Ana 12/09/2021
Liberadade: palavra tão pequena com um significado grande
Enfim chegamos ao final dessa saga. Fiz resenhas sobre os 3 anteriores a este, e sempre falei sobre pontos que a autora trabalha muito bem: detalhadamente, representatividade e um pelo plot. No último da saga, vemos nossa querida estrela da noite e nossa amada draconiana na sua reta final. Elas estão numa jornada para descobrir como matar Belpheggör e, principalmente, sobre a ascensão da única estrela existente.
Neste livro, nós descobrimos muita coisa: sobre a família de Yananamahka, sobre o desfiladeiro dos dragões, e, principalmente - que a liberdade é algo que deve ser conquistado, não importa quem você seja.
Dos pontos bons desse livro - e eles são em abundância - a representatividade foi forte. Muitos personagem diversificados (eu amei a representação de LGBTQIA+, de povos de cores diferente, mas amei a Yi-na por ter manchas por toda a pele. Não sei, talvez seja algo da minha cabeça, mas imagino ela como se tivesse vitiligo, e isso é algo que as pessoas ainda consideram estranho). Outra coisa que percebemos é que existe algo chamado ARREPENDIMENTO, e que pessoas que arrependem não consertam seu erros, mas melhoram e ajudam para que erros como aquele não aconteçam mais. Hanzor e Ahuriel são os maiores exemplos disso, e eu posso ter nutrido um ódio enorme por ambos, mas o que eles fizeram neste livro fez o meu ódio se esvair e dar espaço para ambos no meu coração.
Outra coisa que é mostrada é que Vandoharen sofreu MUITO, e não podemos minimizar o sofrimento dele por apenas ter visto o de Yananamahka e Lunaysis. Ele, mais do que vários ali, merecia ter um final feliz (e só lendo para saber se ele vai ter).
A força das mulheres é mostrada em peso na saga, e mostra a realidade de uma forma cru e fantástica. Acontecimentos do livro, como a opressão sobre mulheres por serem mais fracas e a morte de povos por serem diferentes são coisas que acontecem na via real. Golpes de estado, o governo escondendo sua real faceta e idolatria à um assassino também.
Este livro me surpreendeu. Pessoas que eu achei que não iriam morrer acabaram morrendo, e as que eu achei que iriam morrer acabaram vivendo. Passei o livro todo com o pensamento "se ela matar tal personagem, eu nunca vou perdoar". Acredite, não matou, mas me fez chorar mesmo assim. O final foi surpreendente, eu esperava algo magnífico da autora, mas não neste nível. Uma saga perfeita, considero minha favorita desde o primeiro livro e espero um dia ter ela fisicamente na minha estante.
Foi um grande prazer ler essa saga, tão grande que não consigo me expressar em palavras. Me sinto feliz por ter dado uma chance quando o unlimited me recomendou.