Resenhas -

Erika 29/07/2023

Diferente e estranho e muito bom!
Ao iniciar a leitura, uma das coisas que mais estranhei foi a falta de um mapa pois não tenho a exata dimensão deste mundo. Em relação ao nome do título "A nona chuva", pode-se concluir que é um evento que vai marcar a futura guerra, pois a oitava chuva marcou uma grande guerra que envolveu todos os habitantes de Sarn com seres denominados "povo larva" a 300 anos atrás, que até mesmo após centenas de anos após a última guerra pouco se sabe sobre a origem destes seres, que aparentemente descem dos céus em grandes naves (Behemoths), estes seres além de enormes podem ter várias formas e na última guerra só foi vencida graças a uma raça superior oriundo de Ebora(que também são habitantes de Sarn). Os Eborarianos são seres quase imortais, altos, belos e de olhos vermelhos. Acontece que estes seres dependiam de sua Árvore Deus que fornecia uma seiva que lhes garantia saúde, forca, juventude e na última guerra a Árvore aparentemente morreu ao se sacrificar para matar a Rainha dos povos larva. Para tentar substituir a falta da seiva, os eborarianos passaram a consumir sangue humano e após centenas de anos os eborarianos passaram a sofrer de uma doença chamada fluxo carmesim que é mortal. Assim, no presente momento, só existem poucos eborarianos (até o momento não foi mencionado a quantidade), e assim conhecemos Tormalin que deixou o palácio de Ygseril (nome do Deus Árvore) e decidiu que simplesmente veria o mundo antes de adoecer, levando consigo a espada de seus ancestrais (Ninth Rain), que é até o momento a única arma que pode matar os seres oriundos da última guerra que ainda vagam por Sarn. Em algum momento ele conhece Vivenda, uma humana que o emprega para tentar descobrir mais sobre os Behemoths. Na jornada, topam com Noom, uma fugitiva de uma prisão de bruxas onde foi levada ainda criança e lá permaneceu até conseguir fugir. Para que o leitor não fique mais perdido (muita informação), em alguns capítulos abrem com descritivos em forma de carta que ajudam muito o leitor.
Gostei quando foi mencionado as bestas de guerra que lutaram ao lado dos guerreiros de Eboran, que podiam ser desde dragões alados, grandes aves, griffos, animais de 4 patas (raposas, lobos, felinos) concebidos por Ygseril.
Este não é um livro para fãs de intrigas políticas (quase inexistente), aqui a pegada é a sobrevivência dos habitantes de Sarn. Quem brilha aqui é a complicada relação da natureza com os destroços que vazaram dos Behemoths quando caíram após a Oitava Chuva, mudando a flora e fauna e assim encerrando os humanos em cidades muradas.
É digno de nota avisar que a autora não tira soluções da cartola, o final foi surpreendente!!

Segue abaixo uma citação do final do livro

"The Ninth Rain has fallen. The Jure’lia are awake. Nothing can be the same again"

PS:
Esta obra merecia ser traduzida e vendida aqui no Brasil, devidamente divulgada seria sucesso com certeza.