A Lista de Shindler

A Lista de Shindler Mietek Pemper




Resenhas - A Lista de Shindler


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Tata Ruiva 05/12/2022

Muito bom essa história real que marcou a humanidade para sempre. Gostei da riqueza em detalhes que esse livro tem apesar das cenas serem bem tristes ?
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Mr. Torres 25/04/2020

Com certeza vale a pena!!!
Sem dúvidas, uma das leituras mais significativas que já fiz. Fui em diversos momentos do riso ao choro copioso. A forma tão vívida que é narrado nos causa um misto de sensações e emoções.
O passado não pode, não deve, nunca ser esquecido para que não se repita coisas semelhantes.
Muitas reflexões e dilemas que confrontam nossas percepções e visão de mundo.
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Math 08/11/2019

Para não Esquecermos.
A narrativa é embasada em acontecimentos e a própria vivência de Mietek Pemper. Nos diversos trechos do livro você percebe a dor e angústia do escritor ao detalhar práticas e medidas tomadas pelo governo nazista. É um ótimo livro para se refletir o quão honesto e imoral o ser humano pode ser. Com uma escrita atual, o livro consegue transmitir tudo o que deseja passar, e em essencial, a pensamento de que reflexos deste período não podem progredir.
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Nat 30/05/2019

"Se Schindler não tivesse comprado a empresa processadora de metal, a "lista de Schindler" não teria sido possível."

Muito se fala da famosa lista de Schindler, que salvou mais de mil judeus de morrerem em campos de concentração nazista. Do que poucas pessoas falam ou sabem é do judeu “infiltrado” no escritório do temido Amon Göth que ajudou não só a redigir as listas (sim, foram mais de uma, e os judeus cujos nomes presentes nelas não foram escolhidos da forma como o filme de Steven Spielberg mostra) mas participou muito ativamente de todos os momentos de suas redações.
Mietek Pemper tinha 23 anos quando foi feito prisioneiro no campo de trabalho forçado e depois campo de concentração de Krakau-Plaszow. Ao serem descobertas suas habilidades como estenógrafo, ele passou a trabalhar diretamente com Amon Göth, vivendo o terror de saber que não sairia daquela situação com vida por saber demais. Além de ajudar Schindler a elaborar as listas que salvaram mais de 1200 judeus da morte certa, ele acaba descobrindo sobre as operações dos nazistas e sobre o andamento da guerra.
Ao aprender a reconhecer os humores de Göth, ele conseguia ajudar as pessoas no campo e até mesmo a salvar algumas; seu trabalho bem executado o levava a receber certos “agrados” (como a permissão de não precisar usar os uniformes que o destacariam como um dos homens do serviço de ordem, os judeus que se prejudicavam mutuamente na esperança de sairem vivos); ao ler os relatórios, ele descobria quais campos continuariam funcionando e quais seriam transferidos, e foi assim que descobriu que somente os campos de trabalho cuja produção fosse “decisivo para a vitória”. E assim foi dado o pontapé inicial para a redação das listas que salvaram muitos judeus e imortalizaram Schindler como salvador desse povo.

"Hoje, é impossível mensurar os riscos que Schindler correu durante anos para nos ajudar. Assim, ele e eu, cada um no âmbito de suas possibilidades muito diferentes, conseguimos algo praticamente impossível: o campo de trabalhos forçados de Cracóvia-Płaszów, no qual por volta de oitenta por cento das empresas eram produções de costura e têxteis, não foi dissolvido prematuramente no final de 1943, mas preservado. No fim do outono de 1944, Schindler deu um golpe de mestre: conseguiu transferir todo seu pesado parque de máquinas e mil de seus trabalhadores judeus para Brünnlitz. Lá, nos deparamos com mais judeus de outros campos e prisões, que foram igualmente acolhidos por Schindler. A cada admissão, a lista dos detentos tinha de ser complementada com folhas adicionais. Essa lista, então, recebia a respectiva data e seguia para o campo de concentração matriz, de Gross Rosen, porque, de acordo com ela, se calculavam as tarifas diárias que Schindler tinha de pagar por cada trabalhador declarado para a Central de Administração Econômica da SS. Schindler protegeu e salvou não apenas os judeus de Płaszów, mas também aqueles que apareceram em Brünnlitz no inverno de 1944-1945 e que, sem ele, teriam morrido. Assim, a cifra final foi de mil e duzentos detentos. Toda a ação salvadora ficou conhecida como a “lista de Schindler”, apesar de não se poder falar de uma única lista, mas de várias que se referiam reciprocamente."

Muitas vezes neste livro Mietek Pemper fala de Oskar Schindler como um grande homem, dos riscos que ele correu em suas tentativas de salvar quantos judeus pudesse. Enquanto eu lia este livro, eu pensava “Mas e você mesmo, Mietek? Como você não pode ver a sua própria coragem e o seu próprio valor, enquanto fica tão perto do inimigo?” Porque é exatamente isso que acontece. Essa foi uma das perguntas que ele ouviu muito durante o tempo em que falava com as pessoas sobre a guerra:

“Como o senhor conseguiu suportar a pressão psicológica de trabalhar durante tanto tempo em contato tão próximo com Göth?”

E a resposta clara:

"Nenhum outro detento deveria ser obrigado a correr o mesmo perigo diário que eu tinha de suportar. [...] Tudo o que podia fazer era atrasar o máximo possível a execução de minha sentença de morte, no interesse de meus familiares."

Mietek é escolhido para trabalhar diretamente com Göth por suas habilidades de escrivão (que ele deve ter considerado uma maldição, até perceber que podia usar em proveito próprio dessa condição), e isso também o leva a conhecer Oskar Schindler. Através de conversas sussurradas e escondidas, eles conseguem elaborar uma lista para salvar os judeus que pudessem, sem que Göth desconfiasse disso. A sua situação dúbia fica evidente quando Mietek descreve que o nazista matava a bel prazer, portanto, mesmo tendo conhecimento de muitas coisas que nenhum judeu deveria saber sobre a guerra, ele também corria um perigo indescritível. O mais interessante é ver no seu relato um homem desinteressado, cujo único objetivo era continuar vivo e manter vivo quantas pessoas fosse capaz.
Uma coisa que eu sempre pensei que seria imediata: todo mundo saberia do papel de Schindler na salvação dos judeus, mas não foi assim que aconteceu. Somente algum tempo depois, e apesar da divulgação das pessoas salvas, que se teve uma dimensão do papel dele na guerra. Foi encontrada uma maleta com fotos e documentos de Schindler, incluindo algumas versões das listas na Alemanha. Quando de sua descoberta, Emilie Schindler tentou adquirir a posse do material legalmente, mas a Yad Vashem (organização encarregada por lei de conservar e estudar todos os documentos relacionados à história do Holocausto) já tinha sua posse.
A melhor parte do livro é quando ele descreve os julgamentos dos nazistas, em que por mais que os prisioneiros tentassem se safar de alguma acusação, Mietek sempre estava pronto pra comprovar o que eles negavam, causando até mesmo surpresa neles, pois como um judeu poderia saber de segredos que só o comando deveria conhecer? Esse livro é uma preciosidade, vale cada minuto de leitura.

site: http://ofantasticomundodaleitura.blogspot.com/2019/05/198-livros-polonia-lista-de-schindler.html
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Ana | @anacarolinafl 11/08/2018

Terror na Cracóvia
Em 1º de setembro de 1939, Hitler e suas tropas invadiram e ocuparam a Polônia, introduzindo seis anos de sofrimento, morte, tortura e trabalho forçado à população judaica.
No dia 6 de setembro do mesmo ano as tropas alemãs invadiram a Cracóvia, transformando-a em Capital do Governo Geral para os territórios poloneses ocupados. Também era aonde o autor de A Lista de Schindler morava na época.
O autor Mietek Pemper, judeu, relata cronologicamente como foram esses anos de ocupação, ocupação essa que ocorreu gradativamente, até o momento da criação da chamada Lista de Schindler. Os judeus não foram imediatamente mandados para campos de trabalhos forçados, que mais tarde se transformaram em campos de concentração. Inicialmente, conta Pemper, limitaram a sua livre circulação, sendo ele obrigado a usar uma faixa no braço com a estrela de Davi para que o identificassem como judeu, e principalmente, para que o levassem para fazer algum trabalho forçado, como retirar a neve grossa causada pelo inverno, por exemplo.? 
  Após esse "curto" período, durante o dia 6 de março até o dia 20 de março de 1941, ocorreu a construção do gueto de Cacróvia; o que não era específico de lá, pois também construíram em Varsóvia.
Esse fato culminou para que aproximadamente 18 mil judeus morassem em um área de 600 por 400 metros. Esse lugar precário de espaço e acomodações nem um pouco descentes somente serviu para "juntar" as futuras vítimas dos alemães. Retirando-os de sua residência, os alemães roubaram os bens de valores de milhares de judeus para fabricar armamentos e sustentar todas as construções dos campos de trabalhos forçados. Com isso, ocorreram séries de extermínios nos guetos, e aos que sobreviveram, restou serem mandados para campos ou serem mortos por fuzilamento ou câmara de gás.?   
  Toda essa introdução dos fatos situa o leitor e dá uma verdadeira aula de história, contando muitos detalhes que nunca se ouviram falar. Já no campo de trabalhos forçados, Pemper foi obrigado a trabalhar para Amon Goth como seu estenógrafo pessoal. Dessa forma, ele pode se juntar a Oskar Schindler e fazer o impossível para salvar sua mãe, seu pai e seu irmão mais novo dentro do campo. Em um ambiente totalmente imprevisível, palavra que significa bem o comandante do Campo de Cracóvia, Plaszów, o escritor judeu conseguia ler documentos secretos e efetuar tarefas que nenhum detento deveria realizar, pois Mietek Pemper passou a saber de muita coisa que acontecia dentro do campo, fora do campo, com os detentos, com os agentes da SS e muito mais.? 
  Essa função que ele era obrigado a exercer todos os dias o permitiu salvar cerca de mil judeus do campo e serem levados para o campo de Brunnlitz para "trabalhar" para Oskar Schindler. Sem Pemper, nunca seria possível formular a Lista de Schindler e montar o plano da fábrica de armamentos, pois foi ele quem descobriu que só restariam as fábricas desse tipo, portanto, as demais seriam dissolvidas.?  
O livro conta os anos em que o autor viveu em desespero e incerteza do que iria acontecer. A obra mostra duas personalidades completamente diferentes, a de Oskar Schindler e a de Amon Goth, o homem que matava por prazer. É agoniante reviver o período em que ele trabalhava involuntariamente para Agoth, mas também é maravilhoso acompanhar ele transmitir as informações secretas para Schindler, e mais tarde, ser uma das testemunhas de acusação de Amon Goth. A obra se torna incrível por ter a função de lembrar ao mundo que o Holocausto jamais deve-se repetir, e que é com o respeito mútuo que podemos evita-lo.
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Fabiano 25/08/2015

Um dos melhores!
Sobre a Segunda Guerra Mundial, obviamente, existem vários outros documentos bibliográficos e este é mais um desta linha, mas de cunho pessoal, ou seja, de quem sobreviveu lado a lado com os mediadores do mal, é um ótimo documentário.
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Nathy 13/12/2014

Trechos memoráveis
Nunca escrevi resenha de um livro (exceto para trabalhos acadêmicos) e dessa vez, ao terminar esse livro, precisava escrever alguma coisa a respeito. Não acho que poderia fazer jus ao sentimento que esse livro me despertou, então precisei destacar alguns trechos que resumem a filosofia de vida de um homem memorável : Mieczslaw ( Mietek) Pemper, que descrevem a história do livro como eu nunca conseguiria fazer com palavras próprias. Ele viveu intensamente, honradamente e com hombridade o pior pesadelo de todos os tempos praticamente durante sua adolescência.
" Porque a segurança das minhas pessoas ameaçadas era mais importante pra mim do que meu conforto, e porque eu sabia que minha vida estava inseparavelmente vinculada ao destino das pessoas daquele galpão, pois eu assumi uma posição inequívoca. Aquele galpão tornou-se meu front! A vitória foi possível pela excelente autodisciplina da minha gente e sua grande confiança em meu trabalho " p.215
"... não avaliar pessoas apenas pela aparência, nacionalidade, profissão ou religião. Que o princípio da RESPONSABILIDADE PRÓPRIA [grifo do autor] nunca pode ser totalmente suspenso, mesmo que o preço possa ser às vezes desconhecido ou talvez desumanamente alto. [...] Muitas vezes, há uma possibilidade de escolha - com frequência, apenas mínima - até em situações aparentemente sem saída, e ela deve ser usado com responsabilidade, mesmo que se pense inicialmente que não é relevante para o resultado final. [...] se deve avaliar as pessoas de acordo com a maneira como elas se comportam em situações difíceis de vida, se se engajam pelos outros, se ajudam os outros ou não." P. 262
" A democracia não pode sobreviver sem um pensamento contrário produtivo nem sem autodeterminação, reflexão crítica, empatia e responsabilidade moral." P. 262
" O ódio não nos leva adiante e não fornece reconciliação. [...] O que aconteceu naquela época não pode ser esquecido pelo bem do futuro. Não podemos desembarcar da história, mas os homens só se desenvolverão num nível mais elevado quando o princípio da responsabilidade individual fizer escola,, quando a não-participação se tornar uma virtude e a obediência cega perder valor. Todos nós somos responsáveis por um futuro melhor. Em minha opinião, faz parte disso aceitar o "outro" em nossa sociedade, o "estranho" em nosso meio." P. 263

Schindler foi um homem incrivelmente corajoso, que foi descobrindo os horrores que seu próprio povo cometia durante a guerra. Mas para ele não bastou aceitar o quão injusto era aquela realidade, me ensinou que sempre se pode fazer algo mais pelas pessoas, e ele fez. Com a ajuda de algumas pessoas que cruzaram seu caminho, como Pemper, o protagonista do livro, que nos conta como chegou e se manteve em um cargo de confiança da SS, com acesso a várias informações confidenciais e como, através disso, usou seus conhecimentos para agir contra o regime nazista, assim como ajudou Schindler a construir sua famosa lista.
Uma boa ação não basta, é preciso todas as boas ações de que somos capazes para conseguir mudar o destino. E, às vezes, nem mesmo isso é suficiente. Um livro que te faz sentir raiva, emoção, alegria e espanto. Um livro que todos deveriam ler pelo menos uma vez na vida!
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