Júlia Fortuna 05/10/2023
"O senhor não sente isso no ar? A presença do Mal."
"Tudo o que Hercule Poirot queria naquele verão era ter alguns dias de paz no luxuoso hotel Jolly Roger, longe de crimes e de investigações. Mas quando Arlena Stuart passa por ele na praia, atraindo o olhar de todos os homens (bem como o ódio de todas as mulheres), ele desconfia que talvez suas férias não sejam tão tranquilas como esperava. De fato, no dia seguinte, um assassinato acontece. Enquanto tenta descobrir quem é o responsável, Poirot percebe que não são poucas as pessoas naquele hotel que teriam um motivo para matar??
Desde as primeiras páginas, o enredo é preparado para nos familiarizarmos com os personagens. Agatha Christie apresenta sucintamente as características de cada um deles, e com base nas pistas que ela oferece, é possível elaborar várias teorias sobre o assassinato de Arlena Stuart.
Com um cenário paradisíaco, um crime intrigante e vários suspeitos, eu me vi completamente absorvida pela história. É um livro que exige leitura atenta, pois todos os detalhes são cruciais para desvendar o mistério. Quando Poirot finalmente revelou como o assassinato ocorreu, fiquei etremamente supresa. Foi, certamente, um plano extremamente bem concebido.
A cada capítulo e página, nossa intriga cresce, e começamos a desconfiar de todos os personagens. A autora nos faz acreditar que um ou outro pode ser o culpado, mas, como sempre, ela nos surpreende com um desfecho magnífico, explicado de forma brilhante pela perspicácia de Hercule Poirot, que desmascara o criminoso e fornece uma explicação coerente que se encaixa perfeitamente em todo o cenário montado no dia da morte de Arlena.
Neste livro, o crime pareceu ser executado de forma aparentemente impossível, uma vez que as pessoas mais suspeitas apresentaram álibis perfeitamente sólidos. Aqueles que não possuíam álibis tão convincentes também careciam de motivos para cometer o assassinato. Isso resultou em uma cena do crime que pareceu ser altamente elaborada e de uma complexidade extraordinária.
De fato, a trama é repleta de complexidades. A cada vez que leio um livro da Agatha Christie, percebo sua genialidade nas histórias. Não é algo comum encontrar uma autora que, ao ler apenas alguns de seus livros, me faça considerá-la minha favorita. A ?Rainha do Crime? é uma dessas exceções.