Banzeiro Òkòtó

Banzeiro Òkòtó Eliane Brum




Resenhas - Banzeiro Òkòtó


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Claudio 27/08/2022

Livro forte, mas não gosto do tom.
Um livro que mistura experiências pessoais da autora com suas opiniões. Mesmo que tudo aí escrito faça sentido em relação à vida na Amazônia e à proteção da floresta, o tom é muitas vezes panfletário e se perde um pouco na visão pessoal da autora.
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Edu 20/06/2022

Amazônia em perspectiva
Eliane Brum faz uma obra sensível, urgente, pulsante e informativa sobre a destruição da Amazônia e a chacina de quem tenta a defender.

O percurso de exploração que remonta à época da ditadura e desagua no governo bolsonaro nunca foi interrompido, nem mesmo durante os governos de esquerda.

Por vezes reportagem, outros momentos auto biográficos, em algumas páginas um manifesto de defesa da Amazônia. Assim, Eliane vai construindo essa obra pessoal, pública e política.
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Christiane 06/06/2022

Que livro magistral e dolorido, dói ver o que se passa na Amazônia brasileira e Brum não se furta a denunciar, e penso que com isto ela mesma corre risco de vida. Foi neste livro que pude compreender melhor o que aconteceu com a construção da Usina de Belo Monte e os efeitos sobre a população ribeirinha, é terrível, é uma tragédia. Pessoas que viviam suas vidas, plantavam, pescavam, tinham uma casa perderam tudo e se transformaram e pobres, miseráveis, vivendo num lugar sem uma única árvore, ou seja, perderam completamente suas identidades, seu chão. Há depoimentos dilacerantes no livro. Crianças e adolescentes que se suicidam por ter perdido o sentido de ter um futuro, entre viver e ser morto ou se matar, optam por se matar. Doenças mentais, depressão, suicídios.
Mas há muita luta e resistência também, muitas mortes matadas, a cidade de Altamira considerada a mais violenta do país, e a diferença gritante entre os donos do poder e suas mulheres e os moradores.
Brum relata um pouco de sua vida, desde a infância no Rio Grande do Sul, e de como acabou passando pelo banzeiro, se aflorestou. É muito bonito de ver o processo. Há um capítulo sobre as tartarugas que é belíssimo, mas gera apreensão, medo de que elas não consigam fazer seu trajeto, a gente fica torcendo junto.
É um Brasil distante das grandes capitais, distante dos centros econômicos, é um Brasil profundo brasileiro invadido pelo agronegócio, por madeireiros, mineradores e hidrelétricas. A economia capitalista que destrói tudo que há de belo, tudo que é simples, que é natureza.
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ihamanda 04/06/2022

esse não é um livro
é uma aula. sobre Amazônia, sobre povos indígenas, sobre racismo, sobre mudanças climáticas, sobre pessoas, natureza, floresta. é, principalmente, sobre política e historia. é uma revolução, um grito, um chamado para ação. é muito mais do que eu sou capaz de colocar em palavras. deveria ser leitura obrigatória nas escolas... aprendi tanto com cada página escrita. não sou a mesma pessoa que era quando comecei a leitura. esse livro me transformou!
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anna v. 04/04/2022

Necessário
Um livro muitas vezes indigesto, mas muito necessário. Eliane Brum, com o talento e a competência de sempre, faz um relato enfático, in loco (ela vive em Altamira, PA, há alguns anos), da emergência amazônica. Dando voz aos povos da floresta (ou povos-floresta, como ela poeticamente coloca, enfatizando a relação de unidade) e aos ribeirinhos (os povos-entre), ela mostra por que é necessária uma ação contundente e imediata.
Dividido em capítulos curtos sobre temas distintos, inclusive muitas histórias pessoais de Eliane, o livro retrata a barbárie resultante da obra de Belo Monte (ou Belo Monstro), inclusive no que diz respeito à saúde mental da população afetada. Achei especialmente comovente o relato sobre a força tarefa de profissionais de saúde mental que se deslocou até lá para ouvir os habitantes realocados (transformados em "pobres", como a autora repete muitas vezes) e ajudá-los a processar tudo o que houve com eles. Sem falar na epidemia de suicídios entre adolescentes em Altamira, que se converteu em uma das cidades mais violentas do mundo, na esteira da construção do Monstro.
Leitura super recomendada.
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Livros e Pão 23/03/2022

Perdida no banzeiro
Diferente dos outros livros da Eliane, esse mistura narrativa pessoal com jornalística, literária e, acima de tudo, política. A autora joga verdades muito duras - mas necessárias - na nossa cara e faz com que compreendamos que a emergência climática e a luta pelo Brasil e por um mundo melhor não é apenas necessária: é urgente.
Sobre a fluidez da leitura: alguns temas por vezes ficam repetitivos e senti que outros poderiam ter sido melhor abordados.
Na minha vídeo-resenha para o Youtube, elaborei mais comentários sobre o livro. Segue o link a seguir!

site: https://youtu.be/2qNHT6JSzUg
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Clarice 08/02/2022

Eu fui transmutada por esse livro. Quando terminei de ler as suas mais de 400 páginas eu já não era mais eu. Lia em silêncio, mas gritava por dentro. De dor, de revolta, de raiva. Chorei. De tristeza e de emoção. A descrição de Eliane sobre o que ela vê na Amazônia me atravessava. Uma página me dilacerava e a outra me iluminava. Há pessoas que perderam tudo, mas também há tartarugas nascendo. Há muitas e muitas queimadas, mas também há borboletas amarelas. Há vida e morte. E ambas são narradas por ela na mesma intensidade. Banzeiro Okoto é um livro que te faz sentir tudo ao mesmo tempo e não sai mais de você. É perturbador. E não deveria ser diferente.
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Giesteira 10/01/2022

Amazônia Centro do Mundo
Esse é o livro mais importante que eu já li. O mundo já começou a acabar, não sei se tá todo mundo sabendo. Fim mesmo, para humanes, mais-que-humanes e extra-humanes.

Termino a leitura sem esperança mas ciente de que não preciso dela para agir. Me sinto tonta de ter demorado tanto para perceber que a Amazônia é o centro do mundo.

Como minha resenha já está sem nexo, vou deixar poucos apontamentos para não esquecer nunca:
(1) demarcação das terras indígenas
(2) ampliação das áreas de conservação com fiscalização dotada de gente e dinheiro em número suficiente
(3) reforma agrária

Acho que a gente precisa começar daí e ontem.
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Luciana 07/12/2021

Não é um livro fácil, por diversos momentos tive que parar e respirar profundamente... Trata-se de um assunto urgente e até mesmo aterrorizante, a crise climática está aí e com ela uma série de consequências que afetam todos os seres do planeta.
É um livro bastante pessoal também no qual a autora nos conta sobre sua jornada de amazonizar-se.
A escrita da Eliane é sempre direta e acessível, além de bastante informativa e por vezes poética.
Não só indico como considero uma leitura necessária.
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