Ren Alc. 14/11/2021
"And Lazarus, my sweet Lazarus."
Se existe um clube para pessoas que dizem “Não crie muitas expectativas pois gera decepções” pelo menos uma vez durante a semana, eu definitivamente estou nesse clube. Ironicamente, acabei criando altas expectativas para esse livro, já que abordava um personagem que já havia sido citado anteriormente nos outros — e que sempre me criou um leque de perguntas, curiosidades e claro, expectativa; afinal o que esperar do Death?
O início da leitura me incomodou bastante, foi quase como se a autora tivesse “perdido a mão” pra coisa, mas obviamente, continuei insistindo no livro por duas (ótimas) razões: Death e o carinho que guardo pela série. E ainda bem que continuei a leitura!
“So, to answer your question, I don’t remember myself when I look at the sky. I remember myself when I look at you.”
Death, como esperado, é um personagem melancólico e que não enxerga nenhum prazer naquilo que faz, mas mesmo assim é fiel ao seu propósito, muito mais do que seus próprios irmãos. E no livro, se explica exatamente a razão dele ser o mais “barra pesada” para ser dissuadido de seu caminho — o do Apocalipse.
Lazarus, a protagonista do livro, é a “rival” perfeita do Death uma vez que ele não pode fazer nada com ela mesmo se quisesse. Com um passado trágico e um presente mais trágico ainda, Lazarus entrega uma luta interessante com o anjo da morte — não por ela ser mais forte do que ele (porque não é), ou por ter uma mente estratégica (algo impossível contra um ser que estava na Criação), e sim porque desde o primeiro instante que eles se veem, Death sabe exatamente quem ela é: Sua companheira.
“You are my everything, kismet.”
Sem mais delongas, o livro realmente poderia ter fluído de maneira melhor (ainda tenho essa ideia de que a autora perdeu um pouco a mão e isso vem desde o livro anterior), houve muitas contradições e situações onde Lazarus acabava fazendo perguntas para respostas óbvias — e estou falando especificamente para ela, não o leitor. Os cameos dos outros personagens foram todos necessários e surpreendentemente divertidos (lindos também!).
Minha nota é 4.5/5 porque apesar dos meus pontos negativos, guardo um carinho muito grande por esses cavaleiros (a própria passadora de pano, Death e Pestilence meus próprios filhos incompreendidos!!) e o final me levou a lágrimas de tão bonito. A série definitivamente fechou com chave de ouro — ou melhor ainda, com chave celestial.
“There is no end for us, no me without you, and no you without me.”