim, muitas vezes nos perguntamos se os elogiados romances contemporâneos resistirão ao teste do tempo. No entanto, este... Oh, este é um dos maiores de todos os tempos, com certeza!

Pagou a promessa.

E sai da prateleira diretamente para o rol dos meus livros favoritos.

Leva 5 de 5 estrelas.... leva uma constelação inteira!

Frases interessantes:

“É terrível se afastar do que você um dia, brevemente, amou, ou achou que amava, ou quis achar que amava. Aquilo que no entanto continua preso, para sempre.” (pg. 43)

“Como é comum e como é estranha a vida humana. E em que delicado equilíbrio. O seu próprio fim pode estar bem à sua frente, aos seus pés.” (pg 116)

“A agressão acaba sempre machucando o agressor.” (pg 255)

“A negação [das coisas] só funciona com os outros; com o destino, ela não tem efeito.” (pg 263)
edu basílio 25/05/2023minha estante
resenha nível rods de qualidade e... promissora. vou ler o livro; espero que ainda em 2023. sinto-me seguro agora. obrigado por isso :-)


Rodrigo1001 25/05/2023minha estante
Já me sinto animado e ansioso para ouvir as suas impressões, Edu! Espero que o livro te leve para o mesmo lugar que me levou! ?




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André Vedder 09/04/2023

Promessa de um ótimo livro.
Logo nas primeiras páginas nota-se que possuímos um livro acima da média em mãos, e não por acaso, vencedor do Booker Prize 2021.
Temos aqui uma história que aborda quarenta anos de uma família branca (os Swart) na África do Sul, abrangendo como pano de fundo a política do apartheid e posteriormente a democratização do país e todas suas convulsões sociais.
Mas a grande qualidade da obra está no estilo de sua narrativa, o qual temos um narrador irônico e cru, que vai de um personagem a outro em questão de linhas num ritmo frenético, mantendo a atenção do leitor do início ao fim.

"Mas não faz mal, nem ele parece dar bola, o tempo é um rio que leva o mundo na enxurrada."
Carla Verçoza 09/04/2023minha estante
Quero ler esse, parece muito bom.


Maria 11/04/2023minha estante
A sua resenha despertou a minha curiosidade, André! Muito obrigada!


Rodrigo1001 05/07/2023minha estante
Se tornou um dos meus favoritos. Monumental!




zeguilhermespp 05/04/2023

Prometo que a África do Sul ainda vai ser um país
Em A Promessa, romance vencedor do Booker Prize 2021, o sul-africano Damon Galgut narra a decadência de uma família branca em meio aos estertores do apartheid e à reorganização do país.
A narrativa começa com a morte da matriarca dos Swart, Rachel, que, em seu leito de morte, faz o marido prometer que daria a propriedade da casinha anexa a Salome, empregada negra que trabalha e mora lá há décadas. Essa promessa é feita nos últimos anos do apartheid, quando, mesmo que a família assim quisesse, Salome não poderia ter a casa por ser negra. O nervo central do livro, porém, é justamente que os Swart não querem, de jeito nenhum, que a empregada fique com o casebre (um verdadeiro barraco, diga-se de passagem) onde vive. Mais certo seria dizer que não se importam o suficiente com a mulher para cumprir a promessa feita à matriarca, tamanha é a desumanização com que tratam Salome. A única voz contrária é a romântica Amor, caçula da família, que insiste no cumprimento da promessa que ela, aliás, foi a única a entreouvir. Batalhando inicialmente com seu pai, o intratável neopentecostal Manie, e logo com seus irmãos, Anton (adolescente rebelde logo transformado em adulto deprimido e conformado) e Astrid (alpinista social que luta por manter as aparências), Amor se distancia cada vez mais da família, anulando-se e apresentando a fuga como resposta pra tudo.
A promessa paira incompleta enquanto acompanhamos a família durante 40 anos, mas só vislumbramos seus momentos de maior fragilidade ? os funerais. A cada um que lemos, observamos também a transformação da África do Sul: a turbulência social dos anos 1980, o fim do apartheid e a eleição de Mandela com seus ares de renovação, mas também o avanço da corrupção e a gradual perda de esperança nesta outra promessa: a de um país justo e igualitário no lugar no apartheid.
O final do livro é agridoce e deixa um amargor na boca. O narrador, que aliás é um dos pontos fortes do livro, não poupa o leitor e, em certa passagem, o acusa: ?se a origem de Salome não foi mencionada antes foi porque você não perguntou?. Galgut escreve seu romance com a perícia de quem tem uma observação fina do tecido social e do clima político de seu país, sem medo de tocar nos pontos mais delicados. Resta, porém, a contradição deste ser um livro escrito por um sul-africano branco sobre a tensão racial em seu país, mas que não dá voz a nenhum de seus personagens negros. Vislumbramos a psique de todos os Swart e até mesmo de personagens secundárias, até mesmo tangenciais, mas Salome ou seu filho, Lukas, jamais são expostos em sua complexidade mental.
A promessa é um livro excelente de um autor muito crítico, escrito num ritmo envolvente. Com um narrador irônico e afiado, desnuda parte das mazelas de seu país, que, como os Swart, tem assistido à falência de suas promessas.
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Edu 01/04/2023

Palavras têm peso
O livro gira em torno de uma promessa lançada, mas o texto é sobre as palavras, mesmo aquelas que os personagens não conseguem expressar.

O nó na garganta, o que não queremos ouvir, aquela sensação ruim, a angústia, todo o indizível é transposto em palavras acessiveis e sem apelo emocional barato.

Poucos autores conseguem colocar esse peso na passagem cotidiana do tempo. A vida está nos detalhes e nas entrelinhas dessas páginas.

"Ela fica olhando s palavra largada ali em cima da mesa como se fosse um inseto de costas, sem explicação."
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Loba Literária 14/03/2023

Bem chato no começo, mas fica melhor. Muito interessante na técnica, mas deixa um gostinho um pouco amargo na boca por ser um livro de um branco sobre brancos na África do Sul, em períodos raciais tão complicados.
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Leilian 10/03/2023

Denúncia, sarcasmo, desprezo e humor na medida!
Prepare-se para sentir desprezo por quase todas as personagens. Por causa de uma promessa feita a empregada da família, vemos uma família se desfazer. Em meio a desgraça dessa família -nada amável- ao longo dos anos, é possível traçar um paralelo de como funcionam as estruturas de poder e como o racismo ainda impera na África. Poderia ser um spoiler, mas acredito que não fará muita diferença no desenrolar da história se eu contar que cada capítulo inicia-se pelo nome do membro da família que morreu, e acredite: algumas mortes são idiotas, mas você vai achar que foi merecido. Parece que as únicas criaturas que têm salvação são Amor e Salomé. Recomendo fortemente a leitura.
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