iamdudis 17/08/2022
Um passo pra frente, dois pra trás!
Inicio essa resenha mais como um desabafo. Fico bastante frustrada quando leio alguns livros de fantasia ? meu gênero literário favorito. Atualmente tem mais cenas de sexo, banalização de temas importantes, falsa militância e diálogos rasos, isso não é a magia e o poder que somente o universo da fantasia tem.
A melhor parte do livro são os capítulos finais, mas apenas as últimas 150 páginas não salvam totalmente um livro cansativo de mais de 600 páginas de apenas enrolação e repetitivo.
Poppy no primeiro livro tem toda a desconstrução da Donzela. No segundo livro temos desenvolvimento da Princesa de Atlântia. E nesse terceiro temos a ascensão da Rainha, mas para mim ela continua a mesma coisa desde o primeiro livro. Ganhar vários títulos ou poder não muda o fato de ela ainda ser impulsiva, manipulável e insegura, características que nessa altura deveriam ter sido trabalhadas. No final desse livro eu passei a perceber algumas mudanças, ela fazendo as suas próprias escolhas e colocando as pessoas em seus devidos lugares, sem o Casteel na volta sufocando.
Sobre o Casteel, ele perdeu toda a personalidade e magnetismo desde o segundo livro. Ele é apenas o "cão de guarda" e "sombra" da Poppy ? eu amo homem cadelinha, mas a autora passou do limite. Ele briga com todo mundo que pensa diferente dele ou da Poppy, por vezes sendo infantil demais. Eu realmente esperava mais de um personagem com mais de 200 anos e dito como: o Senhor das Trevas.
O livro é puro amadorismo apenas para se esquivar do que realmente é importante no desenvolvimento narrativo. A história fica boa parte girando em torno da chegada na capital de Atlântia. Então, por que a autora decidiu abordar até a metade do livro o plot de livro anterior? Eu só consigo entender que significa a falta de enredo/criatividade para preencher tantas páginas. Ela poderia ter dado povs para outros personagens, por exemplo, pois todos são superficiais e esquecíveis, se morrem nem pena sinto, rs.
Poppycas funcionam como casal, mas é tão maçante e clichê que você encontra em qualquer fanfic por aí, além do fato de repetir algumas cenas de Feysand (ACOTAR). Outra coisa, é um capítulo e uma mamada, mesma coisa do capítulo anterior e uma mamada ZzZzZzZ.
Os plot twists previsíveis demais desde o primeiro livro, no final não resta nada além de tédio. No entanto, houve coisas interessantes nesse livro - como: origem dos deuses, plot dos irmãos dos protagonistas e a ligação dos lupinos com os descendentes dos deuses.
Arrependo-me amargamente de ter iniciado essa série, odeio abandonar livro. O lado bom é que só leio quando é traduzido em pt, assim dando espaço (meses) de um volume para o outro.