País da Noite

País da Noite Leona Volpe




Resenhas - País da Noite


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Piter 14/04/2023

Convide sua sombra a dançar, o espetáculo começa agora!
Cordélia foi acusada de um roubo valioso, mas ela não cometeu esse crime. Para resolver as coisas, a bancária embarca em uma jornada até o Subterrâneo, um mundo cercado de féericos e outras criaturas sedentas por memórias. A cada desafio, a mulher percebe que seu lugar talvez seja ali, nos corredores da corrupção, pois algo de uma vontade sombria se move em suas entranhas, lembrando-a de sua verdadeira essência.

Prometeram-me circos, fadas e sombras. Fui presenteado. Barbarel me levou a uma travessia entorpecente por uma Inglaterra vitoriana com o melhor que o período oitocentista pode oferecer. Entre cartolas e vestidos, fui agraciado com uma narrativa envolvente digna de uma trilha com Emilie Autumn tocando de fundo. A autora nos transporta para uma fantasia sombria onde elfos passam longe de sua bondade mítica — pelo contrário, são ávidos manipuladores. Além de pesadelos e viagens surrealistas, temos os requintes de horror que tornam o romance uma viagem macabra, mas magnética.

Este livro foi como abrir um portal para outra dimensão. A paisagem é um eco perdido do País das Maravilhas, habitado, talvez, pelos primos sórdidos do Chapeleiro. Impossível não notar as semelhanças com Splintered, a releitura obscura da obra de Carroll, exemplar que ocupa o topo da minha lista de favoritos.

Recheada de personagens cinzentos, a história inebria. Seres diabólicos aguardam pelas vielas do Mercado Goblin, pelas ruas pedregosas de rosas espinhentas e becos labirínticos dos Países da Noite, mas são figuras muito diferentes daqueles descritos nos contos de infância. É bom ter cuidado para não cair em suas armadilhas. E quantos lordes élficos não tentam nos prender em sua sedução? Bem trajados, perfumados, de língua afiada e todas as qualidades de um dândi decadente e boêmio. Não confie em nenhum deles.

Como gótico, fiquei apaixonado pela constelação de elementos da Cabaret Culture, do teatro de vaudeville, do visual burlesco e circense. Quanta riqueza encontrei, com direito a um personagem andrógino claramente inspirado numa Drag Queen produzida em Weimar, sublinhando uma referência à estilista Vivienne Westwood. Fãs de Black Butler ficarão encantados.

E a escrita? Leona Volpe criou um texto que exala fantasia e imaginação, faz vazar magia pelas páginas. Mistério e segredos gotejam das letras e desse narrador primoroso, eloquente na medida certa. Há um porém: acredito que o ritmo poderia ser mais calculado e bem distribuído. Está satisfatório, mas talvez precisasse de uma fluidez maior. São capítulos curtos, mas densos.

Barbarel, portanto, é um enredo a fim de se deixar seduzir, de abraçar a loucura dentro de nós junto ao fantástico e o surreal. Para acompanhar a estrada de cartas, máscaras e truques que nos espera, devemos convidar os espectros por trás do espelho a dançarem — uma valsa hipnótica e devassa por entre os saltos da trama.
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Bruna_Claudina 10/12/2022

Barbarel
Achei o início da história bem legal, já tinha lido o conto prequel e fiquei fascinada, sedenta para mais desse universo e seres fantásticos.
A ideia tinha tudo para me fazer favoritar a história, os personagens são interessantes e marcantes, se destacam dos que estamos carecas de ler em outros livros de fantasia atuais (Só dá os morenos de passado triste).
A estética que envolve a história também é maravilhosa, mas daí, conforme fui avançando, o livro fica muito confuso. As cenas acontecem muito rápido, Cordélia é uma protagonista passiva, que só é jogada de um lado para o outro, sem reagir.
Teve pontos que eu sinceramente não entendi nada, e eu creio que essa confusão seja intencional por parte da autora, mas para mim não funcionou.
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Cristina 02/11/2022

Uma fantasia que nos leva ao mundo subterrâneo povoado de seres mágicos, feéricos, globins? cheio de encantamentos, mistérios e surpresas.

O livro fala de Cora, uma simples bancária, que corre contra o tempo para provar que não cometeu um crime.

Ao longo da história vamos conhecendo um pouco mais sobre a pequena Cora, com uma infância bastante traumática, tendo apenas as boa lembranças de sua babá que contava histórias sobre o mundo subterrâneo.

Uma aventura com uma ambientação fantástica e personagens muito interessantes, uma verdadeira viagem pelo subterrâneo, com reviravoltas e muitas surpresas na jornada, sem sabermos qual a intenção de cada personagem.

Uma ótima leitura.
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Ticy 01/08/2022

País da Noite
Barbarel é um livro de fantasia nacional que prometia TUDO para uma história inesquecível. A capa é atraente e a sinopse é interessante, mas o que me chamou mesmo a atenção é o marketing que a autora fez.

A protagonista do livro é Cordélia, uma das funcionárias de um banco que é injustamente incriminada pelo roubo de algumas moedas de ouro e pelo desaparecimento da famosa ilusionista Vivienne.

Tendo se interessado pelo mundo das criaturas mágicas desde criança, aprendendo suas histórias e canções com sua babá apesar do ambiente abusivo em que cresceu, a jovem agora se vê presa num jogo do qual não pode escapar, envolvendo-se cada vez mais num mundo de segredos e mentiras a fim de salvar Vivienne e recuperar as moedas roubadas.

Apesar de sua proposta interessante, achei a história mal construída e confusa. A escrita da autora é boa, mas o modo como descreve os cenários e narra os acontecimentos é péssima, de forma que a protagonista parece estar em um lugar num segundo e em outro totalmente diferente no seguinte.

Não apenas isso, mas os eventos que marcam a história parecem extremamente desconexos. Vi alguém descrevendo-a como uma colcha de retalhos, e eu não conseguiria encontrar termo melhor para me referir a ela.

Quanto a construção de personagem, esse é outro ponto em que o livro deixou muito a desejar. A protagonista parece ser interessante a princípio, tendo um passado abusivo e esse seu inusitado interesse pelo reino feérico, mas eu senti que faltou personalidade nela, bem como profundidade aos seus relacionamentos com os demais personagens.

Há outros personagens, como Meia-Noite e Bel, que, por outro lado, são extremamente interessantes, embora eu quisesse que esse primeiro fosse melhor explorado.

Foi apenas lá pelo final que eu comecei a me interessar mais pela história, como se só então as engrenagens começassem a girar, mesmo que a reviravolta que tenha feito isso acontecer fosse bastante previsível, mas não vou dar spoilers.

O universo é amplo e interessante, e a forma como Cordélia vai quebrando cada vez mais das regras que são apresentadas no começo é algo de que eu realmente gostei, mas os diversos problemas que apontei fizeram com que essa fosse uma leitura bem cansativa.

De modo geral, País da Noite é uma história cheia de potencial que não foi aproveitado. Não pretendo ler o próximo livro, apesar do gancho deixado para este, mas espero que a autora corrija esses erros.
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Beca 15/07/2022

O marketing é bom, mas a história...
Esse livro tinha tudo para ser bem feito, um título maravilhoso, uma capa chamativa a sinopse perfeita, ele me cativou no conto e o primeiro capítulo me deixou arrepiada, mas...
ele é a prova que você pode ter a ideia perfeita, mas se não souber executar ou se apressar para publicar pode acabar com uma história que tinha tudo para ser maravilhosa.

O começo é bom, isso eu tenho que deixar registrado, mas a coisa desmorona quando a segunda parte começa e daí vai de mal a pior. Os acontecimentos ficam confusos, literalmente! As vezes não tem como explicar a protagonista estar em um lugar e de repente a história segue como se ela sempre estivesse em outro fazendo outra coisa, ou seja, começa uma cena e ela fica pela metade ou com resolução sem sentido, eu passava umas três páginas tentando entender do que a autora estava falando, me senti lendo um livro do Machado de Assis, mas sem a parte boa.
Uma verdadeira pena porque o marketing que a autora faz dele é maravilhoso, mas infelizmente foi um livro mal executado.
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Ayrie (@ayriebooks) 22/03/2022

"O corpo de Cordélia estremeceu e rezou para qualquer divindade que conseguisse se lembrar. Rezou até para as que não conhecia os nomes. Rezou para coisas que não deveriam receber clamores."

Cordélia é uma bancária que vê o mundo que se forçou a acreditar ser real desmoronar quando um tesouro é roubado, uma ilusionista é sequestrada e ela é acusada do crime. Pistas de feéricos são deixadas para ela e o rastro a leva até o Subterrâneo, onde terá 13 horas para se provar inocente.

Em meio à magia, alucinação, sonhos e uma realidade totalmente distorcida, Cora tem que lutar contra o relógio - e seus próprios desejos.

Como já falei na resenha do conto que se passa no mesmo universo, a escrita da Leona é assustadora, encantadora e deliciosa como um pesadelo. É dificil saber onque é real, o que é imaginado e - até mesmo - o que já foi real e esquecido.

Uma protagonista confusa e coadjuvantes que não se sabe se são vilões ou mocinhos, mas igualmente sedutores.

Único ponto negativo que consigo levantar é que a história por alguns momentos ficou muito picotada, parecendo faltar a ligação adequada.

Mesmo assim, é um mundo envolto em magia e perigo e quero voltar para lá o quanto antes.


site: instagram.com/ayriebooks
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@bookss505 06/03/2022

RESENHA.

Cordelia é uma bancária que tem sua vida virada de cabeça pra baixo após ser acusada do sequestro/morte de uma cliente.

Cordelia precisa provar sua inocência e para isso ela se vê aliada de um mago mistérioso, Bellamy, e um contrabandista procurado em vários territórios, Val.

Juntos eles vão para o submundo, onde reinam as criaturas mais sombrias, para resgatar as moedas roubadas e buscar por Vivienne, a cliente desaparecida. Mas Cordelia não imaginava o que viria pela frente. No submundo, Meia Noite é um feérico que virou lenda que havia desaparecido à anos e por algum motivo está por trás de tudo.

Cordelia agora precisa encarar seu passado, presente e futuro se quiser sair do submundo e provar sua inocência. Mas ela precisa correr pois terá apenas 13 horas para resolver isso ou ficará presa no submundo para sempre.

Barbarel no país da noite foi uma experiência um tanto peculiar. Eu gostei bastante quando li a sinopse, o enredo foi muito bom, os personagens MAGNIFICOS, mas acho que foi um pouco demais pra mim.

Em certos momentos parecia que eu tinha perdido alguma parte da historia. Confundi realizade com ilusão e lembranças. Acredito que foram muitos elementos inseridos numa obra com poucas paginas, deixando tudo um pouco confuso.
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Camila1857 01/03/2022

A vontade de ler o livro se deu pela sinopse... A história parecia ser maravilhoso e isso fez com que minhas expectativas ficassem gigantes.
O começo do livro de fato gerou uma certa curiosidade. Mas, quando entramos de fato na história, a narrativa fica confusa e parece a mistura de diversas histórias que foram jogadas ali sem uma organização.
Fiquei bastante decepcionada...
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Jey Canavezes 10/01/2022

De longe é ruim de perto é péssimo
Peguei o livro porque gostei da premissa. Mas a escrita da autora é muito desconexa! Não consigo me lembrar de coisas que aconteceram porque não pareciam estar ligadas à nada.
É como se fossem cenas aleatórias costuradas em um livro.
Muita descrição de coisas sem necessidade e nenhuma informação relevante sobre os personagens.
Ela não mostrou quem são os personagens é só um grupo de pessoas fazendo alguma coisa que eu não sei o que é...
Nem o final me convenceu.
Beca 06/02/2022minha estante
SIM! Eu ainda estou tentando entender o que aconteceu


Camila1857 28/02/2022minha estante
Estou finalizando a leitura e meu sentimento é o mesmo...




Isadora- 09/01/2022

"Você não chama o fogo de mau só porque queima, não é?"
País da Noite é o primeiro volume de Barbarel, um livro nacional com muitaaa fantasia. Neste universo, temos um milhão de referências a criaturas de diversos folclores (tive que pesquisar vários termos durante a leitura, inclusive) e 295 páginas de pura loucura (quase literalmente). A partir do momento em que nossa protagonista, a banqueira Cordélia, entra em contato com o Submundo e as criaturas de lá, temos muitas descrições e situações difíceis de se entender de tão fantásticas. Acho que esse foi um ponto negativo na leitura; apesar de fazer parte do charme da história um pouco da confusão, muitas coisas não ficaram muito bem esclarecidas e eu não consegui entender se a Cordélia estava tendo um sonho, ilusão, uma lembrança ou se era uma vivência real. Outra coisa que particularmente não me agradou muito foi a estrutura do texto: a autora faz bastante uso de sujeito oculto nas frases e acho que isso torna a leitura um pouco confusa em um ambiente inventado que por si só já é confuso.

Contudo, se você der uma chance ao livro, pode se surpreender! Temos reviravoltas, traições e revelações nas últimas cem páginas e, quando dei por mim, estava terminando e querendo logo o próximo volume para ver o que ia acontecer. Acredito que a pesquisa para reunir tantas informações folclóricas e construir um universo que as abrigasse de modo tão criativo tenha sido extensa, então admiro muito a autora! A Leona Volpe também é desenhista, indico seguir o instagram dela (@volpe.leona) para acompanhar as postagens caso tenha curtido o livro, a estética é incrível e combina 100% com a história. Feliz por saber que existem escritores nacionais atuais dando vida a obras tão criativas e espero encontrar mais deles por aí! =)
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Talitasda 01/12/2021

fantasia nacional muito boa
sou apaixonada pela construção de mundo de Barbarel, e a história e os plots são realmente cativantes. recomendo muito!
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