z..... 24/02/2024
Destaque para a primeira parte, complementar ao "Diário", mostrando o contexto histórico, relato minucioso da invasão e prisão das famílias no anexo, destino final e considerações importantes, como razões dessa história não poder ser esquecida, correlacionada à aprendizagens, frente possibilidade de repetições de pensamentos e posicionamentos viscerais. O texto é objetivo e emocionante.
A segunda parte é de investigação especulativa, mesmo no nome conclusivo como delator do anexo. A narrariva é longa e as percepções mais importante são as circunstâncias impostas pelo nazismo, que não tem nada de subjetivo como o responsável determinante e condicionante às visões desumanizadas em todos os desdobramentos, de muitas maneiras, incluindo as delações.
Entre as informações e reflexões curiosas, o parecer de que Otton Frank provavelmente sabia quem delatou, mas não revelou publicamente (por razões evidenciadas na leitura); e que existiram alterações editoriais no "Diário", atenuando ou acentuando certas partes, essencialmente por questões de circulação da publicação, como na Alemanha (que não deveria ser massacrada, apenas o nazismo). É percepção que também imaginava quando li o "Diário", ressaltando-se, porém, que não foram grandes intervenções, nem que tenham alterado a essência do livro.
O formalismo investigativo tende a ser cansativo, mas valeu e curti a leitura.