Sublimação

Sublimação Kalu Singh




Resenhas - Sublimação


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Emanuel.Müller 18/09/2023

É um bom livro, mas para quem é iniciante no assunto, vale a pena buscar conhecimentos sobre a área como conteúdo complementares à obra.
É um bom livro! A obra aborda a respeito do conceito psicanalítico da sublimação. Este conceito foi introduzido por Freud no campo da psicologia, tratando-se de um dos mecanismos de defesa do ego, e destes, a sublimação é o mais eficaz e mais positivo (cf. apontam alguns psicólogos: MATOS, GIORGIA. MECANISMOS DE DEFESA DO EGO / PSICANÁLISE. Youtube. Disponível em . Acesso em 11 set. 2023. Duração 12min 54s; JAIME ENDRES EXPLICA. Sublimação - Mecanismos de defesa do ego #10. Youtube. Disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=19yndf3qltk; cf. PSICANÁLISE EM HUMANÊS. Entenda o conceito de SUBLIMAÇÃO em Psicanálise. Youtube. Disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=QhyQTyEjI2Y >. Acesso em 7 set. 2023. Duração 18min 36s).

A sublimação é uma forma de destinar uma pulsão de vida (eros: pulsão sexual) ou de morte (tânatos: pulsão de agressividade) em um objeto neutro. Exemplo: a sublimação seria o próprio ato de sublimar um desejo agressivo ou de ordem sexual em alguma atividade considerada aceitável pelo meio social (cf. também explica ARBELÁEZ, María Alejandra Castro. Sublimación: el arte de reorientar nuestras angustias. La mente es maravillosa. Disponível em < https://lamenteesmaravillosa.com/sublimacion-el-arte-de-reorientar-nuestras-angustias/ >. Acesso em 10 set. 2023). Um exemplo disso seria a própria arte, atividades esportivas e intelectuais, inclusive até mesmo o próprio trabalho.

O autor em determinada parte da obra traz o exemplo do porquê é comum encontrar jovens, quando se apaixonam na adolescência, ter sua dimensão estética e artística – inclusive até poética – despertada. Trata-se de uma sublimação da energia libidinal, pelo fato do jovem estar apaixonado (cf. SINGH, 2005, p. 47).

Evidentemente que o autor explana uma série de exemplos de como ocorre a sublimação, sobretudo na ótica psicanalítica. Ao meu ver, seria bom que o leitor também buscasse ler as outras óticas sobre a sublimação, encontradas em outras visões psicológicas, como é o exemplo de outras possíveis óticas trazidas pelo psicólogo Jorge Calzado (vide. CALZADO, Jorge A. Sublimación: cuando los conflictos se transforman en arte. Ad Vitam Psicólogos. Disponível em < https://advitampsicologos.es/sublimacion/> Acesso em 10 set. 2023.).

Além disso, recomendo aos leigos em psicologia e em psicanálise que, antes de lerem este livro, ou até durante a leitura, buscar ler e ouvir explicações sobre os demais conceitos psicanalíticos, como: o inconsciente; o id, ego e superego; os mecanismos de defesa do ego; as pulsões de vida e de morte; o complexo de Édipo e as fases psicossexuais; etc.
Recomendo aos leigos que assistam os vídeos do canal Psicanálise em Humanês, o psicanalista Lucas Nápoli explica de uma forma bem acessível para quem não é da área.
Preciso destacar que é uma leitura de médio andamento – ao menos para mim – pelo fato de que o autor trabalha com estes conceitos que eram novos para mim, além de correlacionar estes conceitos com outros âmbitos culturais.

Para quem é das artes e da filosofia, vai poder aproveitar algumas coisas, sobretudo no âmbito da abordagem sobre a estética. Achei interessante que o autor traz um trecho de uma obra de outro escritor, que em seu parecer, a experiência estética seria uma rememoração inconsciente de uma contemplação estética desinteressada (sem interesses por de trás), já vividos pelo indivíduo quando era bebê, quando contemplava a sua mãe (cf. SINGH, 2005, p. 56). Trago aqui o que foi escrito:

“A experiência estética não é algo que um adulto aprenda; é a recordação existencial da experiência em que a sua mobilização pela estética materna tornou o pensamento aparentemente irrelevante para a sobrevivência” (BOLLAS. apud. SINGH, 2005, p. 56).


O autor, no início do livro, aponta que em certas culturas não existe uma palavra para expressar o que é bonito, mas em seu lugar tem a expressão que isto é “bom de comer”, como é o exemplo mencionada por ele na obra “Orlando” de Virginia Wolf, quando o protagonista fica surpreso pelo fato das anfitriãs ciganas turcas não terem uma palavra para “bonito”. Seria, pois, a beleza uma espécie de alimento para a alma? Muitas vezes, associamos a experiência estética com a ética e moral, o belo de bom e o feio de mal. Não seria a beleza um alimento? (embora o autor não faça estas indagações, ele aborda um pouco estas temáticas, demonstradas neste parágrafo, em SINGH, 2005, p. 6s).


Recomendo a leitura, apesar de ter algumas ressalvas de ordem pessoal. Mas acredito que dá para aproveitar uma série de coisas desta obra.
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DanteSw 02/03/2023

Conceitos
Esse conceito é muito familiar ao complexo de édipo.
A cada capítulo eu ficava mais abismado e Chicago.
Foi uma viagem sem vim
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