spoiler visualizarLunz 23/10/2022
Os melhores anos pra quem?
Emira, te entendo perfeitamente! Digo em relação ao trabalho pois essa é a única coisa em comum.
Gostei muito do livro, é o segundo que leio que mostra nitidamente personagens negros e confesso ter um bocado de medo de falar e sem querer acabar soando preconceituosa. Mas vamos aos fatos: no começo do livro eu já saquei o que se passava, Alex/Alix colocou a carta no cacifo errado. Achei que logo de cara ia perder a graça e virar algo chato mas o livro é bem desenvolvido e não deixa isso acontecer. É aqui que fico com medo de soar preconceituosa: quando a carta foi parar nas mãos erradas e o Robert chegou a questionar Alix sobre, ela recusou. Alix teve toda a razão pra tomar aquela atitude, afinal foi uma invasão. Kelley poderia ter entendido o lado da namorada e ter ficado ao lado dela mas como era um adolescente em busca de aprovação, ficou do lado do popular.
Uma coisa que não gostei foi de como o livro ronda mais em volta da obsessão da Alix com o Kelley, do que com a Emira. Poxa vida, não era a Emira a personagem principal?
Pelo o que deu a entender, Emira ficou remoendo pro resto da vida o tempo que ela trabalhou como babysitter e claro que ela teve bons momentos nesse emprego mas os melhores anos? Se aqueles fossem os meus melhores anos, nem sei o que faria.
No fim, um ótimo livro. Gostei de como a autora abordou o assunto sobre racismo-patrão-branco-empregado-negro.