Bru Fátima 06/02/2023Gostei de cara do prólogo, achei uma pegada maquiavélica e torci para isso, mas na verdade Molly Gray, a camareira protagonista era um peão no meio do ass.assina.to no hotel. Ao descobrir o corpo de um cliente quando foi limpar o quarto, Molly derruba o primeiro dominó de uma longa fila de mistérios que acontecem por trás daquelas paredes, envolvendo muitos nomes e um esquema de crime sem precedentes.
Além de ter que lidar com o próprio envolvimento no ass.assina.to, ela precisará lidar com o recente luto pela perda da avó, sua única referencia, traumas do passado e pessoas que se aproximaram apenas para se aproveitar dela.
O que me chamou atenção desde as primeiras páginas foi uma séria de comportamentos emitidos por ela, como: comportamentos ritualizados, inflexibilidade cognitiva, compreensão literal, déficit em habilidades social generalizado, característica presentes no TEA, que geram uma série de prejuízos para ela, mas que em momento algum a autora aborda no livro. Achei isso um problema, ao não querer 'rotula' Molly, perde-se a oportunidade de explicar/ educar sobre o tema, mantendo o estereotípico preconceituoso que são associados por pessoas do seu meio por causa de seus comportamentos. Fiquei "ué expôs os comportamentos, o bullying sofrido por causa deles e não fez mais nada? Não educou?".
O enredo todo é um pouco previsível e não achei TÃO envolvente quanto imaginei que seria. Os plots do final foram surpreendentes, mas a armadilha achei improvável e teatral, meio novela das 18h. Esperei mais, bem mais, mas de forma geral é um livro bom.