Resenhas - Os coadjuvantes

Thatha 30/04/2022

Uau. Apenas, uau.
Absolutamente nada que eu escreva aqui vai fazer você entender sobre a intensidade desse livro. Um dos meus favoritos, sem duvidas. Preciso de mais Clara Drummond.

Cris 02/05/2023

Um retrato de futilidade, egoísmo e falta de empatia. A narrativa é tão boa que parece não ficção.

trizsembea 29/10/2022

Demorei muito a entender que rumo o livro ia tomar, até perceber que não ia tomar rumo nenhum. O que era pra ser uma crítica à classe média só me fez ter menos empatia por ricos, acho que pela protagonista ser tão pouco cativante ou por não ter criado um vínculo efetivo com a narrativa e com o leitor. É como se tivesse muito a ser explorado, mas pouco esforço despendido nisso.
A linha de conexão entre a personagem Darlene e a compreensão do mundo pra além da bolha tinha muuuuuito potencial, mas acabou sendo só algo mal explorado que, no fim, virou romantização (por parte da protagonista) e forçação de barra. Foi superficial.
A escrita da Clara é ótima, uma pena o livro ter sido curto assim

Marcelo1415 07/06/2023

Interesse ou interessante?
é doido pensar como certa classe, apesar de não possuir capital para transitar em determinado lugares, ainda imprimem certos códigos que fazem se aproximar de pessoas e de como parecer ser já é o suficiente em nossa sociedade

Erica.Barone 13/02/2024

Se a narrativa não fosse confusa, talvez fosse um livro interessante. Embora seja perceptível a ironia e a crítica social, me pareceu um emaranhado de relatos sobre a vida social da classe A, com alguns clichês.

juliapassos14 14/09/2023

O livro me trouxe muito incômodo, que ia crescendo ao longo do avançar na leitura. Nos últimos capítulos, acho que finalmente consegui lidar com isso e me vi envolvida. Gostaria de ter lido resenhas antes para já estar mais preparada!

Ingrid752 06/11/2022

A arte de provocar
Eu acho que o propósito da autora com o livro era justamente causar um incômodo ao leitor, e o objetivo foi alcançado porque eu fiquei em diversos momentos com uma sensação de asco, de desconforto tremendo.

Maíra 14/12/2022

É de uma honestidade...
Eu amei a escrita da Clara Drummond. Primeiro livro que leio dela e já vou buscar outros. Bem fluida, direta, sem medo. O livro é de uma honestidade corajosa que chega ate a nos incomodar. A protagonista é uma pessoa rica, que tem certa consciência das coisas, até sente uma culpa pelo sistema do qual faz parte, mas ao mesmo tempo não faz nada para mudar. Ela sabe dessa inação, sabe que deveria fazer diferente, mas se justifica e continua na mesma. É uma ficção bem real...

carly_ 13/09/2022

vou pedir um desconto, não é possível.
a protagonista Vivian, com seus trinta e poucos anos, curadora de artes, tem uma visão ácida e certeira dos seus previlégios, mas não consegue abrir mão deles e nem da mesada que ganha dos pais que tanto menospreza. uma baita hipocrisia.

eu fiquei esperando que o encontro entre Vívian e Darlene, a ambulante que vende cerveja em frente ao seu apartamento fosse o foco do livro, mas Darlene aparece só no primeiro e último capítulo, o que foi decepcionante.

o livro não tem nenhuma linha definida, é mais um jorro de informações pessoais, bajulações da burguesia, jantares e influências feitas por uma jovem branca e rica, privilegiada até os dentes (que devem ser de porcelana, claro) classe média/alta da zona sul do rio de janeiro.

há sem dúvidas uma linguagem direta e cômica, que satiriza a elite brasileira e te faz querer engolir a leitura e não parar até terminar de ler.

?Eu tenho muito pouco entendimento do peso do mundo. Não conheço a fome, não conheço a morte, não conheço o amor. Minha existência é uma busca por pequenas conquistas que na hora soam muito importantes. E daí desejo conquistas ainda menores, como se eu caminhasse olhando para o chão em busca de moedas.?

Alisson.Venazzi 15/08/2022

Coadjuvantes & a culpa branca
A realidade escrita por uma branca com culpa pela realidade que a cerca. Mordaz e cinico, escala sua narrativa com acidez perante os privilégios da protagonista e seus coadjuvantes

leiturasdabiaprado 07/02/2023

A leitura é rápida, a narrativa é fútil e a protagonista é uma mimada sem noção!
O livro retrata o público AA carioca, trintões da zona sul, com sobrenomes tradicionais, bancados pelos pais e donos de um estilo de vida lamentável! Regado a sexo, drogas e falta de realidade social!
O livro é uma crítica a esse nicho, mas causa repulsa, nojo e sentimento de que sim a humanidade deu errado!
Um livro que causa desconforto, talvez essa tenho sido a intenção da autora, fazer uma crítica ácida a essa cambada de filhinho de papai!
Em resumo: White rich problems!

Let Carvalho 08/08/2022

A autora traduz em poucas páginas reflexões de uma mulher privilegiada que sente sua bolha furada quando se depara com o ataque a uma ambulante. Uma crítica à uma geração elitizada que vive em uma bolha.

Eduardo 12/07/2022

Tribunal das almas pequenas
O livro de Clara Drummond traz um retrato ácido e cínico sobre a elite brasileira, especificamente a carioca, que sempre acha que não tem o bastante, mesmo sendo abastada. As relações interpessoais são permeadas por aparências, interesses e julgamentos. O importante é saber manter uma imagem certa e se relacionar com as pessoas certas.

Vivian, a personagem principal, trabalha negociando artes para a alta classe do Rio de Janeiro. Mesmo tendo consciência que é uma pessoa privilegiada e com olhar crítico ao meio que vive, ela usufrui de todas as vantagens e bens que sua posição fornece. Um paradoxo de personagem que não possui grandes pretensões de vida, mas que busca algum tipo de destaque no que faz.

O romance é um clic mais aprofundado de almas que aparentam ser grandes, mas vivem suas vidas medíocres lá do alto do prédio, bebendo seus drinques chiques sempre almejando mais, mas sem sair do lugar.

anne 19/04/2024

Os coadjuvantes
? as vezes a memória do dia seguinte edita os acontecimentos deixando apenas as cenas que gostaríamos de descartar: transparece o excesso do meu esforço, como uma atriz que não desaparece no papel, tão preocupada com o reconhecimento da sua performance, o que é patético. Eu queria muito ser naturalmente a pessoa que pareço ser.?

?Enquanto ouvia, eu só conseguia pensar no dinheiro que gastaria no botox, já que minha expressão fácil se contorcia a cada frase.?

?A satisfação não é fotogênica, é desvinculada do sucesso, portanto é válido perguntar: é realmente isso que eu quero? Não sei se felicidade silenciosa e anônima é suficiente para meu desejo.?

?Saber quem sou de fora é tão difícil quanto saber quem eu sou de dentro.?

Micaelly.Santos 07/10/2022

gostei, me impactou, é explícito e tem muitas críticas. o final é a cereja do bolo kkkkk é como se abrisse uma luz na mente da personagem, pelo menos sempre me sinto assim.