Dao De Jing

Dao De Jing Laozi




Resenhas - Dao De Jing


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dormideira 21/05/2016

Excelente livro, péssima edição
Já tinha lido só a tradução do Dao De Jing uma vez, por outra editora.
Comprei a edição da Hedra por conhecer e pelo inacreditável projeto gráfico, impecável: primeiro essa capa que sozinha já diz tudo; segundo, apresenta os originais lado a lado com a tradução. Só não gostei de os comentários ficarem no fim.
Mas... a edição peca MUITO em revisão. Tem poucos erros de revisão na tradução do texto de Laozi, mas os comentários do autor, que são 50% do livro, indispensáveis para ler uma primeira, segunda, terceira vez, enfim, estes parece que não chegaram nem a ser dados uma pequena passada de olhos por alguém que não fosse o autor. Frases terminam no nada, parênteses ou aspas que não se fecham, conceitos ficam inexplicados, tempos verbais sem paralelismo.
Se fosse no texto do Laozi, passaria como texto hermético. No comentário, irrita. A tradução traz uma leitura filosófica diametralmente diferente da que li anteriormente. A anterior era bastante mais espiritual, psicologizante, esotérica, quase.
Lendo um pouco depois de começar o Orientalismo, é quase impossível não censurar o autor por ficar comparando conceitos entre Hegel, Kant e Laozi. Sim, os alemães leram, mas leram com que olhos? Sem falar no exotismo. Mas quem sou eu para falar qualquer coisa, uma brasileira tresloucada lendo sobre taoísmo, não é mesmo?
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Luís Fernando 17/11/2010

Cenobitismo religioso
O livro do Dao De Jing (ou Tao Te King) do Laozi (Lao-Tse) é formado por dois livros em separado: o livro do curso e o livro da virtude.

O tradutor começa o livro dando uma pequena introdução comentando as intenções de Laozi e seus conceitos, inclusive algumas coisas que só entenderíamos se fossemos chineses. Em seguida vem o livro do título. Por fim o tradutor comenta cada capítulo, sua tradução e sentido, ideogramas e comentadores diversos, compilando toda a sabedoria até o momento sobre o Taoismo.

De minha impressão não consegui ser muito profundo pois é muito fora da minha realidade. O livro do curso vai falar sobre o Dao, que pelo que entendi é um divino indeterminado ou um Deus não dito, impossível de ser entendido plenamente; há uma tendência a crer que o Tao seja o nada, mas acho muito pouco provável, pois sabemos que o nada não move coisa alguma, o Tao é justamente a coisa que move todas as outras para o bem. O livro da virtude vai se focar em como deixar o Tao fluir e guiar nossas vidas. Por fim, essa é uma religião cenobita, ou seja, comunitária, áustera e focada na vivencia simples e humilde, que despreza tudo que possa causar qualquer discordia entre os homens, o que pra mim torna-se um paradoxo; ao contrario do que pensam, não é uma religião anacorética, isolacionista nem anarquista.

Recomendo a quem se interessa por língua chinesa, taoismo e religiões e cultura oriental; se não for o caso será uma leitura muito enfadonha.
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