Clube do Farol 08/08/2022
Resenha por Carol Finco @blogpretenses
Olá, faroleiros, tudo certo com vocês? Espero que, assim como eu, vocês estejam tendo o prazer de ler ótimas histórias. E por falar nisso, venho aqui tentar falar com vocês um pouco sobre o que foi a minha leitura deste último lançamento da Babi, que por curiosidade foi a primeira história que ela escreveu, quando foi estimulada a pôr no papel a história que lhe tinha vindo a mente, mas após escrever ele foi engavetado. Porém, para nossa completa felicidade, hoje mais experiente, seu coração voltou a este antigo manuscrito e, após reescreve-lo, foi finalmente publicado.
É claro que não foi assim tão simples, escrever dá trabalho e não apenas para o autor, até o livro ser publicado passa-se por várias mãos. Por isso devemos valorizar muito nossos autores nacionais. A Babi tem uma escrita bem característica, uma veia dramática que adora fazer nosso coração chorar pelo romance dos personagens, mas seu final feliz certo e toda a emoção pelo caminho nos torna fiéis à sua leitura, porém o que nos arrebata neste livro é algo diferente. Confesso que neste caso o que mais me atraiu a lê-lo foi o tema tão diferente ao que estamos habituados, um romance que se passa no Egito antes de Cristo e que ainda por cima envolve o povo Hebreu.
Não tinha dúvida da sensibilidade da Babi em relação ao seu tratamento quanto a assuntos bíblicos, por menores que sejam, ela conseguiu contar a história de maneira a não haver nenhum desrespeito ao que, nós cristãos, acreditamos sobre a passagem do povo hebreu no Egito, ao mesmo tempo em que deixava claro estarmos lendo uma história de romance de ficção e não histórico. Ela nos preenche com riquezas de detalhes que nos transportam para dentro das páginas do livro e, como disse uma leitora, nos faz sentir com areia grudada na pele.
Você pode estar comentando agora porquê eu ainda não falei um pouco sobre a história em si. É que este livro entrou para minha lista de leituras que me falta palavras para elogiá-lo e assim sobra a vontade de tentar descrever tudo o que me fez amá-lo, mas sem dar nenhum spoiler.
É fato que o povo hebreu se multiplicou no Egito, fazendo com que os líderes e o próprio povo do Egito os temessem, assim eles se tornaram escravos em uma terra onde já eram estrangeiros. O sofrimento era grande e para as mulheres, principalmente quando se era jovem e bonita, a situação era ainda mais complicada, infelizmente nos dias atuais o tratamento para com a mulher não melhorou muito. E este é o ponto chave desta história, como o nosso desejo pelo amor, por algo melhor, pode nos cegar e como a obsessão pode ser mascarada em forma de amor.
Zarah é uma jovem hebreia lindíssima, mas que sofre com a vida que leva, e vive com sua mãe momentos mais angustiantes ainda em seu lar por ter perdido o pai, o respeito do seu povo por sua família, devido a fatos que não são de sua responsabilidade, e a mãe sofrer de dores constantes por causa do trabalho em excesso. Sua única alegria e consolo é seu melhor amigo, o David. Que sempre que pode lhe ajuda em vários sentidos.
Ela sonha com a liberdade para si e seu povo, bem como uma vida melhor e, após ser socorrida por um comandante egípcio, deu um ataque, ela tem despertado em seu coração sentimentos nunca antes vividos, conflituosos e por isso também tem um medo ainda maior de se perder completamente devido as suas decisões. Neste ponto já estamos tão presos na história que não queremos mais largar o livro, detalhe, estamos no capítulo três.
A Babi nos traz nesta história personagens maravilhosos, tanto para amar, quanto para ter raiva. Um dos pontos que gostei do livro é que a narrativa não é focada apenas na Zarah, temos capítulos sobre os outros personagens, o que torna o livro mais dinâmico, em minha opinião, e a leitura mais fluida e gostosa, pois temos a oportunidade de conhecer a todos os envolvidos na trama diretamente. Segundo, o tema principal abordado neste livro de forma espetacular é relacionamento tóxico. Esse tipo de romance não dever ser embelezado e muito menos aceito e a Babi soube trazer este assunto de forma brilhante. Mas o perdão cura e liberta a alma. Porém, lembre-se que há uma diferença entre perdoar e aceitar.
A Babi não acredita ter feito um final feliz, de contos de fadas. Foi dramático, com certeza, mas para mim o único final desejado e aceitável e foi feliz sim! Pois foi verdadeiro e emocionante, foi libertador, foi uma leitura maravilhosa. Nota máxima e favorita na vida. Todos podemos cometer erros, o importante é o que fazemos para acertá-los e principalmente não os cometer mais.
Não posso terminar esta resenha sem antes elogiar o magnífico trabalho editorial deste livro, a capa, a diagramação do texto, a foto da Babi, tudo está lindíssimo. Segundo, o fato da autora nos ter presenteado com o livreto contendo cenas extras fez meu coração romântico extremamente feliz, bem como o abrir do coração de autora para explicar o que este livro teve de tão especial. Verus, favor publicar pelo menos em ebook este livreto para todos terem a oportunidade de ler.
Parabéns, Babi, este é o sétimo livro seu que leio e, sem dúvidas, foi mais arrebatador. Leiam, mesmo que você não seja fã de romance, tenho certeza que irá amar esta história.
Boa leitura
site: http://www.clubedofarol.com/2021/12/resenha-aurora-da-lotus.html