Taynara.Barreto 31/12/2021
"Os animais não servem aos humanos, assim como as mulheres não servem aos homens e os negros não servem aos brancos." - Alice Walker
O primeiro contato que tive com Jaulas Vazias foi em 2018, quando meu chefe de estágio no MPF decidiu me emprestar alguns de seus livros. Esse foi o quinto que li, mas segue sendo o primeiro em meu coração! 💚
Em Jaulas Vazias, o filósofo Tom Regan questiona o tratamento "humano" que a nossa espécie concede aos animais, para os mais diversos fins, seja para alimentação diária, vestuário, testes de cosméticos, "entretenimento", etc.
MAS CALMA AÍ! O foco desse livro não são os dados cruéis sobre a tortura e a matança que a nossa espécie perpetua ao subjugá-los. Isso nós já sabemos. Também não foca nas consequências alarmantes para o meio ambiente, a nossa Mãe Terra e as gerações futuras. Nós também já estamos cientes disso. O cerne da questão é: por que, apesar de tudo ir de encontro, ainda fazemos isso?
Como filósofo, ela busca chegar a origem. E alcança! Caso nunca tenha ouvido falar, tome nota! Especismo: trata-se da crença de que, a nossa espécie, por ser racional, ou por sempre ter sido assim, ou qualquer outra crença limitante passada de geração em geração, tem o DIREITO de usá-los como se objetos fossem, apesar de não serem, pouco importando sua dor, seus sentimentos e até mesmo sua vida.
Vida. O requisito intrínseco para concessão dos direitos humanos. Tão valiosas para uns, mas com valor de mercado para outros. Não muito diferente do que os homens faziam até o século passado com as mulheres ou dos brancos com relação aos negros em séculos anteriores. Afinal, toda forma de opressão tem início na falsa ideia de superioridade, seja pelo tom de pele, seja pelo gênero, seja pela religião, seja pela espécie.
Superamos muitos desses pensamentos e hoje, mulheres, negros, índios, judeus possuem direitos. Ideia que, em outros momentos, seria inconcebível. Para além do especismo! É sobre isso que o Tom vem discutir: animais enquanto SUJEITOS de direitos.
O viés abolicionista abraçou a Taynara de 12 anos que foi criticada por se recusar a dissecar um peixe numa aula de laboratório. Afinal, nenhuma vida vale mais que outra. Isso inclui a minha, a sua e a deles também.
Obrigada, Tom.
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