Resenhas - Você é ansioso?

VinAcius.Dioni 23/08/2021

Sem noção
Sempre tive curiosidade acerca do trabalho de Pondé, e foi nesse livro que tive a oportunidade de conhecê-lo. Porém a decepção não podia ser maior.

O autor faz comparações e reflexões inusitadas (que até beiram o absurdo, ao meu ver) e abusa de seu monólogo para distribuir ignorância. Como por exemplo, há trechos de crítica infundadas ao movimento feminista, em que o autor o classifica como delirante e exagerado.

E quando digo monólogo, quero dizer que não é desses livros em que você sente que faz parte do raciocínio, da reflexão ou da conversa.

De maneira clara e crua: se aproxima de um discurso daquele tio que acredita em tudo que lê no whatsapp e, de quebra, não percebe quando é inconveniente.

AndrA65 17/07/2021

Sim, eu sou.
O livro é basicamente uma sequência de reflexões acerca da presença frequente da ansiedade no nosso cotidiano.
Fala bastante sobre as características da sociedade atual que fomentam uma forma patológica de preocupações.
Em sua maioria são boas reflexões que esclareceram alguns pontos obscuros sobre esse tema.
Todavia, deixo minha objeção a abordagem extremamente agressiva que o autor faz sobre o papel do feminismo na ansiedade da sociedade.
De forma geral é um livro bom e fluído, mas não tão profundo.

Pedro.Decourt 25/05/2021

Muito interessante
O livro traz reflexões coerentes com a realidade. Mesmo que eu discorde de um ou outro tema abordado, alguns desses temas foram totalmente compreensíveis na forma em que foi pensado. Uma das partes que mais me identifiquei foi a comparação da ansiedade com a vontade (seja de alguma coisa, ou simplesmente a vontade de controlar coisas que são regidas pelo acaso) e com o medo, que esta extremamente ligado a ideia de sucesso e prosperidade. Uma leitura interessante que recomendo.

Erick 01/05/2021

Em busca da antifragilidade.
Ansiedade é um tema recorrente nos dias atuais, na literatura, noticiário e em nosso cotidiano.

Por isso o autor começa sua série de ensaios com uma reflexão sobre se vivemos ou não em uma era da ansiedade.

O que se segue são textos com breves análises acerca do que o autor classifica como fatores causadores de ansiedade nos tempos de hoje.

Para quem já está habituado à este tipo de leitura, ou até mesmo ao Pondé e sua abordagem, sabe-se que, nem sempre, as reflexões trarão qualquer tipo de resolução para o problema em si. O próprio autor alerta para este fato dizendo que, dependendo do tipo de leitor, este pode ser mais um causador de ansiedade.

Pois bem, exercitando minha capacidade de síntese do conteúdo apresentado, um dos conceitos mais marcantes no livro é o de que, desde o século passado, somos criados e incentivados a viver em "bolhas de segurança". Portanto, qualquer fator que ponha em risco essa segurança gera ansiedade e muitas vezes esses são fatores comuns à vida humada e deveriam ser normalizados.

Nas palavras do próprio autor, "a incapacidade de sofrer é forte causadora de ansiedade..."

Outro conceito interessante de ser notado é o da busca por autossuficiência, quando ninguém é capaz de ser completamente autossuficiente o tempo todo! Aqui é certamente o ponto mais polêmico do livro por criticar especificamente um grupo social, mas o conceito é este e não poderia fazer mais sentido.

A conclusão óbvia é de que não há como escapar da ansiedade. A reflexão final é de que é possível ter uma "elegância" na era da ansiedade em aceitar uma dose de descontrole na vida e de não dá para ganhar sempre.

"Não se trata de ser robusto porque a robustez racha. A fragilidade cede. A antifragilidade é sobreviver graças à humildade, reverência e resiliência diante dos fracassos, da imensidão do universo, do mundo e da sociedade. Todos perdemos no final. A elegância é não derreter diante deste fato."

Ikaro C. Maia 03/04/2021

Não é um livro para ansiosos. Definitivamente!
Comprei o livro por indicação, a capa traz um tema contemporâneo, instigante e a priori interessante. Contudo, recebi um balde de água fria logo nos primeiros capítulos. Além de repetitivos são uma espécie de cicuta aqueles que almejam uma carreira acadêmica que é o meu caso.
No decorrer realmente algumas reflexões se fazem pertinentes e te levam a breves e singelos questionamentos. Entretanto, levando em conta os capítulos curtos, as vezes a obra passa a impressão de ser um compilado de resumos, não explorando os questionamentos que tem potencial: fica uma impressão de ter sido escrito às pressas.
Duas coisas me incomodaram imensamente no decorrer do livro. A primeira a maneira quase religiosa, ou compulsiva que o autor tinha de trazer o tema feminismo para a obra, quase atribuindo a culpa de todas as mazelas do mundo para a ideologia; Não sei que tipo de apego de amor ou ódio mórbido com tal ideologia o autor tem. O segundo ponto foi a repetição de palavras e frases em inglês, alguém sem qualquer conhecimento da outra língua claramente necessitaria parar a leitura para fazer uma pesquisa: mesmo que breve não justifica, além de ser prejudicial a dinamicidade da mesma. Em fim, no meio do livro anotei ?Será que termino com mais perguntas que respostas?? E a resposta foi, não sei. Em alguns aspectos sim, mas também me fez questionar outros, e sigo assim.
Minha conclusão é que definitivamente não é um livro para ansiosos.

cle 26/02/2021

Autossuficiência é sinônimo da ansiedade
um livro totalmente inteligente, a cada capítulo retoma a ansiedade a algo que traz a compreensão do ?porque? que sofremos tanto com ansiedade.
mercado, capitalismo, sociedade líquida, alimentação, libido e entres outros.
Um livro enriquecedor ao intelecto.

Amanda 05/02/2021

Excepcional
Livro que toca na alma. Aborda das mais diversas questões como bases para compreensão do processo ansioso. Não é um livro "carinhoso". Ele te chacoalha e leva a repensar suas atitudes perante as circunstâncias possíveis de um indivíduo ansioso/ ou não.

Roger Ruiz 31/12/2020

Ensaio interessante de leitura não tão fácil
O livro não é de simples leitura. Li 2 vezes seguidas pois o tema é interessante e Pondé discorre sobre uma realidade não tão cheia de flores que muitos coaches pregam. Afinal, somos humanos e não temos o controle de tudo. Saber disso alivia nossa vida ansiosa.

Mr. Jonas 26/08/2020

Você é ansioso?
Luiz Felipe Pondé discorre sobre uma das questões mais preocupantes da atualidade: a ansiedade.
Neste livro, o pensador estuda algumas das inúmeras fontes do problema, como as redes sociais e a internet, o avanço na medicina e a instabilidade do futuro da democracia.
Pondé elabora um ensaio sobre a era da ansiedade, analisando como o comportamento e a cultura têm produzido e lidado com esse novo paradigma e apontando possíveis formas de lidar com a questão.
“Talvez uma das melhores formas de enfrentar a ansiedade seja aceitar que jamais a venceremos e que o que nos humaniza é o fracasso”, defende ele.

Eliezer Mariosa 14/08/2020

Quando recebi o livro, confesso que fiquei animado com o tema, mas, ao mesmo tempo preocupado se um livro tão curto aprofundaria o suficiente no tema. Infelizmente, minha preocupação estava correta. O livro é curto, os tópicos são abordados de forma superficial, não explorando profundamente o tema proposto.
Entretanto, creio eu, que o objetivo era esse mesmo. Uma leitura rápida, com várias referências a importantes nomes da Filosofia, Psicologia e Psiquiatria mundiais (entre outras), sem ser um “manual técnico” de tratamento de transtornos de comportamento.

Marcio.Caldas 30/06/2020

Ansioso demais
A proposta da obra logo me cativou. Embora o livro seja curto, pareça uma resenha para uma edição futura completa, a premissa de diagnóstico da ansiedade na sociedade moderna funciona, em poucos momentos, infelizmente.
O autor passa pouco tempo da obra identificando as ansiedades de nossa era. Prefere, ao invés disso, focar em criticar e, por vezes, xingar todos os atores que seguem um padrão comportamental diverso do dele. Há uma certa prepotência no capítulo inicial do livro, demonstrando claramente que o parâmetro de pessoa normal e comum deveria ser o próprio autor.
No fim, o escritor promete muito e entrega pouco. Faltou um capítulo final, onde ele confesse sua ansiedade em criticar a todos que não se encaixam no seu perfil de pessoa perfeita ou pelo menos aceitável. A obra causa mais ansiedade no leitor do que os próprios vetores de nosso tempo. Fiquei com a impressão ansiosa de perda de tempo.