Meu muito querido Pedro

Meu muito querido Pedro Fal Azevedo e Suzi Castelani




Resenhas - Meu muito querido Pedro


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Karin 29/12/2023

História do império na visão de uma mulher
Este livro eu ganhei de aniversário e não poderia ser mais grata. Eu amei ver a situação do Brasil pelos olhos de Leopoldina, imperatriz. E não é somente um livro político, mas a representação da invisibilidade e socialização das mulheres.

Recomendo demais!!
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Carol 08/07/2022

Impressões da Carol
Livro: Meu muito querido Pedro {2021}
Autoras: Fal Azevedo {Brasil, 1971-} e Suzi Castelani {Brasil, 1968-}
Editora: Drops Editora
132p.

Na barafunda que foi meu primeiro semestre, li alguns livros para os quais não fiz post com minhas impressões de leitura. Começo a saldar essa dívida com o fascinante "Meu muito querido Pedro", que inaugura a coleção "Todas elas morrem no fim da história".

O livro é um imaginado diário-testamento de Maria Leopoldina da Áustria, a primeira imperatriz consorte do Brasil, no qual assistimos à sua infância na corte austríaca, à celebração de seu casamento, por procuração!, com D. Pedro I e à sua estada em terra brasilis até sua morte, aos 29 anos, em decorrência de um aborto espontâneo.

"Neste meu caderno e em muitos e muitos outros, registrei tudo o que pude deste belo país, de minha não tão bela vida.
(...)
Todas as minhas lembranças de vida dançam ao meu redor como se eu ainda estivesse em Viena, numa das muitas e felizes festas da minha mocidade. Nem todas as minhas lembranças são alegres, como de fato não o foram todos os meus dias, mas não se bate às portas do Paraíso munido de ódios." p. 25-26

Leopoldina é uma figura histórica que sempre me atraiu. Herdeira dos Habsburg-Lothringen, teve uma educação esmerada. A imperatriz dominava alemão, francês, italiano, inglês, lia textos em latim e grego, desenhava, pintava, cantava. Era uma grande leitora, uma polímata, com um interesse genuíno pelas ciências naturais, em especial, botânica e mineralogia. Uma das principais responsáveis pela Independência do Brasil e pelo ideal de nação a partir daí.

"Só chegamos até aqui porque fomos precedidos de saberes múltiplos. Nossa obrigação é estimular e apoiar técnicas de registro, preservação e transmissão de conhecimento, pois esse é o caminho para a construção de uma identidade cultural. Não basta reinar sobre um país. É preciso também garantir que ele exista." p. 47

A Leopoldina imaginada pela Fal e pela Suzi é muito próxima da Imperatriz histórica, graças a uma pesquisa primorosa. Porém a delicadeza da escrita foi o que mais me fisgou. "Meu muito querido Pedro" é de uma beleza sem par.
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