2112 - No Cu do Sistema

2112 - No Cu do Sistema Jaime de Andruart




Resenhas - 2112 - No Cu do Sistema


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Atila Guilherme 30/12/2021

Realidade se mistura com a ficção
Um conto que cutuca o leitor e faz ele desenhar paralelos entre o que está lendo e o que vive no dia a dia. Aquele ditado ?a grama do vizinho é mais verde do que a minha?, nunca fez tanto sentido quanto nessa história. Anissa é uma anti-heroína incrível, que desde cedo dá sinais do que está por vir. Jaime, mais uma vez, constrói um cenário curioso, com uma maestria que só ele tem e faz com que nós, meros leitores, nos deleitemos com a bela escolha das palavras feitas por ele para narrar uma história magnífica.
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Brunna Brasil 23/12/2021

“O trabalho não nos dignifica; ele nos corrompe. O trabalho não nos faz livres; ele nos aprisiona."
Vou resumir a essência e minha sensação durante a leitura sem dar spoilers, mas saiba de antemão que esse resumo nem de longe cobre a experiência total que o conto trás. Digo isso porque apesar do disclaimer no início do conto (“obra de ficção, qualquer coincidência é só coincidência mesmo, etc”), é impossível não traçar paralelos com a realidade (o que toda boa ficção faz conosco, diga-se de passagem).

2112 é o último dos setores do “Sistema” e, até onde seus trabalhadores sabem, o pior deles para se viver. Teoricamente cada setor acima deles é melhor que o anterior em termos de qualidade de vida e recursos de trabalho, mas como nunca ninguém que saiu voltou para contar, não há certeza alguma sobre isso.

Anissa cresceu nesse setor, cujo lema é “ O Sistema é Justo!” e têm como meta juntar os 10 méritos necessários para poder se mudar para o nível 2111. É quando, provavelmente por um erro (no sistema que nunca falha) ela fica desobrigada de trabalhar. É nesse momento que ela decide visitar os outros níveis do Sistema e conhecer de uma vez por todas que diferenças há entre eles e o que a aguarda no lendário nível 0.

A partir daqui eu só posso convidá-lo a acompanhar Anissa em sua jornada ascendente (será mesmo ascendente?) pelo Sistema e seu funcionamento. Mas posso dizer que esse sistema, em muitos sentidos, não é tão diferente do nosso, nem em sua realidade nem nas ilusões que fornece para manter as engrenagens da máquina social girando.

site: viliescrevi.medium.com
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June Nony 23/12/2021

Surpreendente
Eu peguei para ler este conto primeiramente pois neste fim de ano para chegar nos 50 livros do desafio do skoob decidi ler contos, ainda mais que ni último mês me falta uns 6 ou 7 livros, podem me julgar kkkk
Mas depois que vi a capa deste livro me interessei, além do título curioso, mas o que de fato me comprou por assim dizer foi o gênero steampunk que eu amo demais.
E não foi em nada do que eu estava esperando, foi muito mais, em poucas páginas o autor faz uma crítica a sociedade incrível e bem escrita, recomendo a quem gosta deste tipo de livro que faz críticas a sociedade, recomendo a fãs de distopia, não decepciona em nada.
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Fabiana Nichelli 15/02/2022

Realidade está aí na nossa cara!
O andar de cima é sempre melhor que este.
Bem-vindos e bem-vindas ao [*****] do sistema.
Mais uma vez o autor nos presenteia com um conto real, sarcástico. É a vida jogada na nossa cara! Quem subiu, almeja subir mais ainda. Quem já está acima não quer que o recém-chegado lhe tome o trabalho. Parabéns, Jaime!
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Thay 20/05/2022

Jaime nunca decepciona...
Um autor de escrita diferenciada, capaz de criar um universo gigantesco em pouco espaço. A preocupação com a estética do texto fica bem evidente no decorrer de toda a narrativa. Dava pra sentir o cheiro de excrementos, óleo e sujeira durante a leitura, nesse universo de engrenagens em que você precisa ser o melhor para subir de nível. Com uma protagonista revoltosa em busca de galgar um lugar nos andares superiores e usa uma falha no sistema para atingir seu propósito (o qual quer manter, custe o que custar). Esse é um texto potente pra caramba, que critica o "trabalhe enquanto eles dormem" tão difundido hoje, enquanto a vida se passa sem que a pessoa viva a beleza do mundo, do ar puro, da natureza, DOS LAÇOS... Creio que a ambição faça parte da trajetória aqui, é uma engrenagem que de certo modo nos impulsiona a evoluir. Mas muitos perdem a humanidade no processo, e essa é a extrapolação equivocada.
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