Laranja Mecânica

Laranja Mecânica Anthony Burgess




Resenhas - Laranja Mecânica


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Eduardo.Staque 19/06/2023

Então, o que é que vai ser, hein?
Não é um livro fácil, ou uma leitura fácil.

Mesmo com o glossário no fim do livro, acredito que não seja, principalmente pra quem não gosta de ficar parando a leitura pra ver o significado das palavras do dialeto Nadsat (eu, no caso, odeio fazer isso, e assim como em Duna, não olhei nenhuma vez).
Mas acho que é um dos pontos fortes do livro, essa estranheza com as palavras, a busca pelo entendimento delas ajuda a entender um pouco daquele mundo distorcido.

Pra quem já viu o filma talvez fique mais fácil digerir tudo o que é narrado pelo personagem principal, e assim, consiga colocar todas aquelas situações em contexto, mas que nunca teve esse contato pode achar que falta descrição ou mais acontecimentos fora do núcleo principal para entender esse mundo distópico, porém, senti que era necessário ser assim, já que o livro é a narração pelo personagem principal sobre suas próprias vivências e experiências naquele mundo, e assim, pode até mostrar que há um outro motivo para suas ações.

Ações essa que também podem estar ligadas a fase da vida dele, não que isso seja comum ou normal, mas que conforme envelhecemos e amadurecemos, a visão de mundo, de prioridades, a responsabilidade e seu próprio contexto faze suas ações e reações mudarem.

Podemos pensar também que tudo isso é uma reação ao totalitarismo, a uma sociedade que permite tais atrocidades e não busca mudar suas bases para tentar melhorar, que é uma forma de se fazer ouvir por quem precisa ouvir.
É um livro que permite pensar em muitas coisas como os limites de ação como indivíduos, a liberdade, educação, sistemas carcerários ou correcionais, a identidade, se o que fazemos é totalmente nossa escolha ou se somos forçados a escolher o que o sistema quer.
É bastante coisa pra fazer a gúliver funcionar!

Mesmo com essa densidade de pensamentos e possibilidades, com as palavras estranhas, é um livro rápido, cativante e com o final diferente do que é apresentado no filme e ao meu ver, melhor que o filme também.

Porém, a nota que dei não é de fato somente pelo livro, mas também pelo trabalho da tradução e localização.
A nota de tradução e edição é incrível!
Mostra como esse trabalho é importantíssimo e muito difícil, demandando muito estudo e conhecimento da obra original, além do contexto da época em que foi escrito e o contexto do autor.
Muitas vezes falamos aqui nas resenhas que o autor escreve de tal forma, tal jeito, mas tudo isso depende dos tradutores, de como eles interpretam, atualizam e transformam para nós sem perder a essência da obra original.

É um trabalho fascinante, e aqui, uso esse pedaço da resenha para parabenizar e agradecer a todos que ajudam a trazer as maravilhas do mundo da leitura para nossa realidade.

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Romulo Vieira 16/06/2023

Laranja Mecânica
Este livro é um clássico da ficção inglesa, aliás sensacional.
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Conta a história impressionante do Alex, jovem líder de uma gangue de adolescentes, cuja diversão é cometer perversidades e atos de violência - seja ela social, física, ou psicológica, pelas ruas de uma metrópole decadente.
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Fazendo uso de uma peculiar linguagem chamada nadsat, mescla de gírias de gangues inglesas e palavras russas, o narrador conta como ele, depois de seus atos delinquentes terem ido longe demais, acaba preso pelo governo e submetido a um método experimental de recondicionamento de mentes criminosas.
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O livro traz uma dura crítica nos limites da relação entre o Estado e o indivíduo.

site: https://www.instagram.com/p/BkqB7GlH8c8/?utm_source=ig_web_copy_link&igsh=MzRlODBiNWFlZA==
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Mari 15/06/2023

Desconcertante
Em diversos momentos a descrição de algumas cenas me geraram extremo desconforto durante a leitura. Algumas passagens do livro são bem viscerais e a linguagem única falada pelo Alex (personagem principal) agrega ainda mais a essas passagens. Não tive muita dificuldade com o vocabulário peculiar, não achei difícil (já que a edição oferece um dicionário a linguagem) e depois de um tempo fica simples decifrar certas palavras (isso dá-se ao fato do ótimo trabalho de tradução). Apesar de tudo, não consegui desenvolver simpatia e carinho pelo Alex, deixo isso para outros leitores. Enfim, uma obra clássica que ainda tem muito a oferecer pela originalidade.
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Laiza.Mafra 15/06/2023

Por conta do vocabulário a leitura se torna cansativa. Temos que ir várias vezes ao glossário para entender.
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Alexsander.Rosa 15/06/2023

Um livro horrorshow e aquela kal toda
"Então, o que é que vai ser, hein?"
E assim começa a aventura do "Vosso Humilde Narrador" pelas ruas com deus druguis, até que ele passa dos limites e passa por situações que nos fazem questionar os assuntos sobre ética, moral, liberdade e libertinagem, e aquela kal toda sobre Estado e violência. É um livro fenomenal, que te prende, apesar de muitas gírias (possui um glossário para ajudar, mas muitas palavras são até intuitivas).
É uma distopia fantástica, bem contada, bem narrada por nosso drugui muito elegante e horrorshow que é o Alex, um personagem que conquista e a gente fica (bom, ao menos eu) indignados pelo o quê ele passa, mas também ficamos enraivecidos pelas suas ações. É um livro que vai pertubar, causar muitas reflexões, mas que vai apaixonar aqueles que lerem pela forma como é contada. Agora quero muito ver o filme!!!
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Aline 14/06/2023

Poder de decisão - criminosos devem ou não tê-lo?
O vocabulário nadsat torna cansativo no início as idas e voltas ao glossário. O vocabulário de repetições parece muito infantil para um adolescente entre 15 e 18 anos. Mas entendo que o autor usou esses recursos para nos fazer entender o grau de imaturidade de Alex, que se torna uma cobaia sem questionar nada. A questão do livre arbítrio, da possibilidade de escolhas, é tema central no livro e nisso me remeteu muito outra distopia, Admirável Mundo Novo. Mas em laranja mecânica o leitor fica em conflito entre se revoltar com a violência sofrida por Alex, que deixa de ser alguém capaz de fazer escolhas e está condenado a sempre fazer o bem. E a tristeza ao perceber que sendo ele mesmo, ele continuará perpetrando violência.


"Eles transformaram você em alguma coisa que não um ser humano. Você não tem mais o poder de decisão. Você está comprometido com atos socialmente aceitáveis, uma maquininha capaz de fazer somente o bem. E vejo isso claramente: essa questão sobre os condicionamentos de marginais. Música e o ato sexual, literatura e arte, tudo agora deve ser uma fonte não de prazer, mas de dor."
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Hevi 14/06/2023

O por que ler "Laranja mecânica ".
Uma das melhores distopias que tive o prazer de ler!
Já adianto que se você não gosta de neologismo deverá repensar bem antes de dar continuidade a essa leitura, isso porque o autor Anthony Burgés criou a linguagem "Nadsat" em sua obra. Contudo, é disponibilizado um glossário para melhor entendimento.
Laranja mecânica contará a história de Alex, um jovem rebelde que provoca o terror na cidade em que vive, acompanhando de pessoas que ele julga, a priori, tratar de seus verdadeiros amigos. Dessa forma, a conta de seus atos horrendos chega da maneira que ele menos esperava e para sua sorte, a prisão, não será um dos seus maiores problemas!
Boa leitura!
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juferrie 12/06/2023

Horrorshow
"Então, o que é que vai ser, hein?"

Tudo nesse livro me chamou muito a atenção. Desde um título muito curioso à criação de um novo vocabulário (Nadsat) e a narração da "ultraviolência" que a sociedade atingiu em um futuro distópico extremamente perturbador criado por Burgess que, a partir desse contexto, nos apresenta muitas reflexões sobre a liberdade de escolha e as formas de correção do Estado contra a violência.

"Será que eu serei apenas uma Laranja Mecânica?"
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Duda 09/06/2023

Simplesmente sensacional!
O livro Laranja Mecânica é uma distopia que nos leva à uma sociedade futurista, onde a violência e a busca pelo prazer são dominantes.
O livro conta uma história perturbadora narrada por meio de uma linguagem inventada pelo autor, conhecida como "Nadsat" (usada como forma de comunicação pelas gangues) a qual mistura palavras da língua inglesa, com algumas palavras russas.
O livro nos trás a história de Alex (nosso humilde narrador/ personagem principal), líder de uma das gangues de jovens delinquentes da cidade. O objetivo dessas gangues é juntar seus grupos para cometerem vandalismos e violências de todas as formas possíveis: roubos, agressões, estupros assaltos à casas e comércios, etc. Todas as noites os episódios se repetem.
Em meio à esses episódios, uma certa noite, Alex é contrariado por Tosco (integrante da gangue), ao receber uma ordem vinda de Alex. A partir daí é criada uma rivalidade dentro do próprio grupo, por disputa de poder e liderança. Após mais algumas noites, tudo parece ter se resolvido entre os amigos, ate que Alex é traído pelos demais integrantes do grupo.
Em uma noite, no meio de um assalto, uma senhora aciona a polícia, os amigos fogem e deixam Alex para trás. Nosso humilde narrador é presso e aí é onde começa todo o drama.
Alex é preso, e após algum tempo na prisão recebe uma proposta que seria ir para uma clínica de reabilitação, com promessas de que sua vida iria mudar e ele se tornaria um jovem "normal".
O objetivo do governo era fazer com que Alex entendesse suas atitudes e colocar um fim no mau comportamento do jovem. Na clínica ele recebia diariamente injeções que os funcionários diziam ser vitaminas. Após algumas horas, Alex era levado para uma sala onde ele era amarrado em uma cadeira e obrigado a assitir cenas de violência, só que ao contrário do prazer que sentia antes ao presenciar e participar de violência como aquelas, o jovem passou a sentir medo,agonia, tristeza e até ânsia de vômitos (será que as injeções tinham alguma influência? É provável que sim).
Após semanas confinado Alex se torna o modelo que o governo tanto almejava, mas junto a isso veio a incapacidade de se defender de situação onde sua vida estava em risco. Além disso, nosso "humilde narrador" foi exposto aos noticiários, conta sua vontade. Foi usado como cobaia para pesquisas, as quais não autorizou. Perdeu amigos, e familiares. Perdeu a chance de construir uma família e conseguir um bom emprego.
Em uma conversa com um velho amigo, daqueles tempos de vandalismo, Alex o ouviu dizer: "É amigo... vc pecou, suponho, mas seu castigo foi além de qualquer proporção. Eles transformaram você em alguma coisa que não um ser humano. Você não tem mais poder de decisão. Você está comprometido com atos socialmente aceitáveis, uma maquininha capaz de fazer o bem. E vejo isso claramente: essa questão sobre os condicionamentos de marginais. Música e o ato sexual, literatura e arte, tudo agora deve ser uma fonte não de prazer, mas de dor."
Ao ler o livro podemos refletir muito sobre o livre- arbítrio, moralidade e a natureza humana. Comos seria o mundo se não houvessem leis? Temos livre- arbítrio para fazer o que quisermos, mas o que nos convém? De que forma meu comportamento afeta o outro? Essas e outras questões vieram a mim ao decorrer do livro.
Além disso, também podemos entender sobre responsabilidade individual e coletiva. O livro é uma crítica afiada sobre condicionamento humano e ao perigo de um sistema que busca controlar a mente e a liberdade de escolha.
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Isabela.Tonial 08/06/2023

Laranja Mecânica conta a história de um adolescente chamado Alex, junto com sua gangue ele violenta e rouba, porém acaba preso por traição de seus colegas. Na prisão é submetido a um tratamento para ?ficar bom?.
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Ryan.Grancieri 05/06/2023

Que loucura?
No começo o vocabulário é bem estranho, mas depois de um tempo você meio que acostuma mais ainda assim o livro todo é bem diferente e um pouco sem coração pelo que rola na história.
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Stefani94 29/05/2023

Eu criei um carinho pelo vosso humilde narrador, ele cometeu muitas atrocidades mas sofreu bastante no final, mas o que levou o Alex a ser daquele jeito, ele até que tinha uma família estável.
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Isa 28/05/2023

AMOOOOOOOOO!!!!!!!
O MELHORRRRRRR ?????????????????????????????????
???????????????
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skuser02844 27/05/2023

Pra colocar a gúliver pra funcionar
“Então, o que é que vai ser hein?”

É assim que Alex e seus amigos iniciavam suas noites. Sentados no Korova, uma leiteria que vendia o bom e velho Moloko (leite mesmo) misturado a drogas sintéticas. Depois, o grupo partia para sua famosa ultraviolência. Realizava roubos, espancamentos, invasões, estupros e tudo mais que viesse a passar pela cabeça dos adolescentes.

É possível identificar que Anthony Burgess traz o assunto da delinquência juvenil e da criminalidade, em uma obra que é uma distopia, mas que ao meu ver, perto de outras (como Admirável Mundo Novo), não chega a ser tão distopia assim, simplesmente pelo fato de que é possível imaginar diversas situações do que ocorre naquele período, em nossa sociedade atual.

Com o governo totalitário da época entendendo que somente prender os jovens criminosos e arruaceiros não resolvia o problema, colocou-se em prática um novo método, chamado de “Técnica Ludovico”, que consistia basicamente numa lavagem cerebral que prometia promover a cura comportamental dos criminosos.

Alex então, tempos após ser preso, aceita ser utilizado como cobaia desse método, sem saber exatamente no que este consiste, visando apenas uma forma de conseguir a sua liberdade de maneira mais rápida.

O fato dessa técnica ser bastante dolorosa física e mentalmente, por acabar transformando Alex num ser condicionado pelas suas sensações corporais e não simplesmente por sua mudança de mentalidade, traz a discussão sobre a liberdade individual e o condicionamento psicológico. Alex é forçado a assistir filmes que mostram diversas atrocidades, tudo isso regado a uma trilha sonora completamente amada por ele, a música clássica e em especial, Beethoven, enquanto algo é injetado em seu corpo, o fazendo ter sensações terríveis e associando essas sensações com as imagens que vê. Assim, acaba sentindo repulsa simplesmente por pensar em realizar os atos violentos que antes lhe davam enorme prazer. Isso o faz se sentir mal inclusive ouvindo as músicas que mais gosta, tirando dele toda e qualquer oportunidade também de ser sensível à arte, e inclusive ao sexo.

Em determinado momento, se sentindo apenas uma coisa programada, Alex diz: “Será que eu serei apenas uma laranja mecânica?”. Realmente, é difícil imaginar uma laranja, algo completamente orgânico e particular, existindo de uma forma mecanizada, chega a ser estranho. E é essa estranheza que pode ser sentida por Alex e também pelo leitor ao imaginar os instintos, sensações e liberdade humanos — por mais que horrendos muitas vezes assim como no filme — sendo suprimidos por um condicionamento que o torna completamente mecanizado.

A reflexão sobre a liberdade de escolha surge diversas vezes na história, e isso foi algo que me causou bastante reflexão. Trechos como “maldade vem de dentro, do eu, de mim ou de você totalmente odinokis (sozinhos), e esse eu é criado pelo velho Bog ou Deus, e é seu grande orgulho.” e “A bondade vem de dentro. Bondade é algo que se escolhe. Quando um homem não pode escolher, ele deixa de ser um homem”, trazem justamente essa reflexão, sobre qual o valor da bondade se o indivíduo é forçado a realizá-la, e se não é mais digno que haja a liberdade dessa escolha, ainda que o indivíduo opte pelo caminho da maldade. Essa reflexão não é apresentada somente ao leitor, mas possui também as opiniões de diversos personagens, como o padre da prisão, o diretor da prisão, e o próprio Alex, objeto de tudo o que acontece.

O último capítulo, excluído do filme e de algumas versões americanas do livro, traz um Alex alguns poucos anos mais velho, se enxergando dentro de um amadurecimento, e refletindo sobre o tempo e sobre as atitudes humanas de acordo com a idade, focando principalmente na questão dos erros e das pancadas que o adolescente vive e que segundo ele, tem que viver, sendo isso natural da nossa condição como pessoa.

É interessante que Burgess sequer possuía essa obra como uma de suas favoritas, e a escreveu de maneira apressada, após receber um diagnóstico de doença terminal de seu médico. A sua intenção era deixar o maior número de livros possível publicados, para que sua esposa tivesse uma fonte de renda após a sua morte. Assumiu inclusive que não pensou exatamente em cada detalhe com o intuito de trazer todos esses temas e reflexões, portanto, é um sucesso que se deu muito mais pelos leitores do que propriamente por uma intenção do autor de direcionar todas as suas energias para criar um grande livro, que de fato é. Acontece que no fim, o diagnóstico estava errado, e Burgess ainda teve a oportunidade de viver aproximadamente 40 anos, tendo assim a chance de assistir ao sucesso de Laranja Mecânica ao longo do tempo.

site: medium.com/@jao.ricardo
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