spoiler visualizarAriadene 08/11/2021
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Livro: A protegida pelo Lobisomen
Ano: 2021
Autora: Elie Anjo
Seguiremos as histórias de Tor (Um lobisomem de mil anos de idade) e Dae (Elfa/Succubus de 29 anos), em um mundo sem humanos, dominados por criaturas míticas e fantásticas, como vampiros, dragões, bruxos, anões, entre outros. Uma guerra contra os vampiros assola este mundo, trazendo morte e desgraças.
Tor é um general favorecido politicamente e financeiramente, na qual, acaba sendo incumbido de cuidar da filha de um ex- companheiro de guerra, Dae. A pedido do pai da garota, a mantém presa em uma mansão com poucas pessoas, temendo que seu demônio interior se libertasse e matasse pessoas.
Com o decorrer dos fatos, os dois acabam convivendo e surgindo novos sentimentos em ambos, além de situações que vão tira-los de sua zona de conforto.
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Apesar de se passar em um mundo de fantasia e uma guerra que parece interminável, com preconceitos entre raça e classes, isso apenas serve de pano de fundo já que o foco é totalmente no romance dos personagens. O que me deixou triste, porque essa parte da história foi o que mais chamou a atenção.
Somos conduzidos através da visão de Tor e Dae, enquanto um está com o coração selado preferindo a solidão do castelo, outra deseja imensamente conhecer o mundo. O destino liga os dois, vivendo um romance de novas descobertas.
Mas, como nem tudo são flores, a história teve pontos que realmente incomodaram. Tor é visivelmente possessivo, ciumento e controlador, e na visão dos personagens isso tudo bem, pois afinal, ele é um lobisomem, está no cerne de sua natureza ser assim.
Temos uma questão de um suposto estupro na história, na qual, para defender o amado, a protagonista diminuiu a situação afirmando que a vítima manipulou todo o acontecimento e que o estuprador nunca agiria desta forma.
E daí que ele no cio se torna violento e a ex-esposa quis ficar ao seu lado e ser machucada? Culpa dela, afinal, sabia que isso podia acontecer.
Ficou perplexo? Essa é a linha do raciocínio da protagonista para defender o seu amado.
Mesmo que ao final descobrimos que tudo realmente não passava de armação, que direito Dae tinha para diminuir a situação sendo que nunca conheceu a vítima? Não sabia nada de sua história e motivações. A forma que isso foi trabalhada realmente me deixou muito perturbada e imagino como tal ato estará influenciando futuros leitores.