La plus secrète mémoire des hommes

La plus secrète mémoire des hommes Mohamed Mbougar Sarr




Resenhas - La plus secrète mémoire des hommes


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red.parchments 24/01/2024

O passado é o mais enigmático labirinto
Em La Plus Secrète Mémoire des Hommes, o escritor Diégane Faye parte em busca de vestígios do também escritor T. C. Elimane, sumiu após ser acusado de plágio em sua única obra, Le Labyrinthe de l?inhumain, publicada em 1938.

Não dá pra negar que a premissa de Sarr é extremamente original e inovadora, mas em alguns pontos a leitura torna-se um pouco arrastada e cansativa. O enredo, inicialmente bem construído, vai ficando um pouco confuso à medida que o desfecho se aproxima, como se o próprio autor já estivesse apressado para terminar. No entanto, é justamente nesse momento em que são abordadas algumas questões essenciais à respeito das motivações dos protagonistas.

Mas como aconselharia um dos personagens, « n?essaie jamais de dire de quoi parle un grand livre ». Estamos inegavelmente diante de um grande livro, sua leitura não precisa ser uma tarefa simples ou confortável.
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franrompk 21/08/2022

Numa formulação muito pouco objetiva e muito pouco técnica, mas necessária, preciso dizer que me apaixonei profundamente por este romance, que vai ecoar por muito tempo ainda no meu coração. Por mais que eu tenha gostado dos Goncourts de 2019 e de 2020, algo neles me picava um pouco, talvez a falta de coisa ou outra que eu não sabia definir bem o quê e que fazia deles incompletos, ao menos para mim.
E este quê faltante nos outros, encontrei na experiência de viver a leitura de La plus secrète mémoire des hommes. Este sim é um prêmio Goncourt de primeira! É difícil falar deste livro em poucas palavras e talvez em muitas também seja, pois ele é muito plural, ainda que essa sua pluralidade de gêneros, temas, registros linguísticos, etc. forme um todo coeso e muito bem construído. E para quem ama literatura, teoria e crítica literária é um prato cheio, um desafio contínuo para procurar suas referências e seus ecos. Traz em si a literatura toda em sua beleza, em sua ambiguidade, em sua limitação, em seu questionamento, em sua humanidade.
É um livro de deleite, para saborear com calma, para rir e para chorar, para se perder no labirinto, sem medo.
E correndo o risco da pegadinha reducionista e já caindo nela (certeza!) no fim, é a busca pelo autor que acaba revelando o poder do leitor, talvez (Barthes curtiu isso).
Não sei se vou me recuperar um dia desse amor, espero que não.
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