A Espera

A Espera Keum Suk Gendry-Kim




Resenhas - A Espera


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Vania.Cristina 10/04/2024

Compromisso criativo com a História e a expressão da emoção
Segunda HQ da autora que leio, a primeira foi a premiadíssima Grama. Confesso que A Espera me tocou mais e vou explicar o motivo.

A história tem duas fortes camadas. Há outras, mas essas duas saltam aos olhos. A principal é a da separação de uma família - pai, mãe e duas crianças pequenas - durante o início da Guerra da Coréia. Extremamente cruel, mais um episódio injusto da história da humanidade, onde as pessoas perderam o chão, entes queridos e partes delas mesmas.

A outra camada se passa nos dias de hoje e trata de uma filha adulta, cuidando, à distância, de uma mãe idosa. Aí o livro me surpreendeu e me pegou fundo, porque vivo essa mesma situação agora, com meu pai. Me identifiquei de várias formas e reconheci situações.

O desenho da autora é simples mas bastante dramático e expressivo, no preto e branco. Ela usa tanto traços grossos e borrados, quanto finos, e até mesmo imagens vazias, sem detalhes e sem preenchimento. Dessa forma, expressa sensações de um jeito forte e direto.

O livro é para ser lido com calma, prestando atenção nos detalhes, como toda boa HQ.

A narrativa vai nos falar, então, de história, das guerras, do imperialismo japonês na Coréia, e da truculência russa e estadunidense. Vai nos contar como foi essa migração forçada, como foi a jornada em busca da sobrevivência. Um país dividido ao meio por interesses de outros, famílias que tiveram que abandonar tudo repentinamente. Fronteiras fechadas e nenhuma comunicação com os entes queridos durante décadas.

Além disso, a história fala também de relações familiares, casamentos arranjados, violência contra a mulher, maternidade, desamparo na velhice... e, de forma bastante sincera, da nossa responsabilidade com nossos pais.

Abertamente a autora se inspirou em si mesma, na própria família e na relação com sua mãe. No entanto, é uma costura também de outros depoimentos reais, e de uma imaginação criativa, mas comprometida, na mesma medida, com o registro histórico e com a expressão da emoção humana.
Carolfreitasnf 10/04/2024minha estante
Amei a resenha! Essa HQ e Grama estão na minha lista de leituras, agora depois de ler sua resenha fiquei com mais vontade ainda de ler A Espera


Vania.Cristina 10/04/2024minha estante
Que bom Carol! Obrigada. ?




Bastos 10/09/2021

A Espera
Um manhwa comovente que mostra as consequências da guerra na vida dos civis, famílias desfeitas a anos e que ainda sonham em se reencontrar.

A edição está muito boa seguindo o mesmo padrão capa dura e papel branco. Gostei bastante da leitura, mesmo sendo curtinho é bem emocionante.
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Rafael 25/02/2022

Apesar de ser uma ficção, esse livro é o retrato da realidade de sofrimento de muitas pessoas devastadas pela guerra. A coincidência de terminá-lo e logo em seguida ver os ataques russos realizados causaram ainda mais dor por saber que essa estória iria novamente se repetir com milhares e milhares de famílias. Um livro que trata com respeito as pessoas que sofreram, sofrem e ainda irão sofrer com as consequências da guerra, principalmente com a separação de famílias e a esperança de que um dia haverá um reencontro. O sistema de loteria para reencontros é algo tão surreal, é doloroso, é triste. Assim como Grama, essa HQ deixa uma marca em seu leitor.
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Roh 13/07/2023

Emocionante
Depois de ler Grama, sabia que precisava ir atrás das outras obras dessa autora. Novamente, uma experiência super sensível e bem feita. Percebe-se o cuidado que ela tem em contar essas histórias, dando potência a essas mulheres. Só tirei meia estrelinha por ter ficado um pouco confusa, já que não sabia ser uma história baseada em diversos relatos e vivências. De qualquer forma, foi outra ótima experiência. Guardarei com carinho na estante para reler no futuro e estudar mais sobre.
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Lary 25/09/2022

Mais uma obra excelente da Keum Suk Gendry-Kim, ela sabe como nos emocionar e refletir sobre momentos difíceis da história, a miséria e crueldade humana.

Imagina precisar fugir de um país em guerra às pressas e em desespero, pior ainda, no meio de tudo isso, durante o trajeto, se perder da família? Passar anos após anos procurando por eles e viver uma vida inteira sem saber se estão vivos ou mortos.

A autora explora tudo isso, de uma forma extremamente delicada e tocante. Retrata o sofrimento de milhares de famílias que sofreram com as perdas e separações durante às guerras, abuso de poder, sistemas decadentes que controlam e exploram vidas do início ao fim.

Leiam!
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Pi 07/07/2022

eu amo HQ de guerra
Nesse livro, acaba q você conhece duas histórias, o que eh muito legal. Uma que tem um final quase feliz e outra que não. Os desenhos são incríveis
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Vini 14/12/2022

A Espera
Essa é uma daquelas histórias que machucam o coração. Assim como em Grama, a autora se sobressai de forma incrível nos relatos de uma realidade sofrida. Os impactos na vida dos civis em meio aos horrores de uma guerra, as dificuldades em meio às relações entre as Coréias e a esperança do reencontro de entes queridos, décadas após a separação.
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Cassianohammer 04/08/2021

tristeza e sensibilidade em forma de arte
Da mesma autora de Grama, e o nível de qualidade continua alto.
O traço, a história, os enquadramentos, tudo perfeito.
mas o que prevalece aqui é triste realidade contada em uma HQ, o sofrimento de diversas famílias separadas, tudo de forma tão real.
Impossível ler e não ver um pouco dos nossos avós na personagem principal....
E o final?.... Ah esse final....
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Nanda Lima 04/11/2021

Dor e resignação
Tão triste que não tenho a coragem de reler. Direto, sincero, sem pieguice, o gibi fala de atrocidades e de dores tão profundas quanto resignadas. Eu não esperava algo tão bom quanto Grama, mas talvez ainda prefira A espera. Maravilhoso.
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Kelly.duarte 31/12/2021

Triste mas necessário.
Li Grama, no início do ano da autora e me apaixonei, escrita simples e visceral, mais uma vez ela conseguiu partir meu coração.
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Flavio - @geekcorp303 11/09/2021

Maravilhoso
Keum Suk Gendry-Kim sabe muito bem como trabalhar um drama familiar, com um texto super tocante, que apesar de ser uma ficção, tem um pé na realidade, pois a mãe da autora foi a principal inspiração para a HQ.
Na história vamos acompanhar a Jina que é filha Gwija, uma senhora que durante a Guerra da Coreia acabou se separando do seu marido e do filho mais velho, e desde então nunca mais conseguiu se reencontrar com eles.
No sul ela conhece outro homem começa uma nova família com ele, mas nunca se esqueceu do seu amado filho e marido. Muitos anos depois Jina promete que ajudará a mãe a se recontar com seu filho, mas como já passou quase 70 anos, a espera desse reencontro fica cada vez mais difícil de acreditar que irá acontecer.
Keum Suk acerta mais uma vez, ela traz uma história com uma super carga dramática e pesada, mas que é muito fluida, e com personagens muito carismáticos. Como eu disse a mãe da autora passou por essa situação, ela se separou da irmã durante a guerra, e sempre sonhou com o dia que poderia se reencontrar. A arte é incrível, na minha opinião até eleva o nível do peso da história, além de ser muito bonita.
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InfinitaTBR- Jana 17/03/2023

Sai da minha bolha.
Graphic novels não são meu forte. Porém, eu fui fisgada pela capa de ?A espera? e posso dizer que foi uma experiência muito legal.

A história mistura elementos da vida familiar da autora a fatos históricos ocorridos na Coréia do Sul. Guerras, para ser mais exata.

Eu fiquei fascinada pelas imagens e principalmente pela pesquisa histórica desenvolvida pela autora Keum Suk Gendry-Kim. É de cair o queixo. E o mais interessante foi a linguagem extremamente simples da autora. Por não ter muita experiência com este tipo de leitura, por vezes achei o texto meio infantil. Porém, a medida que as páginas avançavam, fiquei pensando como era maravilhoso que jovens leitores tivessem acesso à uma leitura tão rica. Rica fatos históricos, reflexões, sentimentos e emoções comunicadas através de imagens lindas.

A graphic novel é sobre uma romancista e principalmente sobre sua mãe, uma idosinha que se casou aos 17 anos para não ter de servir como ?mulher de conforto? às tropas japonesas durante a Guerra Sino-Japonesa. Mas ainda tem muito mais. Muito.

Comovente e com desenhos impecáveis.
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Gabriel 01/08/2022

TOCANTE
Mais uma obra que nos lembra que a verdadeira guerra se dá nas dimensões micro, basta olharmos uma família só e já é tocante.
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