Resenhas - 1984

Bia 25/06/2021

Leitura de impacto
Assim como outros livros do gênero, é impossível ler 1984 sem criar vários questionamentos e sem comparar com algumas vivências da nossa realidade. Sem dúvidas é uma leitura que marca qualquer pessoa.

Sté 16/03/2022

...perigoso deixar seus pensamentos correrem solto...
Este livro é um dos romances distópicos mais famosos, assim como o de Huxley (Admirável mundo novo) e outros... Publicado originalmente no final da década de 40, apresenta um futuro em 1984 onde reina um sistema chamado de Socing (socialismo inglês), totalitário e altamente controlador. Mas é impressionante como tudo é completamente palpável, visível, está bem aí na nossa porta, o que torna tudo mais assustador.

"Não era desejável que os proletários tivesse sentimentos políticos fortes. Tudo o que se exigia deles era um patriotismo primitivo, para o qual se podia apelar sempre que era necessário aumentar sua carga horária de trabalho ou reduzir suas rações [...]", p. 93

Quando se lê esse livro, vê-se claramente o retrato de nossa sociedade, porém em escala muito mais hostil. No controle dos meios de comunicação, repleto de notícias falsas que quase não se pode distinguir; elevação da taxa de analfabetismo e permanecia nessa classe pois assim o controle é muito mais efetivo; controle através da lingua; pobreza elevada sendo mascarada através 'premios' tidos como conquistas, entretenimento barato e alienante; um pequeno grupo detêm o poder e as regalias, enquanto a maior parte da população vive de migalhas.

"Os objetivos desses grupos são totalmente inconciliáveis. O objetivo da classe mais Alta é permanecer onde está. O da classe do Meio é mudar de lugar com a Alta. O objetivo da Baixa, quando eles tem, ? pois é uma característica permanente da classe baixa serem esmagadas por sua carga excessiva de trabalho a ponto se não ter consciência de qualquer coisa que esteja fora de seu dia a dia ? é abolir todas as distinções e criar uma sociedade na qual todos sejam iguais", p. 258.

1984, George Orwell é mais atual do que pensamos.

Vai ser o ultimo 02/06/2021

marcante
esse livro foi bem marcante, não virou o livro da vida, mas com certeza vou lembra dele em toda a vida, ele faz a gente pensar nas coisas...

brunadaguarda 11/02/2023

1984
Acabei deixando o pensamento esfriar demais para escrever a resenha desse livro após a leitura, por isso vou fazer apenas um breve comentário. Eu geralmente estou dando um tempo entre o término da leitura e a escrita da resenha para refletir um pouco sobre o livro quando ele simplesmente explode a minha mente. Foi o caso desse livro. Ao ler essa história minha mente era levada para tantos lugares, e havia tantos acontecimentos diferentes que eu associava com a história, que as vezes ficava um pouco difícil de acompanhar.

Wintson Smith é o personagem principal dessa história. A narrativa conta em geral sobre sua vida e a sua rotina como funcionário do ministério da verdade, onde sua principal função é alterar os fatos e acontecimentos históricos para que a realidade não desejada pelo Partido seja exterminada. Nessa distopia política o mundo é dividido em 3 nações, a Oceania (onde vive o Wintson), a Letásia e a Eurásia. Essas nações estão sempre em "guerra", mas o que, na minha visão, foi visto como uma guerra de aparências.

O livro mostra o tempo todo a questão da manipulação dos fatos e das pessoas em si. E mesmo que isso é tratado de maneira muito extrema no livro me pareceu muito real, pois na sociedade atual estamos habituados de ouvir falar tanta fake news e muitas vezes não fazer nada para mudar isso, ou até acreditar na informação falsa. Mas é claro o livro não trata apenas disso, traz muitos outros viés de discussões sociais, por isso acredito que vale muito a pena ler.




Era uma daquelas imagens arquitetadas para que os olhos o seguissem sempre que você se movesse O BIG BROTHER ESTÅ DE OLHO EM VOCÊ, dizia a legenda na foto.


O Ministério da Verdade - Miniver, em Novilíngua era assustadoramente diferente de qualquer outro objeto à vista. Era uma enorme estrutura piramidal de concreto branco cintilante, que se elevava, terraço após terraço, 300 metros no ar. De onde Winston estava, só era possível ler, em elegantes letras fixadas na faixada do prédio, os três slogans do Partido:
GUERRA É PAZ
LIBERDADE É ESCRAVIDÃO
IGNORÂNCIA É FORÇA


O Ministério da Verdade, que se ocupava com notícias, entretenimento, educação e artes plásticas. O Ministério da Paz, que se ocupava com a guerra. O Ministério do Amor, que mantinha a lei e a ordem. E o Ministério de Plenitude, que se ocupava dos assuntos econômicos. Seus nomes, em Novilíingua: Miniver, Minipaz, Miniamor e Minipleni.


(nada era ilegal, já que não havia mais leis), mas se fosse descoberto era praticamente certo que seria punido com a morte, ou pelo menos com vinte e cinco anos em um campo de trabalhos forçados.


Os princípios sagrados da Socing. Novilíngua, duplipensamento, a mutabilidade do passado.


Ele estava sozinho. O passado estava morto, o futuro era inimaginável.


Ao futuro ou ao passado, a uma época em que o pensamento é livre, em que os homens são diferentes uns dos outros e não vivem sozinhos a uma época em que a verdade existe e que é feito não pode ser desfeito: Saudações da era da uniformidade, da era da solidão, da era do Big Brother, da era do duplipensamento!


O crime de pensamento não implica na morte: o crime de pensamento é morte.


O Partido manipular o passado e dizer que este ou aquele evento Nunca Aconteceu.. Isso não era mais assustador do que a mera tortura e a morte?


"Quem controla o passado, controla o futuro; quem controla o presente, controla o passado".

Era bastante simples. Tudo o que era preciso era uma série interminável de vitórias sobre sua própria memória. Eles chamavam isso de 'Controle da realidade' ou, em Novilíngua, de 'duplipensamento'.

Essa era a sutileza máxima: induzir conscientemente a inconsciência e depois, mais uma vez, ficar inconsciente do ato de hipnose que você mesmo acabava de realizar.

Até que se tornem conscientes, eles nunca se rebelarão e até que tenham se rebelado, não se tornarão conscientes.

Não era desejável que os proletários tivessem sentimentos políticos fortes. Tudo o que se exigia deles era um patriotismo
primitivo, para o qual se podia apelar sempre que era necessário aumentar sua carga horária de trabalho ou reduzir suas rações.


Liberdade é a liberdade de dizer que dois mais dois são quatro. Se isso for aceito, tudo o mais é consequência.


Neste jogo que estamos jogando, não podemos ganhar. Alguns tipos de fracasso são melhores do que outros, só isso.


Nos vastos laboratórios do Ministério da Paz e nas estações experimentais escondidas nas florestas brasileiras ou no deserto australiano ou em ilhas perdidas da Antártida, as equipes de especialistas trabalham incansavelmente.

Estas contradições não são acidentais, nem resultam de hipocrisia comum; são exercícios deliberados de duplipensamento. Pois é somente conciliando as contradições que o poder pode ser retido indefnidamente.

Nathalia706 20/04/2023

Leitura impactante
Impossível ler esse livro e não pensar na relação do povo com o governo e de como ocorre o mecanismo de controle e manipulação das massas para que o status quo seja mantido. De fato quem escreve a história detém o poder, assim como quem detém o poder escreve a história.

Lelê 21/04/2023

"Estar em uma minoria, mesmo que fosse uma minoria, não fazia dele um louco. Havia verdades e havia inverdades, e se você se agarrava à verdade mesmo contra o que o mundo inteiro acreditava, você não estava louco."

??

Sermenho 18/04/2024

O livro em questão é uma distopia sombria, onde um governo totalitário exerce controle integral sobre os seres humanos. Isso me levou a refletir sobre os conceitos de liberdade, manipulação e poder do Estado.