Dom Casmurro

Dom Casmurro Machado de Assis




Resenhas - Dom Casmurro


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Elizabeth210 08/03/2024

Machado de Assis, ou devo dizer, Sherlock Holmes?
Dom Casmurro é uma obra rápida, mas com muitos detalhes. Capítulos curtos e sutis, recheados com os pensamentos e opiniões de Bentinho, sua vasta gama de intertextualidades - Dante, Otelo, Plutarco - e suas dores e alegrias durante as fases da vida.
Capitu, Escobar, José Dias, Prima Justina, Tio Cosme, Sancha, Dona Glória, Sr Pádua, todos os personagens da trama são postos à julgamento do narrador, e somente dele.
E é justamente nisso que reside a problemática dessa história. Como o leitor pode ter uma visão clara e objetiva dos fatos, se só lhe é apresentada uma única lente diante da ocorrência deles? Bentinho pensa isso, Bentinho pensa aquilo.
Não nos é mostrada nenhuma outra versão da história, e acredito que Machado faz isso de propósito.
Finalmente entendi o porquê desse romance gerar tantos debates entre os leitores, e o motivo pelo qual ele continua fazendo tanto sucesso mesmo após tanto tempo.
Apesar de ter alugado um triplex na minha cabeça, dei 4 estrelas porque achei algumas partes extensas e repetitivas, e que no final, não contribuíram em muito com o desfecho da história.
Livro que honra o gênero literário, de fato, um clássico!
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marcadeods 29/04/2023

Machado como sempre o maior de todos
"Não são os gestos que eu escrevo; sou eu, é a minha essência"

Minha vigésima sexta leitura do que é, com convicta certeza, o livro que mais me impactou, marcou e traçou presença na minha história é também do meu autor favorito. E acredite, apesar da exagerada quantidade de vezes ao qual eu já me deitei sobre esse livro e o admirei, sempre há algo novo para se aprender e descobrir; e nesta leitura quero falar sobre a beleza da descrição Machadiana.

Durante toda a narrativa há uma romantização e exagero em falar coisas simples que vai além do que já era feito no romantismo da época e gera a ruptura em apresentar isso em uma narrativa realista (ao qual foge muito deste sofrimento, hipérbole e amor em ênfase da escola literária previamente citada).

Enquanto a história vai descrever um cenário comum de um homem que teve durante todas as suas vidas os privilégios de uma família bem abastada foi sufocada por um amor que o tornou refém de um realidade diferente do esperado (em todos os sentidos) para sua condição socioeconômica.

Enquanto Bentinho tenta se vitimizar perante um relacionamento ao qual ele se frustou pelas próprias expectativas e inseguranças criadas, vemos comparações de si com grandes homens que foram "injustiçados tentando o melhor" durante sua trajetória (mostrando não apenas a soberba do eulirico mas também o modo como ele se vem como a vítima da situação).

E Capitu, sua grande vilã, a pessoa que lhe gerou problemáticas e tirou de uma vida mansa e predestinada desde a infância, é indigna de receber comparações, apenas longas descrições de características que, no geral, são neutras ou positivas, mas recebem ênfases de tamanha forma que põe o leitor a questionar: será mesmo que se ama alguém que parece admirar tão pouco?

E é com um realismo tão poético que encontramos uma história, descrição e personagens tão densos que não parece ser posto em apenas em apenas 216 páginas.

"Aqui estão meus gestos, aqui está a minha essência" é uma frase que o Machado poderia usar para definir não tão somente o Bentinho, mas também a si mesmo dentro da narrativa.
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Nelson 11/09/2022

Resenha
Um verdadeiro clássico, havia lido muitos anos atrás e lendo novamente agora parece que entendi coisas diferentes da primeira leitura.
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Reginho 25/08/2022

UM GÊNIO!
É o que tenho a dizer sobre Machado. Muito se debate sobre a "traição" de Capitu, porém Dom Casmurro é muito mais do que isso. Durante a leitura, você se sente como se os capítulos tivessem sido escritos diretamente à você. Machado consegue nos envolver com uma leitura linda, uma linguagem perfeitamente aplicada, impecável! Lindo livro!
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@patrickalves.adv 11/08/2022

Muito me interessa a leitura de livros que retratam histórias ocorridas em séculos passados. É interessante notar a evolução (ou para alguns, o seu oposto) e a mudança nas relações sociais. Machado consegue retratar a psicologia de Bentinho, que sofre uma verdadeira crise de ciúmes pelos acontecimentos no desenrolar do livro.

O final é típico de Machado de Assis, deixando margem para reflexão mais de 100 anos depois de escrito. Incrível.
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Raul 15/07/2022

Foram mais de 15 anos para enfim poder dizer que finalizei Dom Casmurro!!!

Esse livro é daqueles que a gente acha que já sabe de tudo o que vai acontecer de tanto que se fala nas escolas, e por causa da minha época de vestibular. E agora digo que tem muita coisa que eu não fazia ideia. A parte mais pro final, da morte do Escobar em diante eu não sabia.

Eu não sei porque, mas na minha cabeça, Bentinho ficava sozinho, abandonado por todos...mas não, todo mundo morre.

E a grande questão do livro, acredito eu, que é bem clara... Bentinho em momento algum foi um narrador confiável, entao...
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Ana Paula 07/07/2022minha estante
Traiu sim


Ana Paula 07/07/2022minha estante
???




Cristiane.Cardoso 17/06/2022

?Meu fim evidente era atar as duas pontas da vida?. Essa afirmação é feita pelo narrador Bento Santiago, logo no início da história. Ao decidir escrever um livro narrando sua história, Dom Casmurro (nome dado ao personagem Bentinho por um poeta que ele encontrava na estação - atribuindo a Casmurro o sentido de "homem calado e metido consigo") que nessa época já era um homem velho e solitário, tentando atar as duas pontas de sua vida, a infância e a velhice. Flashbacks sobre sua convivência com Capitu, desde a infância, vão nos levando a compreender todo o desenrolar dessa história.
Capitu, que sempre teve uma personalidade forte e marcante. Mulher, gostava de ser vista. Segundo o agregado da família de Bentinho - José Dias, ela possuía ?olhos de cigana oblíqua e dissimulada?.
Bentinho um homem excessivamente ciumento, inseguro e muito apaixonado por Capitu.
Como conhecemos a história somente pelos fatos narrados pelo personagem Bentinho, a partir do seu olhar, nos deixamos levar por sua versão e acreditar que Capitu realmente o traiu. Mas também conhecemos esse seu lado ciumento, um ciúme duentio que o fazia enxergar coisas que podiam não ser reais, como ela ficar na janela olhando os rapazes passarem, não poder ir numa festa e mostrar os braços... Fatos que também nos leva a crer que tudo pode ter sido apenas um ciúme doentio que gerou uma situação que não existiu de fato e pode ter destruído sua vida. Um casamento tão sonhado, um filho tão desejado que acabou numa separação e poderia até ter acabado em uma tragédia se ele tivesse conseguido por seus pensamentos em prática. Destruiu a sua família. Viveu longe da esposa, do "filho" e até da família e de amigos para que não precisasse dar satisfação sobre Capitu e Ezequiel.
Reflexões que os livro nos provoca sobre relacionamentos amorosos e de amizade, sobre ciúmes, confiança, sobre viver em sociedade e sobre nos deixar levar pelos nossos devaneios, muitas vezes não enxergando a realidade ...

Bentinho nos conduz para a irremediável condenação de Capitu, ele enquanto narrador, escolhe o que dizer ou não à nós, leitores. E no final da sua história nos leva a duvidar do caráter dela, quer que acreditemos que esses comportamentos já faziam parte dela desde a juventude. Esse é risco que corremos por conhecermos apenas um lado da história, a versão de Dom Casmurro.

E você, já leu essa obra? Qual a sua opinião?
Qual sua obra preferida de Machado de Assis?
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Raphaella.Saintclair 15/06/2022

Me surpreendeu,a escrita achava que seria difícil,mas é tão tranquilo,o Machado tem um escrita tão fluída e bela,e te prende ,amei ?
E na minha opinião Traiu Sim?
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Sabrina 02/06/2022

Um dilema deixado para nós por Machado de Assis.
Esse livro não é só uma experiência literária, foi também uma experiência reflexiva sobre como uma história pode ter versões diferentes se contada (sentida) por pessoas diferentes.
O protagonista, acredita fielmente em sua versão, dessa forma, ele usa de artifícios para colocar em pauta sua insegurança e ciúme relacionados a Capitu, provocando polêmicas em torno do caráter dela. Assim, desenvolve desde o início do livro, a pergunta que só iria fazer em sua última página, e na qual ronda os pensamentos de Dom Casmurro.
As desconfianças que movem Bentinho são interiores, provenientes de sua imaginação, a memória tem uma ligação umbilical com o esquecimento e a fantasia. Os fatos passados estão à disposição de quem os rememora, e estão sempre suscetíveis a falhas, é nessa falha que podemos destacar o vínculo entre a memória e a imaginação.
O protagonista é um homem perturbado, tomado por sentimentos de ciúmes. Fica a pergunta: um homem tomado por tal sentimento possui uma narrativa confiável? É difícil avaliar quando alguém, no caso o narrador, encontra-se numa situação como essa.
O narrador nunca afirma a traição, apenas insinua, uma vez que Bento Santiago (o Bentinho), uma pessoa amargurada, é quem recolhe e decide o que deve ou não deve ser relatado ao leitor.
“Dom Casmurro” é um romance psicológico de análise íntima de decisões e indecisões.
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