Resenhas - Imperador Deus de Duna

Henripache 20/12/2022

É fácil civilizar ensinando a covardia.
O quarto volume da saga de Duna traz diversas diferenciações de sociedade, ambiente e religião determinadas na trilogia original. O império regido por Leto Atreides II é uma ditadura com tons filosóficos que põe a tona a dúvida que é ?ser? alguém.

Dentre essas dúvidas, Frank Herbert nos indaga constantemente em qual o papel do Imperador Deus no Caminho Dourado, além do que seria esse futuro misterioso.

É difícil definir exatamente o que é o primeiro livro da segunda trilogia. Apesar disso, ele é épico, emocionante, curioso e inspirador em diversos níveis.

Considero, particularmente, o segundo melhor livro do universo de Duna (até o momento), apenas atrás de Filhos de Duna. Leitura obrigatória para fãs desse universo que surpreende constantemente pela riqueza e aplicação em nossa realidade. Franklin foi um gênio.

Abduzindolivros 08/04/2023

Tudo nessa saga é cíclico, como jogar uma pedra no centro de um lado e ver as ondas se formando. Na primeira trilogia, imergimos em questões políticas, sociais e ambientais, enquanto acompanhamos os rumos da Casa Atreides: sua queda, a ascensão de Paul como Muad'Dib dos fremen e Imperador, nova queda do Império e a retomada do Caminho Dourado por Leto II, filho de Paul.

Mas, no meio desse turbilhão, tinha uma questão latente que foi bem evidenciada nesse livro aqui: o sexo. Como arma, como distração, sinal de amor, perversão, plano de reprodução ? no fim, o desenrolar de todos os planos dentro de planos se deu sobre lençóis de seda.

E eu já tinha terminado a primeira trilogia pensando, por exemplo, sobre os porquês de Lady Jessica ter desobedecido os planos das Bene Gesserit e ter gestado um menino (Paul) quando era para ela ter uma menina. Ela fez isso pelo seu amor pelo Duque, e fica subentendido que esse amor se deu por causa de uma ligação sexual muito intensa entre os dois.

E isso é mencionado várias vezes na primeira trilogia, quando Paul, depois os gêmeos, têm acesso às memórias ancestrais e sempre relembram da intimidade sexual entre Jessica e Leto. Um contraponto importante com o pai de Jessica, o Barão Harkonnen, que era um pervertido sexual, incapaz de amar e sempre pronto para destruir em nome de sua compulsão. Além das próprias Bene Gesserit que não anteviram a possibilidade de uma acólita fugir dos seus planos.

Não tem como não pensar nisso depois do salto temporal de 3000 anos entre os Filhos de Duna e O Imperador Deus de Duna, ao ver o desenrolar dos planos de reprodução de Leto II e o que ele pretendia com tudo isso.

No final da primeira trilogia, eu fiquei curiosa para ver o que seria o Império de Leto II e suas contradições; até comentei isso aqui sobre ele: ?um ser que não é mais humano, mas que os governa; uma criatura consciente de que o universo é mutável e que precisa fluir com essas mudanças, erguendo um império que irá durar quatro mil anos; um deus que trará a paz, cujo final será o oposto?. E ele foi tudo isso ? um ser cheio de contradições em um planeta contraditório: Arrakis nunca fora tão árida, mesmo estando coberta de vegetação.

Cada lição que ele quis ensinar para o povo, ele conduzia-os pelo caminho oposto. Exemplo: vocês devem aprender a ter fé em si mesmos. O que faço? Me proclamo Deus, crio uma religião e um exército para proteger meus dogmas e eliminar os hereges. E isso é só um exemplo do que rolou ali... Cara, é de explodir a cabeça.

São muitos detalhes compondo o cenário, cada pecinha montando uma imagem; eu avançava na leitura e me distanciava para tentar visualizar o panorama geral, todo o tempo de codificando cada cena, frase, diálogo, para compreender o que estava acontecendo. Isso torna a leitura mais arrastada e exaustiva (apesar desse livro ter uns trechos bem rápidos), mas eu simplesmente não consigo largar. Sempre preciso ir até o final para entender (um pouco).

E o Francisco Roberto não dá trégua, o cara mete um fato em cima do outro e a gente que lute para acompanhar. Como sempre, quando eu achava que sabia o que estava acontecendo, ele esfregava uma reviravolta estapafúrdia (mas com sentido) na minha cara.

Ora, é como Leto II diria: precisamos de surpresas, o universo é mutável.

Bruno 17/06/2023

Uma triste divagação obsessiva que tem Duna como palco.
Leto II se torna um anti-herói poderoso demais, especial demais e esperto demais. Cada linha escrita no universo gira em torno de um personagem. São 567 páginas de Leto II.
A história de um só plot é maçante. Une-se a isso uma estranha compulsão sexual da parte do autor.
Tudo em O Imperador Deus é sexo. Um exército feminino surge para combater guerras e satisfazer o comando masculino. Um verme abominável é alvo de desejo. Todas querem Duncan.
Um percurso triste para quem chegou até aqui pelo encanto inicial de Jessica, Paul, Leto Original e tutti quanti. Frank Herbert teve ainda 2 livros em vida para mudar essa imagem. A ver.

Babih Bolseiro 30/03/2023

Cada vez mais morno...
Penso que depois do primeiro livro a história ficou morna, a ponto dos acontecimentos finais não causarem tanta comoção. As aberturas de capítulos que eu gostava tanto nos outros livros, nesse volume ficaram meio tediosas. Certas coisas ficaram clichês e não houve pontos altos para mim nesse livro. Agora, é continuar acompanhando para ver o que acontecerá nos dois últimos livros.

Hugo 27/04/2023

Mais ou menos mais ou menos
Então vamos lá, eu gostei do livro mas me decepcionei com muitos dos acontecimentos

Desde o começo o leto falou como ele ir "morrer" então já esperava esse final e que os vermes iam sair dele pra duna voltar a ser duna. Dava pra ver q o autor tinha que matar o verme de todo jeito pra iniciar um novo ciclo mas não curti

Hwi noree não acrescentou nada na história o leto ficou apaixonado nela não sei pq, não entendi, acho q por conveniência do roteiro. O ponto fraco do verme era amor, sério?! Morreu e tchau

A Nayla parece q foi homenagem ao judas da Bíblia, é isso mesmo?! Bom ela obedeceu o Leto. Aí o Idaho mata ela no final. Pra mim ele tava com raiva era do leto não entendi pq ele matou ela

O Duncan Idaho foi um pé no s*c* cara chato, torci demais pra ele morrer. Não morreu ? e toda mulher no livro gostava dele ahh pra pqp

Siona apareceu no meio pro final mas não gostei da personagem pra mim faltou criar conexão com ela.

Pra que aquela discussão que o Duncan não era pra hwi se o moneo ficasse com ela o Leto deixava ela viva??

Fico a sensação que foi um livro longo pra uma história curta e que foi introdução de uma trilogia nova não uma história completa

Cho 09/09/2023

Diga-me, Moneo, se eu escolher o bem, isso me torna bom?
O que tinha me conquistado nesse livro, inicialmente, era a singularidade do personagem principal. Então a descrição do início foi bem interessante para mim, depois a história segue caminhos que são difíceis de entender, me perdi em vários momentos, não compreendi o porquê de alguns acontecimentos. E o final, ao contrário dos livros anteriores, não me deixou com vontade de continuar a trilogia, mas vou insistir porque já comprei todos os livros.

Destaco aqui e reitero minha antipatia por Idaho, personagem inverossímil, insuportável e a persona da homofobia. Inclusive, em vários momentos vemos a homofobia do autor na obra. Tudo aqui pode ser resumido em sexo.

A obra traz sim discussões pertinentes, mas que se perdem no enredo complicado.

milenavifer 08/10/2023

Gostei muito
Gosto muito de sci-fi e comprei o box pois sairia o primeiro filme. Não me arrependi da compra. Os livros são muito grandes e recomendo não ler todos os livros um seguido do outro.

Gold. 21/09/2023

Não foi meu favorito
Embarquei na missão de ler essa saga esse ano e sem esperar nada eu me surpreendi em como o universo desses livros era bem escrito.
Mas honestamente, diferente da outra trilogia, que apesar de ter seus altos e baixos ainda conseguia se manter interessante, esse livro não teve nada disso.
Foi apenas uma longa reflexão sobre um único ser, é interessante, mas 567 páginas apenas sobre um personagem e suas contradições é exaustivo.
Apesar de reclamar disso eu gostei de algumas das discussões levantadas, que foi o que me fez continuar lendo.

Falando sobre os personagens não me apaguei a nenhum deles, a personalidade e motivações de cada um não compreendi e isso levou a uma antipatia por todos.
E qualé o Idaho foi jogado no lixo nesse livro, e olha que no último ele tinha sido meu favorito, aqui ele se tornou um cachorro perdido e raivoso.

Falando de outro ponto aqui, esse livro ainda mais que os outros me fez perceber os preconceitos do autor e como para ele tudo se resumia a sexo e este está presente em todos os livros, seja de uma perspectiva biologia, romântica, tática, assim por diante, devo admitir que essa percepção me incomodou um pouco.

Apesar de tudo continuarei lendo a saga e torcendo por melhorias (ainda que duvide muito que melhorará)

KelenDZ 04/10/2023

O início desta segunda trilogia se passa a mais de 3 mil anos do encerramento da anterior, com Leto II mais verme que humano.
Meus sentimentos em relação a Leto eram diversos, ora raiva ora pena, pois procurava entender as motivações dele para as ações que tomou.
Duna possui uma geografia totalmente diferente neste futuro, causando um estranhamento no início da leitura.
Achei o final um pouco surpreendente, e deixa uma curiosidade quanto a continuação da história.

Gabriella224 05/03/2023

Política e filosofia
Ansiosa para iniciar o próximo livro e saber o desfecho da história!
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Sara277 18/12/2023

Ele era deus mesmo?
Eu tenho uma leve dúvida se Leto II é um ser divino mesmo.
Para ele o império brutal foi a decisão certa para dar uma lição na humanidade, mas será que isso realmente salvou a humanidade ou apenas a destruiu mais?
Talvez tenha salvado do vício pelo melangue, mas será que não destruiu a cultura? Será que não destruiu as pessoas?
Adoro livros que te fazem discutir.

Foi um bom livro, não é o meu favorito, mas tem personagens muito interessantes.
Minha personagem ?favorita? da vez foi a Siona, gostei do desenvolvimento dela e espero que no próximo livro ela apareça mais.

Boa parte do livro é sobre política, claro Duna é sobre poder e religião, mas alguns momentos para mim pareceram se arrastar. Mas toda vez que a Siona aparecia de novo o livro tomava um ritmo ótimo.

Achei o final incrível, me deixou super curiosa e doida para começar o Vol. 5.

Se você leu até o terceiro meu amigo, agora não tem mais volta, continue se aprofundando nesse grandioso universo de Duna.

Me diga, você acredita no Caminho Dourado?

Jesi 07/02/2024

Achei o começo um pouco maçante e cansativo, mas depois o leitura pegou ritmo e no geral gostei, O Imperador Deus se tornou bastante "interessante" de acompanhar.

Prico 19/06/2022

Mudança de rumos
Esse é o 4° livro da saga " Duna" , aqui passaram 3500 anos desde que Paul Muab Dib estava andando em Duna. Agora governada por Leto II filho direto de Paul que fez sua ligação com as trutas de areias.
Leto é um personagem complicado, difícil de entender suas motivações durante a história , suas ações são vilanescas em certa medida, nas descrições dos seus diários no início dos capítulos nós aproximam de suas ideias. Sem nunca deixar de lado que Leto é um ditador e abraçou tudo que seu pai tentou evitar.
Em busca de seu caminho dourado ele destrói todas as tradições de Duna assim como de sua própria família, tudo que admiramos nós Atreides Leto deixa de lado, se aproxima até fisicamente do Barão seu avô materno o que causa certa repulsa inicial.
Magníficamente escrito como seus anteriores é impulsivel terminar o 4° sem pensar em começar o próximo .

luke - among the living. 07/01/2023

"Imperador Deus de Duna" me surpreendu positivamente. Apesar de um começo que achei bem estranho, o livro se encaminhou pra ser um dos melhores entre os 4 que li até o momento, e abrindo com chave de ouro essa segunda trilogia.


Adorei.

JezielH 24/03/2023

Duna saiu um pouco da linha.
Os 3 primeiros livros de duna exploram todo o potencial da melange e do poderio da linhagem Atreides, então o 4° livro de duna causa um estranhamento ao continuar uma historia 3 mil anos depois, com um novo protagonista que foge completamente a linha anterior, bem e mal são deixados de lado e o nosso único ponto de referencia é o que o imperador Deus fala.