Tuca 23/08/2021 “Ainda que o mundo acabe amanhã, eu me permito vivenciar um amor idealizado”Eram para ser só duas semanas confinados em um quarto de um hotel cinco estrelas em Cingapura ... virou uma história de amor.
Alana havia começado um novo emprego como assistente executiva do CEO da empresa em que trabalhava, agora, porém na cidade de Nova York. Mas ao conhecer Jack Rogers fora difícil imaginá-lo apenas como seu chefe. O cara era simpático, educado e um monumento. Poderia ter sido uma relação platônica comum. Ou até mesmo um amor que se desenvolveria no dia a dia do trabalho. Mas quando os dois precisam fingir um noivado e ficar no mesmo quarto em uma viagem de negócios devido à pandemia do novo coronavírus, os sentimentos não aguentaram mais ficar guardados. O problema é que fora daquele quarto de hotel, o mundo estava os esperando, e a maré não estava necessariamente a seu favor.
Um livro que mescla o momento histórico em que vivemos e culturas diferentes com amor e erotismo em uma trama rápida e no melhor estilo de um romance envolvendo um ambiente coorporativo. Assim como em Aída, primeiro livro de Mariana que eu li, fica claro como tudo foi muito bem pesquisado desde os costumes, assim como as informações sobre Covid-19 e o contexto social em que Alana e Jack estão, fazendo da história crível, e isso é algo que eu amo. Eu amo o poder da verossimilhança em um enredo bem construído. E não é porque é uma história romântica que o pano de fundo deve ser deixado de lado. Assim, os detalhes complementam a narrativa.
Madura, consciente do que quer e decidida, Alana pode até ser romântica, porém não deixa de ser prática para encarar a realidade, além de qualquer obstáculo que apareça em seu caminho. Ela não se encolhe diante das adversidades, mas procura novas formas de encontrar seu final feliz. É uma versão de uma mulher moderna com seus desejos de carreira e de amor, com suas frustrações e medos na área afetiva ao mesmo tempo em que é super segura da sua beleza, de sua capacidade e é cheia de coragem. Jack se encaixa muito bem com ela. Não é possível conhecer Alana e Jack da mesma forma. Como é ela a narradora do livro, adentramos muito mais no universo dela, mas vendo Jack a partir de seus olhos, do que ela experimenta e sente com ele eu vi um romance que tem sua porção proporcional de sentimento, razão e calor.
Eu pude ler em primeira mão a criação desses personagens e desse universo reflexo do nosso e foi um privilégio participar do ciclo de formação dessa história. E espero que assim como Jack suplicou: “Deus permita que essa pandemia passe logo”.
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