Fabiana.Amorim 15/01/2022
Muito bem pensado
Leitura forte para um janeiro de 2022 impactante. A escritora anglo-nigeriana arrebatou meu coração mais uma vez. Nesta obra, os africanos escravizam os caucasianos. Os navios são branqueiros, cristãos convertidos ao vodu, nomes ingleses trocados para africanos, mulheres brancas querendo o padrão de beleza negro: cabelos trançados corpos mais curvilíneos, roupas coloridas.
Bernardine cria a sociedade fictícia ambossana, onde ricos negros traficam escravos brancos, julgam-nos culturalmente inferiores, riem de suas roupas europeias, desdenham do seu clima. A escravidão foi uma das grandes atrocidades da história da humanidade. E se no lugar dos africanos fossem os caucasianos os escravizados? Fica aí a reflexão e o desejo de reparação.