Contra o feminismo branco

Contra o feminismo branco Rafia Zakaria




Resenhas - Contra o feminismo branco


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anna v. 11/11/2021

Irregular - bom ao apontar os problemas, fraco ao mostrar soluções
Gostei de ter lido, mas achei que o livro teve 2 momentos. A primeira parte é interessante, quando a autora mostra os diversos lados do problema do "feminismo branco" - que não é um feminismo feito por pessoas brancas, e sim um feminismo que prioriza as demandas das mulheres brancas apenas.
Usando bastante os conceitos de privilégio branco e supremacia branca (que achei muito mais bem explicados por Robin Di Angelo em "Não basta não ser racista"), Rafia faz uma exploração interessante dos diferentes momentos em que o feminismo branco, mainstream, ignorou, silenciou ou deturpou as reivindicações das mulheres não-brancas. (Há uma oportuna nota da tradutora no início do livro, explicando a opção pelo uso, em português, de termos como "marrom" ou "de cor". Gostei, achei que demonstrou cuidado editorial e respeito ao leitor.)
O "erro" mais comum é partir do princípio que todas as mulheres, independentemente de cor, cultura, classe social ou econômica, têm as mesmas urgências: paridade salarial, maior participação em [*****]pulas empresariais e políticas, emancipação sexual, independência financeira, entre outras coisas. Durante muito tempo, as feministas brancas não se preocuparam em ouvir as pautas de outras mulheres, e colocaram essas como "as" demandas do feminismo universal.
Há também um capítulo sobre como, em certo momento, o feminismo se ocupou especialmente do ambiente do trabalho, da emancipação econômica e de como isso se voltou para o consumo como sinônimo de sucesso. Achei pertinente e interessante.
Também gostei da parte sobre a pressão de equalizar "vida sexual frenética = emancipação e sucesso feminino".
E achei especial quando ela aponta que características como "resiliência" também podem ser tão feministas quanto "revolução".
No entanto, mais para o final do livro foi me dando um desânimo ao ver que a autora não conseguia apontar caminhos ou soluções mais concretos, que não ficassem na esfera meio platônica da compaixão e do simples "dar espaço". Senti falta de um "coisas que você pode fazer", o que tem de sobre nos livros da Djamila Ribeiro e da Robin Di Angelo. Ela sugere que o caminho é a transformação política, mas ainda assim achei tímido e não tão bem elaborado como poderia ter sido.
Enfim, achei que faltou o necessário chamado à ação, e fiquei com uma sensação de frustração no final, quando me pareceu que ninguém nunca consegue fazer "a coisa certa", tudo que se tenta é errado, ou é tokenismo, ou não é legítimo.
SraD 13/09/2023minha estante
A ideia não é imaginar soluções. É sobre quebrar paradigmas e mostrar a dimensão do termo Feminismo. O que significa quando você se diz Feminista? Que tipo de ideia e que tipo de feminismo você defende?
Ao longo dos capítulos a autora fala sutilmente sobre soluções, como exemplo:
" (...)não significa a eliminação de mulheres brancas do feminismo; e sim a eliminação da ?branquitude?, no sentido em que branquitude tem sido sinônimo de dominação e exploração." Ela também fala sobre a necessidade de ouvir as mulheres de cor e não usá-las como tokens/enfeites dentro de instituições feministas como a NOW ou a FMF que prioritariamente defendem ideias de mulheres brancas de alta classe.




Ana Usui 04/08/2022

Todos os motivos pelos quais você deveria ler Zakaria (sendo feminista ou não)
Você quer uma crítica ao feminismo? Não busque "antifeministas", busque as próprias feministas. Elas são boas nisso.

Muitos reclamam sobre o movimento feminista defender muitas pautas, possuir muitas vertentes e estar sempre se contradizendo, questionam sua relevância na atualidade e alegam que essas diferenças enfraquecem o movimento e que por isso preferem não se envolver com algo tão bagunçado.
No meu ponto de vista penso que essas diferenças são positivas. O movimento feminista começou defendendo pautas bem específicas, como o sufrágio por exemplo, mas desde o início as integrantes sabiam que ser "mulher" na sociedade era complexo e logo na segunda onda já começaram a abordar os significados de ser mulher.

O feminismo deixou há muito tempo de ser apenas um movimento para se tornar um campo de estudo filosófico e sociológico. O fato do feminismo estar constantemente mudando e trazendo novas críticas significa que ele é capaz de evoluir, que é capaz de enxergar suas falhas e abordá-las de frente.
Existe incômodo em questionar, porém é a função dos campos de estudo. Agora temos debates variados sobre nossa experiência como gênero, como individuo econômico, como sujeito social e até como vivenciamos nossa sexualidade.
O movimento como um todo possuía muitas falhas, mas está constantemente se indagando e clamando por mais justiça e mais sensibilidade em nossas relações sociais.

Em Contra o Feminismo Branco, Zakaria traz críticas duras e importantíssimas sobre o movimento feminista "branco", sua cooptação pelo capitalismo e suas consequências.
No livro ela faz uma distinção entre possuir a pele branca e defender apenas as causas brancas, trazendo o termo "feminismo branco" para explicar o movimento apolítico que se preocupa em defender pautas que favorecem uma minoria. Sua crítica é especialmente válida para aqueles cujas origens são de países anteriormente colonizados; ela aponta para o fato das feministas "brancas" terem se tornado confortáveis com suas novas posições na hierarquia de poder, ignorando os problemas sociais que mulheres de outras etnias sofrem e muitas vezes sendo coniventes e 🤬 #$%!& mplices das explorações do sistema machista e capitalista.

No capítulo 3, O complexo industrial do salvador branco e a feminista ingrata de pele marrom, Zakaria expõe como o feminismo foi absorvido pelo capitalismo, oferecendo politicas favoráveis, entretanto que não são transformadoras. Ou seja, é mais fácil criar departamentos de diversidade do que melhorar os salários, oferecer acesso à saúde e tentar compreender as dificuldades reais das mulheres. Politicas favoráveis se preocupam mais com o marketing de suas ações do que realmente solucionar problemas, se envolver nas pautas sociais e econômicas, ou fazer uma verdadeira diferença significativa.
Zakaria denuncia diversas falhas em grandes organizações, como a ONU por exemplo, que se propôs a "ajudar" mulheres indianas, afegãs, ou qualquer outra estrangeira, sem levarem em conta a cultura dessas mulheres, estudar suas verdadeiras preocupações ao invés de suporem por suas perspectivas de pessoas civilizadas do ocidente que sabem o que o mundo precisa para se tornar melhor (ignorando completamente suas próprias falhas e problemáticas).

"Uma pesquisa recente com funcionários em Genebra confirma esse tipo de relato: um a cada três funcionários ouvidos disse ter sofrido ou visto uma pessoa sofrer discriminação racial. Dos participantes da pesquisa, 59% disseram que a ONU não era uma instituição boa em lidar com discriminação racial".

"... doadores preferem custear workshops educacionais em vez de distribuir os recursos materiais".

A autora relata sobre tentativas da ONU de ajudar mulheres indianas enquanto demonizava suas culturas, ONG's que preferem oferecer cursos educacionais de empreendedorismo sem levar em conta as dificuldades econômicas do local e grandes organizações feministas americanas que permanecem ainda hoje racistas.
Ou seja, o famoso "vou ajudar, mas não quero saber de problema". A autora aponta que essas falhas ocorrem justamente porque a liderança se recusa a integrar pessoas que vivenciam suas próprias dificuldades, que ainda centralizam o poder nas mãos da classe dominante sem considerar outras perspectivas.

"O feminismo de gotejamento, no qual uma solução é criada no topo (o que significa, em geral, membros da classe alta ou média, normalmente brancos), não é feminismo interseccional; é feminismo ditatorial".

É como um parente que diz que quer te ajudar, mas invés de te perguntar o que você precisa, apenas te dá o que lhe é conveniente, coincidentemente são sempre coisas que seu parente já queria se desfazer...
Com certeza haverá quem diga que isso é ingratidão, que os necessitados devem aceitar o que lhe derem, mas é uma baita crueldade e mesquinharia falar isso em uma posição de conforto, ignorando como essas pessoas necessitadas em questão foram a base para construção da nossa sociedade atual, seja através de escravidão ou de exploração dos recursos naturais de suas regiões/países.

Outro questionamento sobre a subversão dos valores feministas que a autora faz é sobre a liberação sexual como forma de empoderamento feminino. Como o próprio termo "empoderamento" fora ressignificado para atender as demandas do mercado e as consequências da luta pela liberação sexual, que também se tornou capitalizada, para a sexualidade compulsória. Zakaria relata suas experiências como mulher marrom e as cobranças constantes sobre sua expressão de sexualidade.

Essa pauta é bem ampla inclusive, considerando que há grandes distinções de abordagem no que se refere a sexualidade de mulheres asiáticas. Durante a exploração colonial da Índia as mulheres eram vistas como libertinas, degeneradas que precisavam da orientação estrangeira para corrigir lhes a moral e os costumes. Agora mulheres indianas são vistas como recatadas em excesso, submissas ao patriarcado opressor. Além disso mulheres japonesas e/ou coreanas são comumente vistas como assexuadas pela cultura norte-americana.

Zakaria critica a visão parcial e muitas vezes xenofóbica que impedem as pessoas de entenderem culturas estrangeiras e pra piorar, a constante intromissão da Europa e dos Estados Unidos nas questões internacionais, como se fossem a única cultura correta e digna e isso lhes conferissem direito de intervenção nos lugares "menos civilizados".

Contra o Feminismo Branco é um livro essencial para entender alguns dos piores pontos do feminismo atual, além de apresentar o ponto de vista das "mulheres marrons", como diz Zakaria, no contexto do movimento atual. Por fim a autora termina o livro com um apelo por um movimento mais político, focado em ações transformadoras, com pautas que busquem mudança estrutural, e com um convite a críticas, alegando que é somente através do debate que podemos buscar mudanças e evolução.
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juliabmelo 25/01/2022

a liberdade branca de oprimir
brilhante ensaio acerca da frivolidade do feminismo branco liberal, ao passo que se torna instrumento de dominação neocolonialista através da imposição de costumes brancos ocidentais mascarados de libertação. toda a luta ao longo dos anos culmina para que hoje mulheres e homens possam contribuir ao mito do branco salvador, para que o sexo se tornasse uma mercadoria que servisse aos interesses da classe dominante [ainda os homens brancos]. o feminismo só faz sentido se pensado na intersecção cultural, assim como as suas ações emancipatórias. pois a emancipação parte do emponderamento, que não será alcançado através da opressão de costumes e da soberania branca. para além das ideias de Simone de Beauvoir, que escrevia ?o segundo sexo? enquanto uma empregada negra lhe servia chá, há uma espiral crescente de ideários libertários. leiam mais autoras fora do eixo ocidental.
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akviatkovski 28/01/2022

livro muito importante
eu não tinha noção de como a branquitude está presente no feminismo, bom, já era de se esperar, ele ganhou forças em um momento em que o mundo era bastante racista e xenofóbico. Hoje não é muito diferente e me sinto extremamente triste por isso.
esse livro nos mostra que nós mulheres feministas brancas precisamos deixar a branquitude de lado e ajudar a construir um feminismo que não seja racista, homofóbico, excludente por causa de características biológicas ou coisas afins.

akviatkovski 28/01/2022minha estante
e eu não entendei como um livro tão f@da desse que foi lançado a muito tempo por uma grande editora tem tão poucas resenhas
????????????????????????




Danilo.Milev 25/12/2022

Achei um livro bem interessante, sendo que algumas partes achei até meio 'forte', com uma linguagem bem clara e direta, que nos faz refletir se inúmeras concepções ocidentais (direitos humanos, feminismo, etc.) conseguirão dialogar e incluir esses diversos pensamentos não ocidentais dentro da discussão, sem querer infantilizá-los.
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Paloma 01/03/2022

Livro interessantíssimo que em um primeiro momento pode parecer partir de uma premissa sensacionalista que compõe o próprio título da obra ?contra o feminismo branco?. Apesar do aparente tom ácido e segregador que essa mensagem induz, o que encontramos é uma forte argumentação por parte da autora em nos mostrar como a branquitude está historicamente enraizada nos discursos do feminismo e como isso tem provocado a invisibilidade, por parte do movimento, da vivência de mulheres de outras etnias, raça e formas de vida.

A autora apresenta uma série de situações históricas e cotidianas que acabam por alimentar essa invisibilização da pauta de mulheres não brancas. Traz eventos políticos relevantes e coloca em xeque o ponto de vista propagando pelos movimentos. Provoca na leitora uma constante reflexão para a constatação de que, realmente, tendemos a enxergar as pautas feministas sob o viés da branquitude, sim.

A autora argumenta também sobre a cooptação das pautas feministas por parte da política capitalista e neoliberal, como houve, e há, uma constante despolitização da categoria ?empoderamento? que, para se adequar aos interesses de mercado, acabou se transformando em uma palavra de ordem individualista e simplista. Rafia mostra com maestria como a política neoliberal se aproveita da deturpação dos argumentos feministas para tentar encontrar apoio em ações de guerra (esse capítulo realmente foi um dos mais impressionantes para mim).

Faz uma crítica importante sobre a necessidade de rompermos essa vinculação da branquitude às pautas feministas, pois só assim o movimento vai ser capaz de representar a emancipação das mulheres sem que algumas delas sejam deixadas pelo meio do caminho. Em síntese, a autora é categórica em afirmar que se o feminismo não for antirracista e anticapitalista, ele não é propositivo de mudança estrutural alguma e continuará passível de ser utilizado para a justificação das mais atrozes ações contra mulheres não ocidentais, não brancas.

Esse livro é sensacional!
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Kerol Ayfer 24/05/2022

Uma das melhores leituras do ano
"Contra o Feminismo Branco" é um livro essencial a todas as mulheres - e pessoas de qualquer gênero - que busquem compreender os processos de construção da feminilidade e identidade marrom dentro de um mundo colonial.
Na minha opinião, um dos diferenciais foi como Zakaria trouxe estudiosas racializadas para a discussão, sustentando a ideia de que pessoas não-brancas podem (e devem!) ser vistas como referência em seus próprios assuntos. Outro ponto muito positivo são os trechos em que a autora narra suas próprias experiências com o feminismo branco. Como uma pessoa marrom, eu me vi muito em diversos momentos do livro e pude aprender com muitos outros.
O livro é relativamente curto, mas por tratar de temas muito sérios como violência de gênero e doméstica, sexualidade, colonialismo, racismo e propaganda anti-marrom, a experiência de leitura é bem densa e eu recomendo que ele seja lido aos poucos.
Mesmo assim, foi muito bom ver uma abordagem histórica e socialmente sensível como a que a autora apresenta, algo raro em muitos livros feministas hoje em dia.
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Aline M. 16/12/2021

Livro necessário
O título assusta mas não há propagação de ódio contra mulheres brancas. O livro apenas questiona o papel das mulheres brancas nas vidas de mulheres de outras etnias.
Livro necessário aborda temas políticos, econômicos, sociais, políticas públicas, cultura... Vai muito além do feminismo. Tudo isso dito de forma didática, leve e fluída. Acessível.
Recomendo essa joia com amor e já o compartilhei com dois amigos...
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Gabi 24/12/2021

uma aula!
que livro! contra o feminismo branco traz muitas informações e levanta pautas que nos fazem refletir questões antes nunca pensadas, além de contestar feministas influentes hoje em dia.

é um livro que traz vozes que foram caladas, subestimadas e inviabilizadas.
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Maria 16/02/2022

Um livro pra chocar e abrir os olhos! De maneira simples de entender, a autora faz um percurso histórico do feminismo e como esse movimento seguiu excluindo mulheres, como ela chama, de cor. É pesado, denso e necessário. Vai mostrando pra gente o quanto a mulher branca ainda é detentora do privilégio branco, e como a mulher preta sofre o racismo e o machismo - o que é muito mais que a soma dessas duas opressões.

Nesse ínterim ela mostra como o liberalismo se apropriou do aspecto político do feminismo e transformou em sentimentos individuais, acríticos e sem embasamento político/coletivo (um exemplo grande é o termo ?empoderamento?, que hoje é tratado de forma leviana e não coletiva).

Pode parecer exagero, mas caso você olhe para a realidade, o acolhimento da mulher branca no feminismo é de puro privilégio! Vendo o big brother, a situação fica muito clara (comparando o abravanel, a eslovenia e a Natalia, por exemplo e suas questões)?

Não é intenção da autora separar, mas abrir os olhos. Porque não basta não sermos feministas racistas, precisamos estruturar um feminismo que seja para todas e que seja transformador. Entender que a mulher branca faz parte de um sistema opressivo, pois vive o privilégio branco, é o primeiro pequeno passo..

Enfim, leitura essencial. Obrigatória pra passar do feminismo liberal, branco e do senso comum.. sejamos políticas pra transformar!
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Lucikelly.Oliveira 10/11/2022

Leitura necessária para mulheres brancas feministas.
"As mulheres brancas queriam paridade com os homens brancos a qualquer custo, incluindo assumir a dominação de pessoas negras e marrons. Como as feministas brancas progrediram em suas sociedades e começaram a ocupar cada vez mais posições importantes, elas estão construindo um feminismo que usa as vidas de pessoas negras e marrons como ringue nos quais elas podem provar sua competência perante os homens brancos."
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Mary Stella 07/11/2022

Ideias agregadoras
Excelente leitura que promove uma análise pragmática sobre o movimento feminista desde seu início até o momento e a necessidade de se reavaliar seus caminhos futuros. No livro aponta-se que as pautas diversas de grupos de mulheres específicos devem ser levadas às altas esferas de debate público, políticas governamentais e realinhamento social. Não é suficiente dar/receber ajudas limitadas para/das mulheres, é fundamental a realocação delas seja de qual origem for nas mesas de decisões, na asseguração de investimentos sólidos no desenvolvimento social de acordo com o que é importante para suas vivências, e na percepção de dignidade devidamente estabelecida. Recomendo o livro.
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Felibalex 27/06/2022

Uma leitura provocante
A autora não economiza palavras para adentrar um campo minado que são os estudos feministas. De maneira genial ela consegue provocar quem a lê com argumentos que instigam você a se auto questionar, enquanto questiona a sociedade em que estamos. Ela consegue ampliar horizontes e intensificar uma discussão que a muito precisa ser ampliada. A leitura dói porque toca em pontos sensíveis que muitos de nós nunca pensamos que tínhamos e é por isso que ela é engrandecedora. Recomendo.
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Carol 14/07/2022

Necessário
Um livro muito atual, com um tema muito polêmico que foi abordado de forma muito sensata pela autora Rafia Zakaria. É de se destacar que nada foi escrito ao acaso, ao "achismo". A autora faz uma trajetória histórica pelo movimento feminista nos levando a percepção de um racismo estrutural intrínseco e excludente. Achei a abordagem super pertinente, e essa discussão é extremamente necessária e atual. Ela explícita com clareza que não é uma crítica às mulheres feministas que são brancas, mas a branquitude que vem permeando o movimento desde seu início, silenciando as vozes de mulheres pelo mundo e ajudando na perpetuação do patriarcado.
Assim como Rafia, eu ainda acredito na construção desse feminismo coletivo, intersectorial, político e verdadeiramente libertador.
Leiam!
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