O homem que escutava as abelhas

O homem que escutava as abelhas Christy Lefteri




Resenhas - O homem que escutava as abelhas


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Fabio Pedreira 22/08/2021

Emocionante e preciso
Nuri e Afra são um casal de refugiados da Siria que buscam uma vida melhor na Inglaterra. Os dois decidem partir após uma bomba tirar tanto a visão de Afra como do seu filho.⁣

Para chegar até a Inglaterra, os dois passam por diversas situações arriscadas, que muitos outros refugiados acabam passando quando buscam por uma vida melhor.⁣

A história vai passar em dois momentos, um, no presente, com Nuri e Afra já na Inglaterra, enquanto o outro se passa no passado, desde a Síria, até sua ida para o Reino Unido.⁣

Essa divisão é muito bem feita, não tem perigo de se perder. No presente vamos encontrar um casal meio perdido, traumatizado com suas perdas. No passado, vamos ver como essa situação se desenvolveu e foi distanciando os dois.

O Homem Que Escutava As Abelhas é um livro sobre o processo de se reencontrar, de sobrevivência e esperança, mostrando quanto o ser humano é resiliente e consegue se adaptar mesmo diante de traumas tão grandes.⁣

Apesar de não ter chegado a chorar, me emocionei bastante com o livro em certas situações. Tem partes pesadas mas também tem partes mais leves. Faz você pensar em muita coisa.⁣

O livro retrata bem o que algumas pessoas estão passando no Afeganistão agora, ao tentar fugir. Me lembrou inclusive um pouco o livro O tratador do zoológico de Mossul em alguns momentos.

É daqueles livros que podem te causar vários tipos de reação, onde cada um vai sentir o peso de uma forma, o que torna difícil de transmitir tudo em uma resenha, a não ser recomendando que você leia.

O final dele é muito bom e emocionante e certamente indico a leitura. Mais um livro daqueles da Vestígio que a gente guarda com carinho.
Igorvinsky 22/08/2021minha estante
Deliciosa resenha, Fábio. Parabéns. ;-)


Fabio Pedreira 22/08/2021minha estante
Vlw ??




C4nteiros 30/04/2024

Vulnerabilidade, vida e esperança.
Apesar de ser uma obra de ficção, personagens como Nuri e Afra são reais, e é isso que torna tudo mais doloroso.

Normalmente, quando estou em uma leitura, costumo procurar na internet, em artigos, jornais, fotografias ou vídeos que fazem com que a leitura seja mais imersiva e que consiga visualizar aquilo que o autor está descrevendo.
Mas nesse livro não se fez necessário.

Ainda lembro, como se fosse ontem, dos jornais repercutindo as imagens daquele barco com centenas e centenas de imigrantes no meio do mar mediterrâneo, como se fossem formigas, perdidas e desesperadas.
Passamos por esse tipo de notícia acreditando que o horror sobre a situação dessas pessoas já é algo natural, algo distante da nossa realidade, cabível de esquecimento.

Esse livro aborda perdas profundas, mas também fala de amor e das descobertas da luz, sem nenhum tipo de romantização da situação que essas pessoas viveram (e vivem).

Muitas vezes sentia raiva da Afra pela sua falta de ação diante dos acontecimentos e de apoio com Nuri. Mas isso foi antes de entender os acontecimentos que a personagem viveu, tudo que ela passou e aguentou.
Afra conseguiu sobreviver da maneira que conseguiu e ponto, ela só poderia ir até onde foi e só.

Confesso que meu coração partia ainda mais com cada quebra que a mente de Nuri fazia.
Foi doloroso acompanhar as desassociação de sua mente e a incapacidade de sentir algo além do terror, como forma de sobreviver aos traumas que passaram; coisas que foram além do que ele podia suportar e precisou se desligar. E mesmo "desligado", precisou se manter de pé para cuidar de Afra e encontrar Mustafá.

Sobre Mustafá, confesso que até eu sentia esperança quando havia emails novos kkk.
Mustafá era a representação da esperança de Nuri (e minha). Ele representava vida e possibilidade de sobrevivência.

Em relação a escrita, gostei muito da forma como o livro foi estruturado.
Foi uma maneira muito perspicaz e poética de criar a linha do tempo com a mesma palavra final que dividia os capítulos e que ligava o passado e o presente.

Enfim, um livro 5 estrelas.
Não tem nada que eu colocaria ou tiraria dele, e essa história ainda vai ficar reverberando dentro de mim por muito tempo, através de várias reflexões que não cabe aqui, e que eu não teria, na verdade, palavra para descrever.
Vania.Cristina 01/05/2024minha estante
Interessante... Vou colocar na lista. Você estava exigente ultimamente, parece que esse livro entregou o que voce esperava.


C4nteiros 01/05/2024minha estante
Kkkkk era estresse da rotina
Coloque, Vânia! Espero muito que goste!!!




Simone MK 16/06/2021

Tocante. Necessário. Arrebatador.
O livro é narrado em primeira pessoa por Nuri Ibrahim, que juntamente com sua esposa Afra, após sucessivas tragédias ocorridas em suas vidas, decorrentes da guerra na Síria, decidem empreender fuga com destino à Inglaterra, onde os aguardam seu primo Mustafá e família.

Cada capítulo é dividido entre tempo presente e passado, por uma palavra ou sentença. Achei a utilização desse recurso bem criativa e inteligente, pois ficamos cientes de que haverá uma mudança temporal na narrativa.

A jornada dos dilacerados Nuri e Afra rumo ao Reino Unido, assim como a de milhares de refugiados, é cheia de muitos percalços e provações. Informativo e necessário. Um verdadeiro abrir de olhos para nós que acompanhamos tantas notícias sobre refugiados, sem nos aprofundarmos sobre o fato. O livro humaniza a questão dos refugiados. Deixamos de pensar neles apenas como números, estatística e passamos a vê-los como pessoas, com toda uma história de vida.

Comovente, cativante e tocante. Apesar de ser ficção, o livro traz elementos da vivência da autora, que além de filha de refugiados, trabalhou como voluntária em um centro de refugiados em Atenas, na Grécia. Triste, mas ainda assim, prova que amor e amizade têm o poder de renovar esperanças. Arrebatador. Leiam!!!
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May 12/07/2021

Quando a guerra na Síria começou, Nuri viu pessoas queridas morrerem e seu país ser destruído, porém por ter perdido o filho e ter ficado cega com a bomba que o matou, sua esposa Afra não quer ir embora do país, até que não vê mais saída e eles partem rumo ao Reino Unido, em uma viagem cheia de perigo e sem garantia de que os dois irão chegar ao seu destino. Não há palavras suficientes para descrever os sentimentos que essa leitura passa para o leitor, a história foi o resultado de um tempo em que a autora passou sendo voluntária em um centro de refugiados na Grécia, e por isso e por todas as pessoas que ela ouviu, a história passa uma sensação de que estamos lendo o relato de alguém que realmente passou por tudo aquilo, e é triste saber que infelizmente muitas pessoas tem uma história parecida ou pior que a do livro. E além do desenvolvimento dos personagens, existem muitos termos árabes, e isso faz o leitor ficar imerso nessa cultura. Apesar da situação devastadora dos personagens, o livro não é feito só de sentimentos ruins, durante a evolução da história conseguimos sentir a esperança que, apesar de tudo, os personagens ainda sentem, e as abelhas, que é o que dá nome ao livro, são uma âncora para Nuri, e em meio a sensação de coração apertado que sentimos lendo as descrições dos lugares e situações que eles sofrem, também sentimos o coração quente toda vez que o personagem lembra ou fala das abelhas e do amor que sente pela apicultura, e isso juntamente com a vontade de rever seu melhor amigo e parceiro de negócios, é o que move Nuri à continuar lutando. Além dos sentimentos de Nuri, acompanhamos Afra, e mesmo a leitura não sendo pelo ponto de vista dela, a autora conseguiu nos conectar profundamente com essa mulher forte porém exausta e destruída por tudo que precisou viver.  O amor dos dois, embora abalado, é uma das histórias mais lindas que já li. Eu poderia falar sobre esse livro por muito tempo, ele tem muitas nuances e muitas coisas que nos fazem refletir, por isso só posso indicar fortemente a leitura à todos.

"Seria melhor desejar que a guerra chegasse ao fim. Mas eu precisava de algo em que me agarrar, e se ela sorrisse, se por algum milagre ela sorrisse, seria como encontrar água no deserto."

Gatilhos: Violência, estupro, estresse pós-traumático e luto.
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AngAlica.Nery 15/07/2021

Emocionante
Tão triste .... mas ao mesmo tempo tão bonito e esperançoso. Retrata entre outras questões a importância de uma amizade sólida. Gostei muito
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Cris 10/08/2021

Guerra, família e amor

"A alma de Afra era tão vasta quanto os campos, o deserto, o céu, o mar e o rio que ela pintava, e igualmente misteriosa. Sempre havia mais para saber, entender, e por mais que eu soubesse, não era suficiente, eu queria mais. Mas na Síria existe um ditado: Dentro de quem você conhece, existe alguém que você não conhece." Pág. 27

Nuri é um criador de abelhas na cidade de Alepo, na Síria. Sua esposa, Afra, é uma artista e eles têm um filho.

Quando a guerra começa na cidade deles, tudo o que eles conhecem e possuem lhes é tomado. Perdem pessoas amadas, têm seu lar e seu trabalho destruídos, e várias feridas são abertas na vida deste casal.

A partir de então, eles são obrigados a saírem de seu país para procurar refúgio no Reino Unido, onde há a esperança de reencontrarem pessoas queridas, porém, esta é uma viagem perigosa e que coloca a vida deles várias vezes em risco

A história deste livro é fictícia, mas a autora usou de sua própria experiência como voluntária em em centro de refugiados para construir esta história. Ou seja, muitos trechos aconteceram na vida de pessoas reais.

A narrativa do livro é do tipo que eu gosto muito, com alguns capítulos no presente e outros voltando para a época de antes da Guerra.

Eu fiquei muito tocada pela história deste livro, especialmente, porque eu nunca tinha lido nada que se passasse na Síria, envolvendo a destruição da cidade de Alepo.

Eu já tinha lido um livro que fala sobre criação de abelhas, mas este livro me trouxe uma visão muito mais emocionante envolvendo este trabalho tão importante.

Como toda história que envolve guerra, aqui nós temos um livro que devasta o nosso coração. São tantas tragédias, tanta dificuldade, que só podemos torcer para o melhor para estes personagens.

Apesar do teor dramático, a autora nos trouxe uma história que fala sobre o amor, família e amizade, e como são estes pilares que nos salvam nos momentos mais difíceis.

"Você precisa aprender a barganhar. As pessoas não são como as abelhas. Não trabalhamos juntos, não temos um sentido verdadeiro de um bem maior." Pág. 97


site: https://www.instagram.com/li_numlivro/
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Bookster Pedro Pacifico 23/08/2021

O homem que escutava as abelhas, de Christy Lefteri
Destruição. Essa é a palavra que marca toda a narrativa. E não é apenas a destruição física da cidade de Alepo, na Síria, de onde fogem os protagonistas do romance, mas também a destruição dos que mais amamos e da esperança por dias melhores.

Nuri é um criador de abelhas que, junto com sua esposa Afra e seu filho, vivia em uma Síria “normal”. No entanto, com com o início das guerras, até a ruína total da cidade, Nuri e Afra veem a sua vida desabar quando sofrem uma perda devastadora. E é em meio a tanta tristeza e saudades que os dois ainda precisam buscar forças para tentar sobreviver.

Diante da falta de qualquer esperança, o casal decide tomar o rumo que milhões de pessoas são forçadas a tomar ao redor do mundo: o refúgio. A travessia é repleta de obstáculos, que muitas vezes deixam os personagens perto do seu limite físico e psicológico.

Ao trazer essa realidade tão atual para os leitores, Christy consegue dar voz ao sofrimento dos refugiados, deixando claro para qualquer um que fugir de seu país não é uma escolha, mas sim a única alternativa contra a morte. Vale dizer que a autora nos conta isso com base na sua própria experiência trabalhando em campos de refugiados na Europa, o que torna o enredo ainda mais verossímil.

Confesso que fiquei muito chocado com os detalhes que Christy traz em sua narrativa. Nos deparamos com situações em que o conceito de humanidade fica completamente perdido. Uma realidade em que uma criança é descartável e que a vida não vale nada.

A escrita é bem simples e não conseguiu me mostrar uma grande profundidade dos personagens. Mesmo assim, e apesar das cenas fortes, essa leitura tem um papel muito importante para conscientizar o leitor sobre a seriedade e urgência com que o tema dos refugiados deve ser tratado. É um combate à carga de desinformação que vemos sendo disseminada nos meios de comunicação. Recomendo!

Nota: 8/10

site: http://instagram.com/book.ster
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Ju Abreu 26/08/2021

O Homem que Escutava as Abelhas é um livro que vai tratar da realidade dos refugiados. Nuri e Afra são um casal da Síria e, em meio à guerra e à destruição, se veem impelidos a sair de seu país. Nuri tem que abandonar seus campos e apiários e seguir para outro país, para assim proteger sua família da morte. E assim podemos conhecer um pouco da realidade de um refugiado, das perdas e angústias que passam pelo caminho.
Livro intenso e de escrita fácil, prende o leitor instantaneamente e tem muito a ensinar.
Traz muita dor e sofrimento, mas não deixa de proporcionar esperança de um mundo melhor. Ótima leitura.
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Maria Eduarda 02/09/2021

Comecei o livro achando que seria uma leitura devagar, mas me envolvi com a história de Nuri e Afra, o sofrimento e perdas que eles tiveram. Senti falta de uma maior profundidade na questão histórica da guerra da Síria e do que levou tantos sírios a buscarem refúgio em países da Europa, mas ao mesmo tempo acho que o livro conseguiu nos passar um pouco do que é a vida de um refugiado, e para aqueles que tem curiosidade sobre o tema, é uma leitura fácil e que abre portas para tentar entender melhor e buscar novas informações.
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Cinto 22/09/2021

Brutalmente honesto e dolorosamente bonito
Esse livro é extremamente sofrido e muito bem escrito. Fala sobre os refugiados da Síria, os traumas da guerra e sobre a grande presença do mau na humanidade. Espero que cada vez menos pessoas precisem passar pelas coisas horríveis que Nuri e Afra passaram só pra que pudessem se sentir seguros e aceitos em um país que não estivesse destruído pela guerra.
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Camila 03/10/2021

Sensível e dolorido
Circunstâncias caóticas levam as pessoas a deixarem tudo o que têm, tudo o que são, tudo o que construíram para trás em busca de uma vida digna. Isso acontece de verdade, todos os dias, no mundo todo. As pessoas são obrigadas a deixar suas terras para continuar existindo.

Na ilegalidade, elas conhecem todas as formas da maldade humana. Vulneráveis, expostas, sem um lar seguro para onde voltar. Obrigadas a confiar em estranhos, a enfrentar diversas situações de perigo e ainda correndo o risco de não serem aceitas - se conseguirem chegar vivas ao destino final.

Este livro é sobre imigração, guerra, traumas, dores e perdas. É sobre o que a nossa mente é capaz de fazer para que consigamos seguir vivendo. É sobre crueldade, exploração, em suma: desumanidade.

Mas também é sobre laços afetivos que nos levam a continuar tendo esperança, a seguir adiante, mesmo que o futuro seja incerto. É sobre a natureza ao nosso redor, sobre como o universo se mantém em perfeita sincronia enquanto os humanos semeiam o caos.

"Onde há abelhas há flores, e onde há flores há vida nova e esperança".

A história de Nuri e Afra acrescenta, com certeza, na nossa formação como cidadãos e como seres humanos.
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mari 07/10/2021

lindo e triste
Que livro sério, vou levar para sempre comigo, é cada parte triste e emocionante, como deve ser difícil a vida deles. Recomendo demais!!
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Aninha 23/10/2021

"A alma de Afra era tão vasta quanto os campos, o deserto, o céu, o mar e o rio que ela pintava, e igualmente misteriosa. Sempre havia mais para saber, entender, e por mais que eu soubesse, não era o suficiente, eu queria mais."
Essa leitura foi uma grande jornada. Não apenas em termos geográficos, mas em relação as emoções cruas dos envolvidos. O assunto da imigração é aquele sobre o qual todos têm uma opinião, e O homem que escutava as abelhas leva o leitor para trás das manchetes, dando uma visão panorâmica de todos os perigos e obstáculos envolvidos. É um romance horrível, mas lindo de tão incrivelmente relevante.
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Mylla 28/10/2021

Uma família com a felicidade interrompida pela guerra. Um casal em fuga do seu país para tentar sobreviver como refugiados. Uma história comovente que aborda os traumas físicos e psicológicos causados pela dor.
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Elisa 13/11/2021

Intenso, sufocante e lindo
As palavras da autora resumem perfeitamente esse livro "O homem que escutava as abelhas aborda perdas profundas, mas também fala de amor e da descoberta da luz."
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