Livro do Cesário Verde

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Resenhas - O Livro do Cesário Verde


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arthur966 23/08/2023

E, enorme, nesta massa irregular
de prédios sepulcrais, com dimensões de montes,
a dor humana busca os amplos horizontes,
e tem marés, de fel, como um sinistro mar.
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Livs 07/12/2021

Cesário Verde traz a realidade da modernidade ao mesmo tempo que em sua fase romântica se demonstra um amante a distancia e apaixonado.
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Brito 18/02/2021

O livro de Cesário Verde
Cesário é o poeta da cidade de Lisboa, poeta do encontro, faz esculturas de gente viva e de realidades ainda mais vivas: calceteiros, varinas, operários, costureiras, burgueses, lojas, pobreza, degradação, injustiça social, indústria, progresso, culturas, ecos da aventura passada além-mar. Poeta do objectivo, do palpável, dos sentidos, da visão, dá-nos o quotidiano prosaico, concreto e real de Lisboa em palavras simples e certeiras, sem sentimentalismos, mas não fica por aí, filtra com o seu olhar transfigurador essa Lisboa que observa, e dá-nos uma pessoalíssima forma de ver a cidade, transforma-a no seu mundo através do olhar simultâneo de poeta simbolista, impressionista, romântico, realista.
Homem de contradições, vivendo num período de mudança social, ele próprio era mudança e por isso era incompreendido e não pertencia a lado nenhum, pertencia a si, à sensibilidade que captava no ar, à estesia de que fala o seu amigo Silva Pinto e que lhe proporcionava as imagens visionárias, a adjectivação rica, sugestiva, constrastante. Cesário vivia nesse mundo ricamente contraditório, era o romântico: eu hoje estou cruel, frenético, exigente/ já fumei três maços de cigarros, mas era o realista, o parnasiano que sai sai de si e descreve uma infeliz sem peito, os dois pulmões doentes/ e canta as varinas que à cabeça embalam nas canastras/ os filhos que depois naufragam nas tormentas. Poeta para trazer na algibeira da alma, estranhamente, ou não, ele que cuidava ser um anti-lírico, faz-nos falta para sentir.
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Maria3427 23/04/2012

Versos que marcam
Para mim é inprescindível que um poeta saiba os dois lados da moeda. Mostrar o belo, o amor, as coisas boas e por outro lado não agir com indiferença sobre o mundo. Saber denunciar as injuntiças e expor a sociedade da maneira como ela é, sem maquiar nada, tudo isso Cesário Verde faz. Encontramos num mesmo poema um verso sobre como esse mundo está, como as pessoas vivem numa miséria e muitos nem se importam, noutro, vê-se a exaltação (ou não) da mulher bela. O amor, tratado de forma tão pura associado à natureza, até dá vontade de ter um amor assim. (kkk)
Teve uma vida tão breve, mas continua vivo (como pode?) a cada vez que uma leitura sobre seus poemas nos levam à reflexão. E assim percebemos que certas coisas não mudam. Certos problemas na humanidade, certos modos de viver, certos sentimentos... O mundo continuará tão belo e tão rústico quanto foi na época em que Cesário escreveu seus doces poemas.
Renata CCS 14/01/2013minha estante
Gostei de sua resenha! livro interessante!


LipeV 26/12/2014minha estante
Resenha concisa e muito bem feita. Gostei da forma que falaste do livro, Maria. Mesmo não sendo muito fã de poesia fiquei com vontade de conhecer o livro.




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