O riso da Medusa

O riso da Medusa Hélène Cixous




Resenhas - O riso da Medusa


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Solinercia 05/05/2024

Polêmico (a resenha e o texto?)
Tá, vamos lá. Ultimamente eu estava muito empolgada em relação a leitura, devorando um livro atrás do outro e... Bom. Esse não foi um deles, ele, na verdade, meio que me travou.

Não me entenda mal, sei da importância histórica dele, mas o prefácio é horrível de presunçoso, pretensioso e chato. Quando o prefácio da Cixous começa, aí sim o texto ficou bom, devorei o trecho. Mas quando começou o texto de fato, achei uma escrita um pouco enfadonha, e, particularmente, a mensagem não foi muito sedutora pra mim: a vertente feminista a qual acredito não deu liga com o texto, me pareceu idealista, sonhador demais, até um pouco otimista. Ele é ótimo como uma investigação psicanalítica, mas na ânsia de defender seu ponto, acaba perdendo o fio do presente em meio ao anseio futuro.

É uma leitura interessante, acredito que mais ainda pra quem dialoga com a vertente da autora, mas não foi tão legal pra mim. Contudo, tive vontade de ir atrás de outros textos pra conhecer mais da autora. As tradutoras fizeram um excelente trabalho, contudo, gostei demais da tradução e das notas que justificam algumas escolhas. Sendo muito sincera, lerei mais coisas delas do que da autora original, em matéria de interesse pessoal.
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Adriana Scarpin 04/05/2022

Isso aqui é uma ode às mulheres escritoras quase na pegada de Um Teto Todo Seu da Woolf, mas mais psicanalítico e mais crítico dessa mesma psicanálise falocentrica que só as grandes feministas francesas da França dos anos 60 e 70 como Irigaray, Kristeva e Cixous ousavam ver.
Não esqueço da live que vi com a Cixous no começo desse ano em que disse que ao mostrar seus escritos para o Lacan, de quem era amiga, este dizia que ela era louca, mas com o tempo ele parou de dizer isso. Inclusive muito do seminário 23 sobre Joyce é oriundo dos estudos que Lacan fez com Cixous, uma grande especialista em Joyce.
Amo demais a escrita de Cixous, especialmente a aplicação de neologismos e a poética da prosa, pena ela ser tão pouco traduzida no Brasil, que O Riso da Medusa se torne avalanche e que ela finalmente se torne devidamente editada no Brasil.

E nunca se esqueçam, mulheres: ESCREVAM.
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Mama 30/08/2022

Uma ótima reflexão
O livro Hélène é muito interessante, pois, além de fazer um chamado para as mulheres se destituírem das amarras do patriarcado e começarem a escrever as suas histórias, faz uma reflexão histórica e psicológica sobre as razões dos homens terem nos forçado a esse silenciamento. Livro curto e muito bom!
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Eme Pê 10/07/2022

Última fritada de neurônio
Eu usei os neurônios que me restavam pra ler. É um texto muito interessante e muito importante pra história feminina de produzir a própria arte, escrever a própria história. Incrível
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Lorena1155 16/07/2022

incrível como a minha monografia está me possibilitando entrar em contato com leituras tão diferentes do que costumo ler no dia a dia e isso é maravilhoso. me sinto até um pouco "ingênua" e despreparada para realizar leituras como essa porque toca em lugares que eu nem ao menos pensei que existissem. é uma leitura bem teórica, apesar de um tanto poética em algumas passagens. e é uma leitura que eu sei que deve ser refeita mais vezes, ainda mais para quem está utilizando a obra com o intuito de pesquisa sobre a escrita feminina - que é o meu caso. não sou capaz de me aprofundar muito sobre essa leitura porque, como disse, estou tentando explorar, alcançar esse lugar de pesquisadora, talvez, e ainda tenho um longo caminho a percorrer. e o convite que hélène cixous nos faz à escrita é simplesmente irrecusável!

"(...) é a nossa vez de rir. nossa vez de escrever. escrever? - sim. é a maneira mais íntima de investigar, a mais potente, a mais econômica, o suplemento mais mágico, o mais democrático. papel, imaginação e decolar!" p.30
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Alê Ferreira 04/02/2022

O Riso da Medusa
Publicado na França em 1975.
Intelectual que despontou no que se convencionou chamar de French Feminism.
Autora de mais de cinquenra obras de ficção, mais de trinta ensaios e várias peças de teatro, Helénè faz em o Riso da Medusa, uma interlocução ao pensamento freudiano.
Seu texto se apresentará como um manifesto, uma convocação às mulheres a encarnar a medusa e sublimar a perspectiva da castração posta por Freud.

Cixous convoca a pensar na aproximação entre apropriação pela mulher do próprio corpo, consciente de sua potência, especialmente na expressão de sua sexualidade livre e a escrita. Esta se apresenta como força motriz e consequência da potencialidade da mulher, a afastando da concepção do "ser castrado".

Um texto repleto de referências, que vão dá literatura a psicanálise, profundo e inquietante.

"Não se apoderar para interiorizar, ou para manipular, mas para atravessar de um salto e 'voar'.
Voar é o gesto da mulher, voar na língua, fazê-la voar."
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Mimi 19/04/2024

?Eu falarei da escrita feminina: do que ela fará. É preciso que a mulher se escreva: que a mulher escreva sobre a mulher, e que faça as mulheres virem à escrita, da qual elas foram afastadas tão violentamente quanto o foram de seus corpos.?

Ensaio referencial para o feminismo desde sua publicação, nos anos 1970, "O riso da Medusa" se constrói a partir da incômoda ausência de vozes femininas entre tudo o que circula na paisagem da literatura, da teoria e da crítica. Se o mito da Medusa alude à castração da mulher, a um sentido negativo e monstruoso historicamente atribuído a uma falta do falo, este texto de Hélène Cixous evoca a urgência de que as mulheres afirmem sua presença no texto.

Para a autora, pioneira nos estudos de gênero na Europa, longe de se opor ao masculino, o feminino é indefinido, imprevisível na afirmação de sua diferença: a escrita feminina surge quando a mulher toma posse de seu corpo. E então passa escrever, com prazer, em sentidos sempre renovados pela imaginação. Sem censuras. Sem decapitações. Sem cobrir com a mão o próprio riso.

?116 páginas
Editora ?Bazar do Tempo

"Eu falarei da escrita feminina: do que ela fará. É preciso que a mulher se escreva: que a mulher escreva sobre a mulher, e que faça as mulheres virem à escrita, da qual elas foram afastadas tão violentamente quanto o foram de seus corpos; pelas mesmas razões, pela mesma lei, com o mesmo objetivo mortal. É preciso que a mulher se coloque no texto - como no mundo, e na história -, por seu próprio movimento"


?? Recebi esse livro pelo aplicativo @ayabook.

?? Temos que levar em conta que a autora é feminista, e a publicação foi em 1970.

??Eu achei que o livro nos dá algumas reflexões e por essa razão achei que valeu a leitura.
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lucaismaia 01/01/2024

Manifesto.

o riso da Medusa é um manifesto sobre rompimento, libertação: conquista da escrita e da mulher-escritora enquanto si no e para o mundo. dei início em um trabalho acadêmico sobre essa questão, mas não tinha chegado até Cixous e, agora na pós-leitura, aprendi e compreendi ainda mais a questão.

há tantos séculos homens perduram um comportamento comum na literatura: falar sobre as mulheres. uma ótica falo(go)cêntrica, fetichista e estereotipada. é contra isso que a Cixous se manifesta, e chama as mulheres - que há tanto tempo foram silenciadas na vida, sociedade e literatura - para uma caminhada unificada: a escrita de si para si.

nas palavras de Cixous:
"Eu falarei da escrita feminina: do que ela fará. É preciso que a mulher se escreva: que a mulher escreva sobre a mulher, e que faça as mulheres virem à escrita, da qual elas foram afastadas tão violentamente quanto o foram de seus corpos; pelas mesmas razões, pela mesma lei, com o mesmo objetivo mortal. É preciso que a mulher se coloque no texto ? como no mundo, e na história ?, por seu próprio movimento."
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mimperatriz 18/02/2022

O riso da Medusa
O riso da Medusa, é um ensaio - ou um manifesto, como foi divulgado na época de sua publicação - de Hélène Cixous, amplamente feminista e inquietante.

O manifesto é voltado à liberdade e inclusão de vozes femininas na escrita e na vida!

É um texto forte e com muitas referências (Freud, Lacan, Derrida, Foucault, Catherine Clément, Clarice Lispector entre outras) que vale muito a pena ser lido. E relido. Quantas vezes for necessário.

E não posso deixar de falar dessa edição do Bazar do Tempo que além de uma encadernação linda, conta com Prefácio de Frédéric Regard e Posfácio de Flavia Trocoli.

Recebi essa preciosidade do Clube F., um clube de leituras feminista, super interessante e capitaneado pela editora Bazar do Tempo, independente e formada por mulheres.
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Melanie Mariano 14/03/2024

Virou favorito!
Eu comecei o livro obcecada pelos simbolismos de Medusa, atraída como sempre por mulheres escrevendo sobre escrever, mas terminei apaixonada por Cixous que eu não conhecia, mas que tranquilamente tatuaria esse seu livro todo se eu pudesse.
Agora quero ler Cixous muito mais.

?Será que o pior não seria, não é, na verdade, o fato de que a mulher não é castrada, que basta ela não dar ouvidos as sereias (pois as sereias eram homens) para mudar o sentido da história? Basta olhar a Medusa de frente para vê-la: ela não é mortal. Ela é bela, e ela ri?(Cixous)
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Ariane 12/02/2023

Mulheres, por favor, escrevam!
Acho que esse foi um dos livros feministas que eu amei gostei de ler, pois trata do medo, da insegurança e da "castração" de mulheres ao escrever, pois os homens assumem que a escrita feminina é subversiva e por isso, deve ser combatida.

No entanto, esse livro traz uma mensagem importante: mulheres, escrevam!!! Sejam subversivas e desafiem as normas sociais impostas pelos homens. O mundo e o futuro precisam de escritos femininos!!
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Gabi Sagaz 16/02/2023

Feminista
Ótima leitura e perspectivas, gosto desses cruzamentos do feminismo com a psicanálise são importantes para a construção da teoria feminista.
Importante leitura.
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rose252 04/02/2024

Obrigatório!
Conheci esse livro em uma busca/tentativa de dar novas camadas ao meu fascínio com a literatura da Elena Ferrante, e ele foi justamente o que eu esperava. ler o texto da Cixous e sua teorização sobre a escrita feminina esclareceu alguns pontos sobre o que faz a Ferrante, Clarice, Lygia Fagundes, e até cineastas como Chantal Akerman e Agnès Varda, serem tão fenomenais.

é um excelente manifesto sobre a necessidade da criação de uma nova forma de escrita feminina, que se distancie dos arcabouços falocêntricos e da recusa do feminino. ao mesmo tempo que os aspectos psicanalíticos tornam o texto mais denso, ela acaba explicitando de forma precisa as limitações da 'diferença sexual'.

"Decida por você a sua posição no espaço das contradições, onde prazer e realidade se abraçam."
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