É sempre a hora da nossa morte amém

É sempre a hora da nossa morte amém Mariana Salomão Carrara




Resenhas - É sempre a hora da nossa morte amém


253 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


skuser02844 31/12/2023

É sempre a hora da nossa morte amém
E mais uma vez Mariana Salomão entrega literatura contemporânea brasileira da mais alta qualidade. Eu sempre fico embasbacada com tanta destreza, sério. Esse livro, em particular, me pegou em lugares que eu nem sabia que existiam. ?Aqui a morte é temida, repetida, imaginada, exagerada, esmiuçada e listrada de tantas formas que é quase possível rir dela ou - eu acredito que Mariana tenha conseguido esse feito - vencê-la.?
comentários(0)comente



Danielle 31/08/2022

Eu vi que muitos acharam o livro cansativo e minhas considerações são que:
1. não leia tudo de uma vez.
2. cada capítulo é uma pedra, um tijolo para o final.
3. voce consegue sim entender tudo prestando atenção aos capítulos.

Que escrita maravilhosa, consegue arrancar lágrimas e risos. Eu refli tanto com essa história, fiz muitas marcações. Aurora me deu uma raiva e uma vontade de cuidar. Rosa também teve uma linha na história muito boa e bem desenvolvida que com poucas palavras você sabia de tudo. Eu recomendo bastante esse livro mas entendo que não é para todos principalmente se você for "fraco" (ou tiver gatilho) com morte e luto. As "referências" que a autora trás é tão boa, se ver que é uma pessoa com boa bagagem e preparada para escrever.
comentários(0)comente



Elane.Medeiross 18/06/2022

Adorei o livro, uma escrita maravilhosa, com reflexões, personagem interessante e lerei outros livros da autora.
comentários(0)comente



Wadlia 24/06/2023

Caótico sim! E quem disse que isso é ruim?!
Escrever o caos é para poucos e neste livros vemos os raros momentos em que isso acontece. As muitas versões que surgem da mente de uma senhora desmembrada sobre sua vida e pessoas-chave para descrever um pouco da sua existência e de como ela chegou até ali são, para mim, sedutoras.
comentários(0)comente



youcancallmejunior 30/03/2022

Lindo demais!
Que prazer poder acompanhar a história de Aurora, nossa protagonista! A brevidade da vida (ou iminência da morte), o medo e a solidão, são alguns dos elementos abordados de forma leve e encantadora nessa obra, que também conta com uma escrita simplesmente linda, poética. O livro flui numa velocidade rápida, tais como os nossos pensamentos, as caminhadas pelas nossas memórias.
comentários(0)comente



Ingrid752 17/04/2023

Essa é uma história que me chocou, e me envolveu ao mesmo tempo. E conhecer a Mariana através do encontro do clube, foi um interessante complemento para a minha experiência.
Entender que de fato ela pensa essas coisas, e que isso é algo da cabeça dela foi realmente chocante. Gostei da história e da experiencia.
comentários(0)comente



Thaís 24/08/2022

Caramba. De todos os finais que eu poderia ter imaginado para este livro, nenhum chegou nem perto do final real.
A escrita da autora é muito diferente. Não é uma leitura cadenciada, daquelas para ser degustada com calma, apreciar cada frase. É uma escrita rápida, intensa. A impressão ao ler cada capítulo, é q eu estava ouvindo os pensamentos de uma pessoa com bipolaridade em fase de mania. Pensamento acelerado, a mil por hora. Por vezes eu terminei os capítulos me sentindo cansada, parecia q a única forma certa de ler este livro, é na velocidade máxima, para viver a experiência da forma correta.
Cada capítulo é uma nova oportunidade da Aurora recriar a vida da forma como ela gostaria q fosse. E foi legal acompanhar as diferentes histórias e perceber as repetições: ok, o fusca aparece diversas vezes, deve ser real. Os cachorros tbm. O Antônio com certeza a abandonou. E ler o livro foi como tentar montar um quebra cabeças. A cada história diferente, mais pecinhas surgiam no tabuleiro. Algumas pareciam encaixar. Outras claramente não faziam parte daquele cenário. E foi legal tentar reconstituir o passado da Aurora.
Mas o final, eu jamais imaginaria esse final.
Quando ela disse q se lembrava claramente do acidente com o carro e o boi, naquele momento eu pensei: ok, foi uma morte trágica de ambas q a deixou marcada, ela ficou tão traumatizada q ficou meio fora da casinha pra sempre
E aí quando veio o final real eu fiquei muito chocada
Parece q o inconsciente dela criou fantasias sobre a morte das duas, pq imaginar o afastamento voluntario de duas pessoas tão amadas é mais dolorido do q imaginar ambas mortas.
Gostei bastante. Recomendo a leitura.
Rafa 26/08/2022minha estante
Resenha perfeita, amei ler com vc!


Lia 13/02/2023minha estante
Poxa que resenha perfeita, tem até o final do livro. Pena que não vou mais ficar tão chocada quanto você que estragou a experiência das pessoas por não ter colocado aviso de spoiler.




Andreia Santana 17/03/2024

A verdade contida em um ato falho
Aurora está em uma casa de repouso depois de ser encontrada vagando, desmemoriada, no acostamento de uma estrada, segurando a coleira vazia de um cachorro e chamando por ‘Camila’. No abrigo de idosos, a antiga professora de língua portuguesa de setenta e tantos anos reconta as muitas versões de sua vida para a assistente social Rosa, que está empenhada em ajudá-la a recuperar suas memórias e retomar a vida fora do asilo.

Narrado em primeira pessoa, É sempre a hora da nossa morte amém, de Mariana Salomão Carrara, por quem me apaixonei desde que li Se deus me chamar não vou, mistura humor, tragédia e pitadas generosas de neurose e auto depreciação, para nos mostrar o quanto somos versões inacabadas e eternamente em manutenção. E o quão indulgentes também podemos ser com as nossas imperfeições, embora mortificados de culpa até o túmulo.

O título do livro deriva de um ato falho da protagonista, cometido na infância, quando ela, ao rezar a oração do Pai Nosso, repetia ‘é sempre a hora da nossa morte’, em vez de ‘agora e na hora de nossa morte’.

Aurora desaprendeu a fé ainda em tenra idade. Idosa, sua descrença é temperada com a visão ácida e irônica sobre as muitas antíteses humanas.

A professora aposentada não consegue lembrar se tem ou não tem uma filha chamada Camila, que é homônima de sua melhor amiga da vida inteira, desde os tempos do ensino fundamental. A memória dela, fragmentada, se remodela dia após dia, a cada nova história que conta para Rosa. Não sabe nem se seu nome é esse mesmo, pois renova-se inteira a cada amanhecer, como o dia que nasce sempre outro.

Junto com Aurora, nós leitores ficamos perdidos em um rosário de recordações que podem bem ser apenas imaginação. E é aí nesse novelo emaranhado que está a graça e a delicadeza dessa história. Nunca é dito se Aurora, por exemplo, sofre de uma doença demencial. O neurologista do asilo define o caso dela como uma ‘amnésia poética’.

No decorrer da narrativa, conhecemos diversas versões não só de Aurora, mas da Camila filha, inclusive com suas várias possibilidades de mortes trágicas por conta dos temores maternos; e da Camila amiga, desde o primeiro encontro na escola até a vida em comum das duas, quando supostamente compartilharam a mesma casa após enviuvarem.

A incerteza de qual dessas possibilidades da vida de Aurora é a verdadeira torna a leitura um enigma a ser decifrado e, comparando com a existência de cada pessoa no mundo, não seriam todas as nossas interações uns com os outros e com o ambiente uma possibilidade dentro de milhares de outras? Cada escolha feita não tem, ao mesmo tempo, o poder de nos revelar quem de fato somos e de nos afastar de outros vir a ser nunca completados?

A ideia aqui não é julgar qual versão nossa é a melhor, mas brincar com a ideia de que cada vez que fazemos uma escolha, ou escolhem por nós, nascemos para uma coisa e, por tabela, morremos para uma outra.

Alguns fatos da vida de Aurora parecem constantes, como Rosa percebe ao começar a registrar as histórias da professora em um caderninho. A mãe que a negligenciava e por isso ela se sente compelida a ser uma mãe super protetora; o marido Antônio que não queria ser pai e abandona a mulher e a filha, só reencontrando-as a cada possível morte de Camila; o ofício de Antônio, técnico do Instituto Médico Legal nos tempos da ditadura, quando assassinatos eram escamoteados em suicídios e mortes naturais inverossímeis; e a amiga Camila e sua mãe rigorosa e carola tentando atos de rebeldia que só confirmavam sua natureza dócil para a obediência.

Não tem graça dizer qual é a verdadeira história de Aurora, se ela tem ou não uma filha, se a amiga existe, se os cachorros Perdoai e Ofendido são reais ou só mais um engodo da memória. É preciso ler para descobrir se a vida dela é mais interessante ainda do que as mirabolantes ‘aventuras’ registradas por Rosa ou se ela é só mais uma pessoa cheia de potencialidades, um vir a ser que nunca tornou-se em existência.

De certa forma, Mariana Salomão Carrara com esse romance nos leva a refletir sobre a finitude da vida, o quanto não cabemos dentro de um tempo tão limitado. A morte requer um exorcismo e as histórias, nossa capacidade de narrar, é essa quebra de maldição. Se a morte é o que há de pior que pode nos acontecer – há controvérsias, mas para o senso comum é só para a morte que não há remédio e por isso tantos a temem -, então, ao imaginar obsessivamente todas as formas de sua possível filha morrer, de sua adorada amiga e do marido Antônio saírem de sua vida, Aurora ameniza o medo do fim, que no caso dela, e no nosso também, atende pelo nome de solidão…

Ficha Técnica:
É sempre a hora da nossa morte amém
Autora: Mariana Salomão Carrara
Editora: Nós, 2021
240 páginas
R$ 69,00 (livro físico, Amazon) ou para ler gratuitamente no @biblion.app

***************

*Livro lido para o desafio #50livrosate50anos, uma brincadeira que criei para comemorar meu aniversário. Em abril de 2024 eu faço 50 anos. A ideia é ler 50 livros até lá e, se possível, resenhar ou fazer algum breve comentário aqui no Skoob e no Instagram, sobre cada um deles. É sempre a hora de nossa morte amém é o livro 24 do desafio. No total, até agora, 31 já foram lidos, tem outros 19 na fila de leitura e sete aguardando postagem.

site: https://mardehistorias.wordpress.com/
comentários(0)comente



Thalia58 29/03/2022

Poesia em prosa
Não tinha grandes expectativas por ser um livro contemporâneo, mas a leitura me surpreendeu de maneira positiva. A primeira conversa entre Rosa e Aurora já desperta a curiosidade e levanta várias questões como Quem são elas? Por que Aurora não se lembra das coisas? Onde ela está? E então a autora nos faz embarcar na história de Aurora, uma senhora na casa dos setenta anos que sofre de amnésia e tenta ao longo do livro relembrar quem ela é com a ajuda de Rosa. Não entrarei em mais detalhes sobre a história porque esse é justamente o encanto do livro.
A linguagem do livro é fluida e poética. Mesmo tratando de temas densos, a leitura fica leve pelas pitadas de humor que permeiam a história. A autora trata de temas existencialistas como a efemeridade e finitude da vida, a velhice, solidão, e medo da morte e faz várias críticas ao país, principalmente em relação à situação dos idosos e dos asilos que na maioria das vezes não tem verbas e são esquecidos pela sociedade.
" [...] benefício é um nome estranho para uma coisa que pessoas recebem em um país como contrapartida por tê-las tornado tão miseráveis, benefício."
Gostei de como a autora entregou as informações sobre os personagens aos poucos, como peças de um quebra cabeça, dessa forma, a leitura prende a atenção até o final. E ela intercala o que está acontecendo no presente com o que poderia ter acontecido ou não no passado da personagem. Achei genial o título do livro e o porquê dela ter usado essa frase, é algo que eu não tinha pensado antes (só não vou dar mais explicações porque não quero estragar a surpresa).
comentários(0)comente



Gabi.Maia 05/11/2023

Cansativo, não vale a leitura
Depois de ter lido o outro livro da autora e ter amado, insisti nesse livro até o fim. Passei por mais de 20 capítulos por uma Aurora, encontrada na rua desmemoriada e acolhida em um abrigo, contando e recontando histórias da vida dela que ela não sabia se eram reais.

Inicialmente achei engraçado e espontâneo e c passagens que faziam pensar mas depois ficou cansativo demais. E no fim, nada demais.
comentários(0)comente



EuNathMancinelli 18/02/2024

Uma experiência
Ao ler a vida de Aurora, narrada pela própria desmemoriada protagonista, não pude deixar de sentir como a vida pode ser bela e triste, muito triste, ao mesmo tempo. Senti a angústia e ansiedade, até mesmo a culpa que Aurora carrega ao tentar se lembrar de quem foi enquanto se recorda de fragmentos de sua história, hora real e hora fictícia/ embaralhada entre verdade e "invenções".
Cada vez mais curiosa para saber o que aconteceu com Aurora, fui me afeiçoando pela maneira como a autora escreve por fluxo de pensamento, do jeito mesmo que se passam os pensamentos dentro da nossa cabeça - sem ponto, nem vírgula.
A escrita de Mariana deu ainda mais realidade e delicadeza a personagem criada.
comentários(0)comente



Barbara.Raulino 18/10/2021

"A memória é uma ilha de edição"
“É sempre a hora da nossa morte amém” é o lançamento da escritora paulista Mari Carrara, de quem eu já tinha lido “Se deus me chamar não vou” – uma lindeza de livro. A Mari, além de ser maravilhosa na escolha dos títulos, sabe contar histórias de um jeito que fisga a gente. Ela tem uma escrita bonita, poética e cheia de profundidade
Nesse romance, acompanhamos as memórias da narradora Aurora, que foi encontrada vagando pelas ruas e está em um abrigo para idosos. Enquanto a assistente social Rosa se angustia para saber sobre a veracidade das memórias da Rosa, eu fiquei me deliciando com as lembranças de Rosa, tão cheias de afetos – tristezas, mágoas, alegrias de uma vida inteira.
Além de apontar para uma discussão sobre finitude e como cada uma de nós a encara, o livro também aborda todos esses afetos familiares, sentimentos confusos e ambivalentes, tão próprios de toda e qualquer subjetividade. As boas lembranças se mesclam às más e essa ficção que é a nossa memória vai sendo construída e editada a cada nova memória. Como disse o poeta Waly Salomão, “A memória é uma ilha de edição” e aqui, podemos acompanhar isso de forma belíssima.


site: https://www.instagram.com/compartilhandoletras
comentários(0)comente



Brina 24/05/2023

Eu adoro a escrita da Mariana Salomão, é poetica e simples, que invade o nosso cotidiano. No princípio é confuso, mas depois q vc entende que são relatos de uma idosa bastante confusa a leitura sai mais fluída. Acompanhar esses pensamentos são um caos, pois vc nunca sabe se é verdade ou um delírio. Mas o melhor pra mim foram os nomes dos cachorros "perdoai" e "ofendido", amei kkkkkk
comentários(0)comente



leiturasdabiaprado 19/10/2022

É sempre a hora da nossa morte?
A morte sempre nos ronda? A nós e a quem nós amamos? Pensar na morte é uma obsessão?
Aurora é uma senhora de 70 e poucos anos que vai parar num abrigo para idosos, chega sem passado, desmemoriada, sem saber nada da sua história, mas sempre com histórias para contar sobre o seu passado. Como assim?! A cada encontro com a assistente Rosa ela conta uma versão do seu passado, sempre marcado pela morte, a morte precoce de sua filha... em cada encontro uma morte diferente, em idades diferentes, como se a única certeza que existisse dentro dela é essa perda da filha!
Paralelamente também existem histórias sem a filha, aonde a lembrança está unicamente numa melhor amiga...
Em outras as duas Camilas aparecem, a filha e a amiga!
Além delas temos a constância de um casamento acabado, dois vira-latas e uma relação conturbada com a mãe!
Mas, acima de tudo o que eu mais li em cada passagem é o medo da solidão, a necessidade de amar e ser amada, de ter alguém ali perto... e o medo de tudo ser acabado com a inesperada morte!
comentários(0)comente



Taísa 02/07/2022

O livro é muito bem escrito e traz ótimas reflexões acerca da vida e, especialmente, da morte. O fato também de ser centrado na figura de uma idosa e as questões senis é interessante. O problema pra mim é que esse lance do livro todo ser um emaranhado de histórias que a Aurora ia lembrando ficou muito cansativo , o que me fez achar o livro longo. Se ela tivesse focado um pouco mais no contexto do asilo e da relação com a Rosa e os outros idosos seria muito mais interessante. Tambem o final me foi decepcionante
comentários(0)comente



253 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR