O Império de Ouro

O Império de Ouro S.A. Chakraborty




Resenhas - O império de ouro


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Marta384 06/05/2022

Brilhante e magnífico
Eu não sei nem o que expressar porque eu definitivamente amei essa trilogia, eu sinto que qualquer coisa que eu fale fique pequeno perto de todo esse castelo que foi erguido com perfeição.

De longe uma das melhores histórias que eu já li. O universo foi todo bem estruturado, nos mínimos detalhes, com uma atenção preciosa a cada personagem. Ao mesmo tempo que eu fico enfurecida com isso (porque queria tanto ter pensado em algo tão fantástico e minucioso! Sério, quem não gostaria de ter escrito tamanha história?), também fico encantada porque é de encher o coração de orgulho.

Os personagens são tão diferentes e cheio de características, o enredo em si é impressionante. Esse livro final entregou tudo o que tinha pra entregar em relação à conclusão. Eu sinto que finais são tão difíceis porque queremos que nada fique a desejar, nada fique apressado, e que cada laço faça seu nó de maneira delicada e contundente. E aqui tudo foi se fechando, foi se escrevendo e determinando, terminando um desenho brilhante e magnífico. Não me decepcionei uma vírgula e acho que tudo ficou cem por cento no lugar. Se ninguém tivesse entregado um prêmio a essa autora, eu teria fabricado um e ido lá na casa dela parabenizá-la.

A protagonista, Nahri, me deu uma lição sobre a vida que eu vou carregar para sempre comigo: a persistência. Eu senti na pele quando ela se deu conta de que mais uma vez tudo estava desmoronando, quando deu vontade de simplesmente desistir. Ela foi tão real que eu facilmente me percebi naquele mesmo cenário, sentindo o quão é necessário o nosso comprometimento com nossos valores, com os nossos sonhos, que vai acontecer de tudo para que a gente duvide da possibilidade dos nossos desejos. Ela fez algo incrível. E ela foi capaz disso assim que fez nascer a confiança nela mesma. Eu a admiro. Ela me inspirou. E a forma como ela fez isso, sendo fiel a ela mesma, me fez entender que é disso o que precisamos para avançar. Naturalmente as pessoas perceberam o valor dela, quando ela igualmente se fez perceber seu grande valor.

Anos atrás eu não pensaria em histórias fantásticas/fictícias como algo que eu pudesse entender na vida real, mas hoje eu vejo que muitas coisas fazem sentido. Essa trilogia me fez pensar muito sobre isso. Porque por mais que fosse uma realidade alternativa, eu pude vislumbrar cada conflito como algo que eu poderia ver acontecendo na minha vida. Por mais que se trate de um mundo mágico, os desafios são tão parecidos quanto os meus. A religião e a política, temas muito bem abordados por sinal, me chamaram muito a atenção porque pensei muito sobre a humanidade hoje. E a questão de como cada passo foi dado, cada sacrifício, cada acontecimento foi levando a um desfecho... honestamente, estou de queixo caído.

Sou muito grata por ter conhecido essa história. Espero um dia poder escrever algo tão majestoso.
Line 08/05/2022minha estante
Oi Marta, tem romance da Narhi com alguém? ?


Marta384 08/05/2022minha estante
Se você pergunta desse livro em específico, a resposta é não exatamente. O que tem é uma amizade platônica. Mas a história não desenvolveu essa possibilidade. O que é uma pena, mas entendo a decisão ?


Line 08/05/2022minha estante
Puxa, não acredito kk




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caahferreira13 21/04/2022minha estante
Eu concordo plenamente com vc. Eu esperava mais. Um dos pontos foi eles falarem tando da Insígnia de Suleiman e na hora do vamos ver o negócio não fez nada. Eu achei que ia transformar ela no ser mais poderoso que existe, mas ela ficou a mercê da Manizheh a guerra quase toda. Outra coisa que me deixou chateada como romântica incorrigível foi a escritora ter me feito shippar a prota com Ali e Dara e ela não ficar com ninguém. To mt revoltada. Dei nota 4 também. Fim do desabafo.


Vitu Nasuca 07/05/2022minha estante
O que mais me deixou chateado foi que o clima que ela criou foi incrível, guerra, perigo, magia, pro final ser uma coisa tão sem graça.

numa guerra que você n sente perigo de morte em nenhum personagem deixa tudo mais brochante, ela podia ter arriscado mais, até pq nos primeiros ela mostrou que podia fazer mais, pela escrita e pelo clima feito.




Dani de Assis 10/07/2023

Finalizar uma trilogia tão amada tem um sabor agridoce, amei conhecer esses personagens e o mundo construído pela autora, vou sentir tanta falta de tudo, das aventuras, das reviravoltas e do fôlego que várias vezes perdi. Fantasia tem tomado um lugar especial no meu coração e a trilogia daevabad me marcou demais, recomendo para todos que converso, até sonhar com os personagens eu sonhei kkkkkk enfim, chegamos ao fim!
beca 17/07/2023minha estante
Eu preciso saber, o final é satisfatório? Porque eu li uma saga incrível, que me decepcionou no final. Aí agora eu quero saber se vale a pena ler essa trilogia, pra não me envolver tanto e me decepcionar de novo.


Dani de Assis 20/07/2023minha estante
Eu achei o final satisfatório sim, poderia ter adicionado mais coisas? Sim, eu facilmente aceitaria que o livro tivesse umas 1000 páginas pra me satisfazer 100%




Henrique 12/07/2023

O Império de Ouro
Terceiro e último livro da trilogia daevabad que se encerra de uma forma épica todos os 3 livros foram maravilhosos de se acompanhar gostei dos personagens a Nahri, o Ali, Zaydi Muthandir entre outros e também e o mundo e mitologia aqui foram fantásticos de se acompanhar e as migalhas de romance que duraram o livro todo esse casal é tudo de bom e no geral gostei de como a trilogia se encerrou como o plot se amarrou e gostei principalmente de acompanhar a jornada desses personagens e o amadurecimento deles desde o primeiro livro e essa é uma trilogia em que todos os 3 livros foram 5 estrelas e favoritados não lembro de outra que isso aconteceu mas acho que vai demorar algum tempo pra isso acontecer de novo enfim leiam a trilogia daevabad se deliciem com essa obra prima.
Somente Leituras 29/07/2023minha estante
Vc só lê livros bons.


Henrique 29/07/2023minha estante
Obrigado ?




Ari Phanie 21/12/2022

Que o fogo queime forte por você, Shannon Chakraborty!

Tem uns spoilers logo ali, meu anjo...




Há muito tempo eu não terminava uma série/trilogia/whatever de fantasia e pensava: “Caramba, como vou sentir falta desse mundo e desses personagens!” O que a autora proporcionou a muitos de seus leitores com a história de Daevabad foi uma experiência surpreendente, e realmente mágica. Eu embarquei nesse mundo no ano passado depois de ter deixado o primeiro volume sentado na minha estante por muito, muito tempo; sem esperar nada e recebendo muito. Foi uma das melhores introduções que eu li dentro da fantasia, especialmente porque foi um sopro de originalidade dentro de um gênero bastante desgastado. Já o segundo volume fez o que eu não estava esperando: expandiu o mundo e desenvolveu personagens; e isso mantendo o mesmo nível de qualidade. Para o terceiro e último volume, eu esperava bastante, e a Chakraborty entregou tudo!

O Império de Ouro começa seguindo os acontecimentos do final de O Reino de Cobre, então nós vemos a querida mãezinha de Nahri se estabelecendo como a nova toda-poderosa de Daevabad ao lado do guerreiro mais lindo de todos os tempos, Dara; enquanto isso Nahri e Ali que fugiram de Daevabad acabam no Cairo, de volta ao lugar de onde a nossa protagonista saiu. Os pov’s iniciais de Nahri e Ali são mais tranquilos com os dois se recuperando e começando a elaborar um plano de retomada da sua cidade. Esses pov’s também trazem o desenrolar do relacionamento dos dois que passa de uma amizade platônica para algo com muito flerte e bochechas corando, o que é uma das pouquíssimas coisas que não me agradou nesse terceiro livro. Na realidade, a relação de Nahri e Ali não me agrada desde o começo porque me pareceu que seria o início de um triângulo amoroso. Mas, felizmente, a Chakraborty nunca perdeu muito tempo com romance, então não teve triângulo amoroso. Só que a relação de Nahri e Ali ter tanto foco me assustou e desagradou. O primeiro livro semeou o meu ship favorito e eu não consegui enxergar nenhuma outra opção. Além do mais, Ali nunca foi um personagem que eu gostasse de verdade. Mas não vou mais perder tempo nisso, é preciso falar do que realmente importa.

Apesar de certa calmaria em alguns dos capítulos iniciais, as coisas não demoram a pegar fogo real oficial. De repente, é tanta coisa acontecendo, tanta informação a ser processada que é muito, muito difícil largar o livro. E alguns capítulos contém tanta ação e tanto desespero que você lê prendendo o fôlego. Mas há capítulos com tanta carga emocional, tanta sensação de urgência e tão sombrios que eu não estava preparada pra eles, e esses são os capítulos do meu amado Afshin. Dara e Nahri estão lado a lado como meus personagens preferidos, mas nesse último volume Dara se sobressai. Os pov’s dele são intensos, dolorosos, sombrios, trágicos, e por isso mesmo, são os mais impressionantes e os quais eu quis que fossem muito mais longos. Desde o começo, o Dara é um personagem superinteressante. Ele tem um passado horrível, e por isso mesmo, muito ódio no coração. E tudo o que ele sabe da vida é servir os “deuses” do seu povo. E por servir esse pessoal é que ele faz inúmeras merdas. Ele é extremamente leal aos Nahid, mas graças aos deuses, nesse livro ele percebe que pode ter colocado toda a sua lealdade no lugar errado, e passa por poucas e boas ao perceber que as escolhas que fez causaram tanta dor. Dara é o perfeito anti-herói e tudo sobre ele é complexo, portanto, não há possibilidade de não gostar da história dele. E infelizmente, pra mim teve muito pouco do Dara. Eu espero que a autora tenha escrito ou escreva muito mais sobre esse meu guerreiro lindo e sofredor. Ele merece.

A minha outra personagem favorita, a dona da história, teve também um ótimo desenvolvimento, sem perder as características que conquistam desde o início. Nahri passa por inúmeras provas de fogo, por inúmeras reviravoltas e tragédias, e só fica maior e melhor. É impossível não gostar dela e de tudo o que ela representa dentro da história. É, sem dúvida, meu tipo de protagonista.

Por outro lado, temos Ali, o outro personagem principal, que eu não vou com a cara por ser comparável a um filhote de golden retriever que manja dos paranauê, mas que está envolvido com questões interessantes, como os seres chamados marids, e também com bastante da ação da história. Ali, na verdade, é um ótimo personagem, mas ele só tem uma personalidade: a de bonzinho. Não me cativou e o final dele não me agradou, mas eu sinto que é bastante injusto da minha parte, só que foi impossível pra mim sentir diferente.

A outra coisa na história sobre a qual eu tenho a reclamar (além do romance Nahri+Ali) é o fato de que a Chakraborty insiste em matar os seus personagens e trazê-los de volta. Para alguém com um poder narrativo como o dela, usar essa tática é covarde. Apelar pra isso uma vez, beleza, vai. Mas mais que isso não fica legal. E essas são os únicos defeitos que encontrei nesse livro, o que ainda assim, não me motiva a dá menos que 5 estrelas nessa belezinha. Na verdade, se eu pudesse daria uma constelação pra essa história.

Bom, finalizando: não estou pronta pra dizer adeus a essa trilogia de fantasia muçulmana que foi o sopro de originalidade que me conquistou de volta para o gênero. Foi uma viagem quase sensorial com muita intriga política, reviravoltas intensas, grandiosas cenas de ação, vilões sinistros, um bando de seres mitológicos superinteressantes, personagens verossímeis que conquistam e um final agridoce que emociona. Pelo olho de Suleiman, como já estou com saudades dessa história... Eu espero logo, logo voltar a esse mundo. Há muito que ainda pode ser contado, e eu só quero poder rever Dara e Nahri de novo. Amém, que o Profeta permita!


“Encontre sua felicidade, ladrazinha. Roube-a e nunca mais solte.”
Ander 22/12/2022minha estante
Um dia vou ler essa trilogia. feliz que você é mais uma que eu vejo que tenha adorado.


Ari Phanie 22/12/2022minha estante
Amei! Essa trilogia chega perto da perfeição. Todos os volumes levaram 5 estrelas.




Tati Vidal 08/12/2022

O fim que eu não queria mas precisava!
É o fim da aventura

Acho que minhas resenhas aqui perdem o sentido por causa das intensidades de minhas palavras. Quando odeio, odeio muito. Quando amo, sou toda coração.

E sim, vou exaltar essa obra que tanto me cativou e vou fingir que não existiu defeitos. Eles foram tão brandos que nem valem a pena serem citados.

Chegamos ao fim da saga de Nahri, Ali e Dara. O maior livro da trilogia precisava realmente desse tanto de folhas para fechar todos os pontos e finalizar a linda história.

Todos os segredos que estavam guardados são revelados e entendemos as motivações de cada pessoa. Chakraborty meio que romantiza todos na saga e gosto um pouco disso. Sei que existe gente ruim porque é ruim e acabou, mas aqui os vilões são levados aos extremos pelos percalços da vida. O desejo de vingança vai manchando tudo e acredito que seja assim na vida real. Se um só perdoasse, o ciclo de terror teria acabado e o livro nem existiria. Mas djiins e humanos parecem ter algo em comum: paixão nublando a razão o tempo inteiro.

O final me quebrou muito. Eu estava muito preparada para ele porque sentia que aquilo que sonhei no primeiro livro era impossível de permanecer. Houve maldade demais para ser corrigido apenas com eu te amo e desculpas, mas achei a forma que foi conduzida muito bonita. Leiam, se divirtam.

Acredito que vão amar.
ana ð 30/12/2022minha estante
você resumiu tudo no último parágrafo. era exatamente essa minha sensação


Tati Vidal 08/01/2023minha estante
Sim. Entendo quem achou ruim não terminar as coisas entre os dois. Mas não dava. Houve muito sangue e maldade, muita dor e vingança. Foi bonito como acabou




Allexya 24/11/2022

Quero mais pelo amor de Deus
Essa trilogia é maravilhosa. Mds, é muuuito boa. Os personagens são muito bons, o mundo é muito bom e tudo foi tão bem feito. Cada detalhe foi bem encaixado e o final foi incrível. É uma trilogia perfeita para quem gosta de muita aventura, fantasia e intrigas políticas. E a Nahri, a protagonista, é simplesmente perfeita. O tanto que ela evolui é impressionante. O Alizayd é MUITO amor da minha vida, todo fofo e inocente. O Dara também é um personagem que marcou muito pelo modo como a vida foi dura com ele. Quando eu achava que não tinha como ele sofrer mais, as coisas pioravam para o lado dele. O vilão da trilogia, uau, eu amei.

Eu vim parar nesse universo esperando um pouco mais de romance do que realmente tem (que é quase nada), mas não me importei tanto quanto achei que teria me importado pq o relacionamento entre os personagens é muito bem feito. Tu vê a construção, vê eles crescendo e isso é incrível. Eu queria mais romance? Queria, seria meu sonho, mas tudo bem kkkkkk
Enfim, valeu muito a pena, o meu tempo com essa história foi maravilhoso.
Rafa.Toma 29/11/2022minha estante
Amiga, a Nahri fica com quem no final ?


Allexya 29/11/2022minha estante
Vou mandar no pv para não dar spoiler




Miguelino Lélis 08/10/2023

Eu Odeiooo finais ???
Eu não tenho palavras para descrever como esse é o melhor livro da trilogia, cada detalhe e a genialidade da história eu tô sem fôlego. Já chorei muito com esse final, mas foi tudo colocado no seu devido lugar não queria que tivesse acabado mas chegou ao fim de uma forma linda. Eu adoraria que muitos tivessem o prazer de ver essa história não só nos livros mas em outras adaptações, vai com certeza para a minha estante de favoritos e siiim são 5 estreladas!!!!
Hortência Caroline 08/10/2023minha estante
Chorei horrores com o final desse livro, não superei até hoje ??




Leila 16/04/2023

Eu ameiiiii essa trilogia escrita por S.A. Chakraborty, composta pelos livros "Cidade de Bronze", "Reino de Cobre" e "O Império de Ouro", é uma obra de fantasia cativante que merece ser apreciada por todos os fãs do gênero e que também serve e muito bem, para espairecer as ideias com uma leitura de entretenimento de alta qualidade. A autora criou um mundo rico e fascinante, habitado por personagens complexos e interessantes.

A história começa em "Cidade de Bronze", onde somos apresentados à personagem principal, Nahri, uma jovem trapaceira que descobre ter habilidades mágicas. Logo, ela se vê envolvida em uma trama perigosa que a leva a explorar o mundo dos djinn e a enfrentar uma antiga guerra entre duas raças sobrenaturais.

Em "Reino de Cobre", a trama se aprofunda ainda mais, com a inclusão de novos personagens, como o príncipe Ali, que luta para manter seu justiça entre os povos de raças diferentes em um mundo onde as conspirações são constantes. Já Nahri e Dara, o guerreiro djinn que se tornou seu aliado, enfrentam novos desafios e perigos em sua jornada.

Por fim, em "O Império de Ouro", a história alcança um clímax emocionante, com o destino de todos os personagens em jogo. A autora consegue amarrar todas as pontas soltas de uma forma satisfatória, entregando um desfecho inesquecível.

Um dos pontos mais fortes da trilogia é a fluidez da escrita, mesmo com seus extensos volumes. A narrativa é cativante e bem construída, mantendo o leitor sempre envolvido na trama. Além disso, a autora conseguiu criar personagens muito bem desenvolvidos, que evoluem ao longo da história e conquistam a simpatia do leitor.

No geral, a trilogia de S.A. Chakraborty é uma obra de fantasia de qualidade, que merece ser lida e apreciada. Com uma trama envolvente, personagens marcantes e um mundo rico e fascinante, a série conquistou muitos fãs e se tornou uma das referências do gênero. Sem dúvida, uma leitura que ficará na memória por muito tempo provando que existe livros bons em todos os gêneros e dá pra ser feliz lendo sem preconceitos.
priscyla.bellini2023 14/02/2024minha estante
Bom saber, tenho interesse em ler.




Queria Estar Lendo 14/05/2022

Resenha: O Império de Ouro
O volume final da Trilogia de Daevabad é um espetáculo narrativo. O Império de Ouro, da autora S.A. Chakraborty, que a Morro Branco publicou por aqui, é simplesmente o melhor final que essa história precisava.

Esta resenha vai conter alguns spoilers dos livros anteriores: A Cidade de Bronze e O Reino de Cobre.

A cidade de Daevabad caiu. Depois de uma revolução sangrenta e terrível, o rei Ghassan foi destronado e morto, e a revolucionária Manizheh, representando os Nahid, tomou o poder ao lado do seu Afshin, Dara. Mas, ainda que tenham tomado a cidade, o preço foi grande. Não apenas pelas vidas perdidas, mas porque o poder não é todo deles.

Nahri e Ali fugiram, levando uma relíquia mágica que concede, ao seu portador por direito, a magia necessária para sustentar a cidade, sua ilusão mágica e os poderes daqueles que vivem ali. Sem ela, Daevabad está à própria sorte, e aos terríveis castigos mágicos que cairão sobre ela.

Enquanto o caos corre solto por lá, Nahri e Ali estão refugiados no Cairo, buscando uma maneira de suspender a relíquia e recuperar sua própria magia. Eles sabem que estão correndo contra o tempo, e que em breve serão caçados; mas também sabem que a única maneira de encontrar liberdade para Daevabad é se tiverem força para tomá-la de volta.

Queria começar essa resenha com um pequeno agradecimento porque a Editora Morro Branco entrou em contato com a gente pra enviar um exemplar de O Império de Ouro em cortesia, mas acabou que o universo me odeia e ele foi extraviado. Obrigada mesmo assim por lembrar dessa fangirl, Morrinho! Corri atrás de comprar, mesmo assim, porque essa trilogia foi uma delícia de leitura e esse final precisava estar em minhas mãos. E que final!

O Império de Ouro equilibra muito bem um começo lento, estabelecendo os horrores e as consequências deles, um meio enérgico, com as possibilidades e reviravoltas, e um final devastador e agridoce. É o encerramento perfeito para uma trilogia que falou muito sobre política, guerra, poder e religião de maneira sensível e interessante.

"- Não acredito em homens ambiciosos que dizem que o único caminho para a paz e a prosperidade está em lhes dar mais poder, principalmente quando fazem isso com terras e gente que não são deles."

A jornada dos três protagonistas chega aos seus finalmentes de maneiras distintas; cada um dos três personagens principais está trilhando os caminhos que escolheram, e sofrendo as consequências por eles.

Nahri, Ali e Dara foram excelentes protagonistas. Com personalidades marcantes, histórias individuais importantes e bem desenvolvidas, entrelaçados um ao outro pela trama principal de maneira cativante. Os três foram meus favoritos, e eu não poderia estar mais satisfeita com o final que cada um alcançou.

Começando por Dara, que foi uma surpresa durante toda a trilogia. O guerreiro milenar carrega dor, luto e culpa, e busca justiça com uma ânsia desesperada. Coloca-se em situações cada vez mais extremas porque não encontra espaço para fugir da própria trilha de vingança em que se enfiou.

Dara é o exemplo perfeito de um anti-herói: acredita em sua causa, mas faz coisas terríveis por ela. E, com o tempo, o peso dessas ações começa a sufocá-lo.

O que Dara vive em O Império de Ouro é consequência pura da sua lealdade e das suas escolhas, mas tem pontinhas de esperança para mostrar que ele ainda pode encontrar o caminho certo.

Seu arco se entrelaça ao da antagonista de maneira tenebrosa; através do Dara, vemos o que uma curandeira e salvadora se torna quando é consumida pelo poder e pela sede de vingança. É desesperador, é impossível de parar a leitura, e causa um desconforto pesado porque Manizheh também é uma vítima, mas uma que escolheu a violência e o terror em vez da justiça, e impõe isso sobre aqueles que a seguem.

"- Se você governa pela violência, deve esperar ser deposto pela violência."

Aliás, que espetáculo de vilã ela foi! Falar sobre sua história é entregar demais do livro, então só deixo o parágrafo para exaltar o horror e o medo que ela me causou em todas as cenas em que aparecia.

Nahri e Ali, por outro lado, começam em um ponto pacífico e desconhecido. Eu gosto demais da relação entre eles; tem aquela faísca de romance, mas é ínfima em comparação com a amizade forte e o companheirismo que eles construíram. Principalmente depois dos eventos de O Reino de Cobre.

"- Não querer ser destruído pelo desespero não o torna covarde, Ali. Torna você um sobrevivente."

Eles se tornam o pilar de apoio e confiança um para o outro e estão ali para se ajudar nos momentos mais terríveis.

Nahri é uma força da natureza. Eu amo, amo, amo a personalidade afiada, sua determinação e coragem. Eu amo como ela fraqueja e como não se deixa abalar por isso. Eu amo como ela ama Daevabad, seu povo e sua história, e como não quer se tornar nem mesmo uma sombra do que sua mãe é.

Ali vive o horror de ter perdido tudo, mas se sustenta em sua fé, em seu amor pelo seu lar e pelo senso de justiça. Ele é o personagem mais moral e centrado da trilogia, mas aqui faz seus sacrifícios de acordo com a posição que representa.

E eu morri shippando os dois, vou confessar aqui. A química é forte, as cenas são lindas, e apesar de o romance ser bem discreto e quase não aparecer descaradamente, está ali no melhor slowburn do mundo.

"Magoava mais ver seus sonhos destruídos do que nunca tê-los."

Os coadjuvantes se destacam em cada momento que aparecem; personagens que não tinham tanta importância antes agora são voz da guerra, outros que participavam avidamente se escondem nas sombras do medo. Destaque para Jamshid, por quem eu me apaixonei demais no decorrer da história, todo corajoso e gentil, e para Hatset, uma rainha forte e poderosa, uma mãe doce e preocupada.

O Império de Ouro é um desfecho sobre o preço do poder. Até onde a vingança pode levar alguém. Fala abertamente sobre tirania, sobre os horrores da guerra e o quanto uma vítima pode abraçar o antagonismo em prol de uma causa sem força, tudo pela retribuição.

Daevabad é o berço da magia, uma cidade gloriosa, mas também é o palco de inúmeras disputas políticas e bélicas no decorrer de milhares de anos. É a prova de que, não importa o sangue, não importa a raça, não importa a magia, o poder vai falar mais alto. E é necessário muita força e coragem para desafiar essa hierarquia destrutiva.

"Ela encontrou o olhar dele de novo, e Ali sentiu alguma coisa se suavizar entre ambos, um emaranhad de ressentimentos não ditos e esperanças compartilhadas."

O Império de Ouro explora seu universo fantástico gloriosamente, unindo detalhes que apareceram lá no primeiro volume em um quebra-cabeça complexo e fascinante. Quando chega ao fim, você se emociona porque não quer se despedir de um mundo tão querido, tão interessante, tão carismático.

Fica aqui a minha despedida de coração quentinho e emocionado a Nahri, Ali e Dara, e tantos outros personagens que brilharam no desenrolar dessa trama. Obrigada a S.A. Chakraborty por uma trilogia tão fantástica.

site: https://www.queriaestarlendo.com.br/2022/05/resenha-o-imperio-de-ouro-sa-chakraborty.html
AnxietyMe0 01/02/2024minha estante
Que resenha perfeita! Essa trilogia foi maravilhosa mesmo! Aquelas que da vontade de esquecer pra ler de novo




Aline327 21/03/2022

Uau...
Esse livro foi pura adrenalina. Irresistível, foi impossível deixá-lo de lado. Simplesmente entrei de cabeça na história.
A autora foi brilhante.
Já sinto saudade dos personagens.
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Mylena.Barboza 18/04/2022

Não poderia ser nada senão 5 estrelas
Terminar Reino de Cobre foi relativamente demorado, mas Império de Ouro eu devorei. Aqui as tensões políticas e familiares estão no ápice, reviravoltas incríveis e ao mesmo tempo tristes no destino de muitos personagens. A guerra é uma realidade e eu esperava TUDO, mas me emocionar da forma que me emocionei? Não estava nos planos. Que série, meus amigos! Existem alguns pontos que não são tão bem explicados assim relacionados ao aspecto mágico da história, mas que não comprometeram a experiência maravilhosa que foi ler essa série. Foi tudo tão incrível pra mim, que o romance (algo que curto muito em fantasias) quase inexistente, não me incomodou.
Enfim, termino a leitura já com saudade pq não é todo dia que temos o sabor de ler algo tão bom!
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Lala 06/05/2022

Uma jornada inesquecível
"-Eu disse que você jamais quitaria a dívida comigo.
-Posso confessar uma coisa? [...] Eu jamais quis quitar a dívida com você."

Owwww esse livro veio no momento certo, em que eu preciso de esperança e ter fé que podemos encontrar a paz apesar de tudo. Enfim, a autora finalizou essa saga adequadamente. Mutandhir, Nahri, Ali, Dara, jamshid vão estar sempre no meu coração.
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