Resenhas - Notes on an Execution

Flavia 03/07/2023

Desapontada
Vi que esse livro foi eleito por varias booktubers gringas que acompanho como um dos melhores de 2022. a premissa me atraiu e então comecei a ler. desperdício total do meu tempo... não é HORRÍVEL mas absolutamente nada acontece kkkkk como conseguiram deixar um livro tão chato com uma premissa tão boa dessa... acontece

Carol.Scagliusi 24/08/2022

Notes on an execution
"Notes on an execution" da @danyakukafka é um livro de ficção que conta a história de Ansel, um assassino que está no corredor da morte a poucas horas de sua execução.

O livro é narrado entre capítulos com a contagem regressiva para a execução e capítulos com a história da vida de Ansel, contados de diferentes pontos de vista (mãe Lavander, cunhada Hazel e a detetive Saffy).

Os capítulos da contagem regressiva, são narrados em 2ª pessoa, fazendo o leitor se sentir na pele do assassino, vivendo toda a agonia de ver as horas passando e a morte chegando. Foi uma sensação muito estranha, muito diferente do que estou acostumada a ler, mas gostei bastante!

Aborda também a temática dos serial Killers serem "exaltados", sem levar em conta as vítimas e sim o que o levou até esse momento e a questão da pena de morte, o quando esse castigo é apropriado.

Outro ponto que gostei, foi que aborda a questão das escolhas, "e se". Quem nunca parou para pensar se tivesse tomado outra decisão em algum momento da vida?

Quanto ao inglês, não tive problema de compreensão, porém o audiobook tem algumas divergências do livro. Nada que mude o contexto, mas algumas frases que não são narradas, estações do ano trocadas e etc. Mesmo assim, muito bem narrado e gostoso de ouvir!

Achei a escrita muito envolvente, a história forte e cheia de pontos importantes.

Muito bom!

Melissa Meira 15/03/2023

Desconstrução do Serial Killer
Esse livro é muito bom do começo ao fim. E a maior pegada dele é mostrar que o romantismo agregado aos psicopatas e seriais killers é errado e exagerado. Que muitas vezes o criminoso é tido como celebridade enquanto suas vítimas são consideradas apenas como vítimas, tendo suas historias ofuscadas pelo acontecido.

A autora trás esse questionamento (e crítica) quando escreve sobre um homem que é assassino, mas que não é nada além de um ser humano comum. Não há glamour nem inteligência acima da média, há apenas um criminoso respondendo pelos próprios atos.

Além disso, o livro mostra muitas outras personagens em diferentes posições. Detetive, esposa, mãe etc, e cada uma tem sua história e visão em relação ao Ansel. Todas são dolorosas, mas cada um trás algo de diferente e de bonito que vale a pena ser lido.

Nancy 11/07/2022

Diferente, porém nada extraordinário
A ideia do livro é diferente das demais histórias que você encontra hoje no mercado literário e isso é algo que deve ser reconhecido. Todavia, essa nem é a maior conquista de Danya Kukafka, afinal, escrever um livro sobre um serial killer pode ser um pouco mais desafiador do que parece - e eu percebi isso enquanto lia.
É inegável que diversos filmes, livros, podcasts, documentários etc, quando decidem narrar a vida de alguém que ficou conhecido por uma série de crimes - em especial, serial killers - é muito fácil cair na armadilha de romantizar a personalidade. Verdade seja dita, estamos em 2022 e ainda vemos filmes que demonstram o Ted Bundy como um garanhão, charmoso e que foi incriminado por uma série de assassinatos. No livro, a autora apresenta três narradoras femininas (além do personagem principal) para relatar alguns momentos da vida de Ansel e, durante muitas vezes, eu me perguntei o por quê Kukafka haver optado por não narrar o ponto de vista da Jennie, já que ela é uma personagem essencial para a história e, lá pela metade, eu me toquei: foi o cuidado da autora de não romantizar Ansel e, assim, tornar o serial killer uma pessoa que o leitor pode acabar gostando. Pelo o contrário, sempre que alguma das personagens narradoras começava a desenvolver sentimentos por Ansel, até o final do capítulo, você já tinha alguma razão para não gostar mais dele. Portanto, pontos para o livro.
No mais, acredito que não foi tão revolucionário assim. Quando eu terminei, já sabia que seria mais um desses livros que em 2 anos eu já não lembraria tanto da história, mas, durante a leitura, foi interessante.
Só teve uma única questão que me incomodou um pouco, que foi o fato que parecia que a autora queria fazer uma crítica a todas as mídias criadas para contar histórias de true crime e o tanto que as pessoas são fascinadas por isso. Acho que sim, quando você é um criador de conteúdo focado nisso, você tem que ter um pouco mais de tato em relação aos demais (eu mesma acho ridículo quando fazem vídeos como "contando a história de Charles Manson enquanto comemos macarrão", chega a ser insensível com todas as vítimas). Mas a autora está, justamente, fazendo um livro sobre um serial killer - ela está lucrando com algo que ela mesma está criticando. Acho as críticas válidas, mas não quando acaba recaindo a algo que você mesmo está fazendo, porque ai se torna pura hipocrisia.
No final, dou três estrelas. É um livro bom, não considero uma perda de tempo, mas também não é um livro que vou lembrar para o resto da minha vida.

Mary @maryreadit 26/11/2022

a frase final me pegou muito e me fez refletir muito sobre a leitura como um todo.
um livro importantíssimo nessa era de glamorização e romantização de assassinos em série, mostrando que as histórias devem sim ser contadas, mas com foco nas vítimas e seus entes queridos, na falta que elas vão fazer no mundo, e mostrar que nada justifica o que foi feito com elas.

Marcos Toledo 18/06/2023

Sinceramente, esperava mais.

Achei uma leitura um pouco cansativa. Não me marcou muito.

Não gostei muito de algumas partes.

Mas me gerou mais ainda o sentimento de ser contra pena de morte. Mesmo não tendo uma super empatia com o Ansel, o livro deixa claro o tanto que a pena de morte é um horror por si só.

Serial killer é uma figura muito presente na cultura pop. Por ser uma figura tão repugnantemente, gera uma espécie de curiosidade.

Esse livro ele tenta jogar nossa atenção para como experimentamos nossa fascinação pela violência extrema.

O livro foca em Ansel, que está no corredor da morte. E sabemos que ele está preste a ser executado, vamos acompanhado as horas. O que achei uma pegada BEM legal.

Vamos acompanhando então duas linhas de tempo, o dia da sua execução e a sua história.

Mariottoni 31/01/2023

?
Já fui c expectativa pq vi mt gnt falando bem, mas nn esperava q fosse tão bom assim. Tds os pontos de vista e questionamentos q o livro trás foram simplesmente incríveis, e uma coisa q nn esperava era as questões q a autora levantou sobre a pena de morte, coisa q gostei dmssss

Amanda 18/05/2023

Imagina colocar num liquidificador The Sun Down Motel, O Último Dia de Um Condenado e o episódio "The Box" de Brooklyn 99. Esse livro é mais ou menos isso, mas mais tenso.
É muito interessante, gostei das diferentes perspectivas

Bru 02/11/2023

"No one is all bad. No one is all good. We live as equals in the murky gray between."
A premissa desse livro é fascinante, e a autora consegue a executar muito bem. É uma experiência única acompanhar a vida de um assassino a partir das histórias das mulheres que, de certa forma, o moldaram, o afetaram, e por ele foram afetadas. É um livro que fala muito sobre a experiência de ser mulher, sobre as consequências das nossas ações, sobre as inúmeras conexões e escolhas que tomamos e que afetam nossas vidas diariamente. Tirei uma estrela só porque senti que o livro se enrolou um pouco no final, mas no geral é uma leitura muito boa!