Rai
26/01/2023O livro acabou no início do capítulo 20, o resto é delírioEu não tenho como falar muito dessa história e os motivos pelos quais eu não gostei tanto assim do final dela sem dar muitos spoilers, então vou tentar ser o mais breve possível pra não dar com a língua nos dentes: eu não esperava dois dos piores clichês de romances aparecendo em um livro da Jemisin, muito menos em um que estava indo tão maravilhosamente bem. E ainda mais quando não era necessário, sabe? O livro termina tão bem no capítulo 19 que a própria narradora comenta sobre isso: que daqui pra frente é apenas para complementar, já que não estava "dramático o bastante". E eu poderia facilmente passar sem todo esse drama, fala sério.
Apesar dessa pequena decepção, o final também me mostrou a genialidade da Jemisin na construção dos personagens. Ela conseguiu pegar o cara que eu mais amei no livro anterior e me fez odiar ele em uma única cena (tá, odiar talvez seja muito forte, mas eu me irritei MUITO); assim como o contrário também. Me fez torcer por um final feliz, ou pelo menos um momento bom, pro Brilhante mesmo sem gostar dele, por toda a trajetória dele até ali. Também gostei muito do desenvolvimento da Oree, embora não concorde muito com metade das coisas que ela fala. Se ela abre a boca pra passar pano e endeusar o Brilhante eu imediatamente já começo o "cala a boquinha, mulher, por favor". Mas também foram os únicos momentos do livro todo que eu não torci por ela, mais do que pela Yeine, por sinal. A bichinha sofreu demais (chorei duas vezes), merecia um mundo todinho.
Eu amei ver mais da parte da mitologia, ter mais explicações sobre os poderes da galera, sobre o que aconteceu no passado e sobre como as coisas estão atualmente. Gostei especialmente das deidades que foram apresentadas aqui (Lil, te amo), elas são muito mais interessantes do que os frios Arameri do primeiro.
Agora é ver o que o Sieh, meu bebê precioso, vai me entregar.