Resenhas - Precoce

isabelhias 26/07/2024

Gostinho de trauma feminino
Precoce encerra a trilogia da paixão da autora Argentina. Como nos outros dois, o que chama a atenção é a violência e o caos de sua escrita, evocando sentimentos perturbadores sobre as relações familiares entre mãe e filho. Neste livro, trata-se da relação da mãe com seu filho adolescente.

O laço conturbado e ambíguo que ambos vivem os coloca nas ruas, vivendo do que aparece, sem nenhuma ordenação. Sem escola. Com a marcante presença de assistentes sociais preocupados com o menino. Com a insistência da mãe num amor negado por um homem casado, o pai do seu filho. Alguns temas tabu, como o incesto, também foram insinuados, mas de uma perspectiva simbólica.

Embora menos interessante que o primeiro livro, Morra, amor, este aqui é mais interessante que o segundo, A débil mental. Vale a pena por ter pouquíssimas páginas, mas é bom ler num momento de cabecinha bem saudável porque existe toda uma inclinação pra loucura e fomento pra pensamentos meio ensandecidos na autora.

Dommie 01/06/2024

Escritora maravilhosa, escrita pesada
Bem difícil de digerir, assim como os outros dois livros da trilogia. A escrita de Harwicz é densa e carregada de erotismo. Foi uma leitura muito desafiadora, pois eu comecei no final do ano passado, abandonei o livro por ter tido muita dificuldade de entendimento e, no final de maio, consegui voltar a lê-lo -sinceramente foi uma boa escolha. Não posso dizer que eu realmente entendi a história mas creio que entendi o que ela quis transpassar pra nós, leitores. Nota 3/5 apenas pela dificuldade na leitura; ela é tão consistente que acaba sendo maçante em algumas partes, por isso, eu particularmente recomendo caso você pretenda ler, algumas pausas pra ?respirar e espairecer?. Não é daqueles livros que devoramos de uma vez só.

Gregory.Faguaga 08/05/2024

Precoce
"Você não pode me responder, mas por exemplo de quanto em quanto tempo pensa em mim. De quanto em quanto tempo passo na sua frente como um véu, como um manto, como uma rajada de vento, pode me dizer? Antes de dormir você me vê? "

Sara 11/04/2024

Não foi dos melhores
Ariana tem uma forma de escrita que é cativante e ao mesmo tempo confusa, por vezes me perdi na história e não sabia bem o que estava acontecendo.
Acho que terei que ler novamente em algum momento.

haruurane 24/02/2024

Confesso que não esperava muito, já que os livros da autora costumam ser confusos e não seguir uma linha retilínea de ideias. gosto de ver o fluxo de pensamentos intrusivos.
o livro tem um desfecho interessante, mas em outras partes, é extremamente confuso e sem graça.

Heloisa.Vulcanis 21/01/2024

Esse último livro da trilogia é composto por textos transcorridos, sem divisão de capítulos e possui muitos diálogos que não são indicados por travessão ou aspas. Por conta disso, não consegui entender direito quem estava falando e nem o que estava acontecendo. Agora, sobre a história, ela não foi muito diferente dos dois outros livros, dessa vez tendo como principal polêmica o incesto. Ele não foi tão explícito, mas deu para entender o que a autora estava querendo dizer.

Biblioteca Álvaro Guerra 08/12/2023

Em um ambiente rural, mãe e filho levam a vida no limite – do amor, da obsessão e da indigência. Caçam, vasculham o lixo, vagam pelas ruas, são perseguidos por policiais e assistentes sociais. A mulher, embora dependente do amante casado que a rejeita, é também a mãe obstinada que teme perder o filho, o qual vê rapidamente se transformar em homem. Nessa relação ambígua, a distorção na estrutura familiar tradicional questiona os papéis conferidos à mulher pela sociedade, sobretudo aquele ligado à maternidade: "Mas agora me beija e nos desfazemos, não mãe e filho, dois clandestinos que se cruzam numa parada, dois aturdidos no alto de um refúgio, dois punks que atravessam a Europa comendo do lixo público, na França, na Alemanha, na Itália, os lixos cheios, sanduíches mordidos".

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9786587342177

Lulys 08/08/2023

Final da trilogia
Talvez por ser o último livro da trilogia a maneira como a narrativa é construída se torna cansativa. Apesar de ser um livro curto não é fácil lê-lo de uma só vez. Temas tabus como o incesto são insinuados, mais uma vez a relação mãe filho é abordada

skuser02844 09/04/2023

???????????????
Um livro indigesto, quase difícil de engolir e ler. Com uma escrita interessante, porém que me causou estranhamento. Quase não há nenhuma indicação de diálogo e a cronologia é confusa.

diennifercb 16/02/2023

Perturbador
Gente, esse livro aqui perturba até a mente da pessoa mais fleumática. Eu gostei mais ou menos, não sei explicar exatamente o porquê, achei a história bem confusa, não tem aquela divisão entre texto e diálogos, é tudo corrido, acho que isso me agrada mas me confunde ao mesmo tempo. O enredo em si é estranho, eu amo ler sobre a maternidade fora dos padrões sociais e não-romantizada, mas isso aqui vai bem além, pende pro lado incestuoso, e eu ACHO que talvez seja um pouco demais pra mim. Mas, ao mesmo tempo, gostei da leitura justamente por isso (vai entender), porque me tirou da zona de conforto e me pegou desprevenida (até porque eu não leio sinopses), e eu amo quando os livros fazem isso comigo. Nunca tinha lido nada da autora, e descobri que esse é o último livro de uma trilogia, então vou seguir lendo-a, até porque eu gosto desse estilo de livro e de escrita.

Diogo 29/11/2022

Dos três livros lidos da mesma autora, este é o mais fraco. Gostei muito do "morra amor". O "a débil mental" é bom mas não tanto quanto o primeiro. Já "precoce" ao meu ver a qualidade segue caindo.
Enfim, recomendo mais o "morra amor" do que os demais.

Cristian Monteiro 15/11/2022

Muito difícil de acompanhar o livro, de entender o que realmente se passa, provavelmente pela estrutura adotada.

mons 29/12/2021

Uau
Mais um livro dessa autora que tem uma forma tão singular de escrita. A Ariana faz uso do fluxo de pensamentos, sem marcação de fala ou descrita e sem a divisão em capítulos. É algo cru, difícil de digerir, de entender, de interpretar, mas tudo isso parece ser apenas mais uma característica da experiência que é ler os seus livros. É genial e único. Eu finalizo os livros sem fôlego e sem saber o que acabei de realmente ler.

anacreola 25/11/2021

Gosto muito da maneira visceral e sem fôlego que a autora escreve, amei seu livro "Morra, amor". Mas infelizmente esse não bateu tão bem. Assim como aconteceu com o anterior "A debil mental". Uma pena.

victória leal 20/09/2021

"Quando eu recordar minha vida, haverá um só momento de verdadeira felicidade."
terminei a trilogia por serem livros curtos, mas confesso que no começo eu não tava entendendo nada e no final parecia que eu tava no começo.