Resenhas - Herdeiras de Duna

KelenDZ 27/11/2023

Achei cansativo este último volume da série...história bastante arrastada, trata basicamente só das Bene Gesserit e as Honoraveis Matres, e só nos capítulos finais que as coisas realmente acontecem. Gostei do final, apesar de deixar dúvidas em aberto, e que sei que assim ficarão.

Confesso que gostei muito mais da primeira trilogia, a história de Paul, Lady Jéssica, os fremens, Duna, tudo muito mais interessante.

Babih Bolseiro 14/06/2023

Mais do mesmo...
Esse sexto volume da Série Duna tem seus pontos altos (é uma série muito política e isso é o que mais gostei nos livros), mas são poucos e repetem o "lenga-lenga" dos anteriores (a exceção dos incômodos saltos temporais): as cenas que a gente mais quer ver não acontecem (a gente só lê "o depois"). A sensação que fica é que "são recortes" de uma história gigantesca que no fim termina em "aberto" (outra frustração). Nesse sexto livro, parece que o autor quis colocar tanto diálogo, tantas maquinações ou as famosas "camadas", que chegou lá no final (últimas páginas) e só colocou um "desfecho" que deixou a desejar. E a história não acabou ai. Tem partes legais? Tem, principalmente os diálogos, mas repito o que disse cada vez que terminava um livro da série: poderia ter parado no primeiro.

Abduzindolivros 02/06/2023

Um tempo se passou desde que as Honoráveis Matres atacaram Duna, destruindo o planeta. Sem trégua, empreenderam uma caçada implacável contra as Bene Gesserit, em busca da Casa Capitular, o planeta sede da Irmandade. Seu apetite por destruição mascara algo maior: o desejo de capturar uma Reverenda Madre e obrigá-la a revelar seus segredos.

No início, não sabemos que tipo de conhecimento elas querem nem o porquê, mesmo que Murbella (uma Honorável Matre) esteja ?cativa? na não nave junto com o ghola Duncan Idaho, presos um ao outro pelo intenso amor advindo de suas habilidades sexuais mútuas.

Enquanto amargam a perda de vários planetas e irmãs após as passagens das Honoráveis Matres caçando-as, as Bene Gesserit, conduzidas pela Madre Superiora Darwi Odrade, continuam com seus planos de reprodução, acrescidos da própria produção de gholas (alô Miles Teg) depois de conhecerem os segredos dos ?tanques axolotles? dos Bene Tleilax. Ainda falta descobrir como produzir especiaria nesses ?tanques?, mas como as bruxas não são de colocar seus ovos numa única cesta, também seguem o plano de transformar seu planeta em uma nova Duna; em Rakis, antes do ataque das Honoráveis Matres, elas haviam conseguido transportar um verme, e agora as trutas de areia resultantes da metamorfose estão alterando o ecossistema da Casa Capitular para produzir especiaria.

O contexto é mais ou menos esse, então vamos lá:

Eu amei esse livro aqui. Até então, o que sabíamos sobre a Irmandade Bene Gesserit eram fragmentos, que aqui tomaram a forma de um planeta e das rotinas das acólitas e Reverendas Madres. Ficar mais próxima das BG me fez admirar seu treinamento, embora eu ainda tenha um monte de ressalvas: tem horas que elas não passam de um bando de velhas eugenistas do caraio ? mas eu sigo abstraindo e querendo acreditar que não é isso, enfim.

Se não pensarmos dessa forma, o que vemos aqui é a confirmação dos ideais propagados pelo Tirano (Leto II) ao empreender seu Caminho Dourado: espalhar a humanidade pelo universo, promover a diversidade, encher a existência de surpresas. Ele se sacrificou, preso a uma existência milenar e tediosa, para proporcionar isso: enxergando os futuros, construiu o passado e amarrou o antigo Império a esse ciclo perpétuo.

Poderia ter esmagado as Bene Gesserit nesse processo, e por muito tempo, a Irmandade se ressentiu da opressão sofrida. Mas o Tirano as preservou, e nesse livro fica claro o porquê. Sob a direção de Darwi Odrade, uma Atreides cuja personalidade lembra muito a intensidade de Lady Jessica, alguns costumes engessados das BG foram transformados, abrindo espaço para que elas parassem de temer a real força que move mundos: o amor.

Parece piegas, mas, caramba. O modo como essa história foi contada é lindo. O objetivo das Bene Gesserit de ajudar a humanidade a atingir seu pleno potencial, através do autocontrole e do olhar para dentro, conhecendo muito bem a si mesmo e antevendo suas reações ao invés de criar poder e controle externos foi muito bem compreendido e preservado por Leto II.

O final me pegou de jeito, rapaz. Bem que me falaram que não foi conclusivo. Mas que gancho para uma continuação!!! Preciso saber o que vai acontecer com alguns personagens-chave, e sobretudo, qual será o destino das Bene Gesserit e das Honoráveis Matres.

Não sei se vou resenhar os próximos dois volumes aqui, então quero terminar esse texto de hoje batendo palmas para a sutileza dessa saga tão amarrada, linda e satisfatória:
??????

Apenas.

Prico 20/09/2022

Final
Esse e o último livro da saga de Duna. Após a morte do Tirano e agora existe a hegemonia das Bene Gesserit, que se vêem na obrigação de mudar suas regras em frente a novas e mortais adversárias que abalam a sociedade como elas conhecem.
Vários ciclos são fechados nesse livro e várias perguntas ficam sem resposta, nada que diminua a grandiosidade desse mundo e dessas mulheres.
No fim e muito triste dar tchau a Duna e a história dos Atreides, recomendo muito a leitura todos os personagens são complexos e interessantes e ao final acabamos com um pouquinho de cada um deles conosco.

Joana 04/02/2022

Uma jornada inacabada
Frank Herbert realmente fez um belíssimo trabalho em todos os livros da saga, mesmo com tantas incógnitas e mistérios não deixou de me cativar em nenhum momento, apenas tendo autos e baixos, como é o caso de Herdeiras de Duna. Li sabendo que não era uma conclusão e que nunca teria uma, porém o livro deixa a desejar por ser uma leitura densa e sem muita ação, com capítulos arrastados. No entanto não foge do propósito do autor e se torna uma obra ainda mais bela por ter se tornado, de alguma forma, uma homenagem a esposa do autor.