Sussurros

Sussurros Orlando Figes




Resenhas - Sussurros


10 encontrados | exibindo 1 a 10


Mel 11/06/2023

Sussurros
Livro excepcional do Orlando Figes, retrata a vida privada na Rússia de Stálin, bem como no período imediatamente posterior à sua morte, com ênfase nos sentimentos das famílias e nas repercussões tanto pessoais quanto para suas vidas no trabalho e na sociedade, envolvendo a repressão do sistema soviético. Interessantíssimo, e um complemento de estudos sobre a Rússia muito enriquecedor. Indico fortemente a leitura.
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Alan kleber 04/08/2022

O mal em nome do bem.
Sussurros não é sobre Stalin, apesar de sua presença ser sentida em cada página, nem diretamente sobre a política de seu regime, mas sim sobre a maneira pela qual o stalinismo entrou na mente e nas emoções das pessoas, afetando todos os valores e relacionamentos. O livro não tenta resolver o enigma das origens do terror nem fazer uma tabela da ascensão e queda do Gulag, mas tem o objetivo de explicar como o Estado policial foi capaz de se enraizar na sociedade soviética e envolver milhões de pessoas comuns nos papéis de espectadores silenciosos e colaboradores de seu sistema de terror. O poder real e o legado duradouro do sistema stalinista não estavam nas estruturas do Estado nem no culto ao líder, mas como o historiador russo Mikhail Gefter certa vez observou, ?no stalinismo que entrou em todos nós?.

Os comunistas soviéticos prometiam trazer o céu a Terra, onde haveria igualdade entre todos, mas na verdade trouxeram foi o inferno. O apogeu desse inferno foi quando Stalin era o chefão, período no qual milh?es de pessoas eram presas e assassinadas pelo regime soviético. Os expugos de Stalin são conhecidos como o Grande Terror. Mulheres eram jogadas na miséria depois que seus maridos eram assassinados pelo regime soviético acusados de serem inimigos do povo, meninos e meninas viravam orfãos de uma hora para outra e muitas vagavam pelas ruas roubando e se prostituindo para sobreviver. Havia crianças que tanto o pai como a mãe foram assassinados, e muitas delas só souberam do destino de seus pais decádas depois. As condiç?es dos orfanatos em que essas crianças iam viver eram abjetas.
Havia filhos que abjuravam os próprios pais, depois que sofriam lavagem cerebral nas escolas soviéticas. Era ensinado as crianças que seus pais eram inimigos do povo. Inimigo do povo era toda pessoa que não acreditasse no comunismo implantado pelo governo.
Há várias historias de terror e de desespero nesse livro. Relatos terriveis de pessoas que viveram vidas em tempos impossíveis.
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MIRANDA 13/05/2022

Orlando figes desenvolveu um brilhante trabalho investigativo com relatos de famílias que sobreviveram ao regime ditatorial e totalitário de Stalin na URSS .
palavra para o livro : OPRESSÃO
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Will 18/01/2022

Pesquisa impressionante, ótima leitura.
Sussurros é um livro de história que impressiona pela extensão da pesquisa de Orlando Figes. Confesso que a leitura me surpreendeu positivamente por fazer uma cobertura completa de todo o período socialista russo, cobrindo a história a partir da perspectiva individual e íntima de famílias de diferentes esferas da sociedade.
O livro é uma viagem pela repressão e intromissão do regime na vida particular das pessoas, desde escolhas pessoais até aspectos totalmente banais. Podemos acompanhar a formação de uma rede de espionagem eficaz, moldada através do medo, onde denúncias eram apresentadas por pessoas comuns, seja pelo medo de serem punidas na falta de zelo ou também em provas fabricadas para eliminar pessoas próximas indesejáveis.
Também é comovente vivenciar as perdas das famílias, com os incontáveis mortos pelos motivos mais banais (ou até na falta de motivos). Além das mortes, também os danos irreparáveis dos Gulags e suas condições desumanas. É um retrato do perigo do autoritarismo, independente de intenções ou posições políticas.
Também destaco a parte sobre a vida da família Simonov. É muito interessante acompanhar o desenvolvimento da personalidade de Konstantin Simonov, parte e também produto do regime. Fica a critério de cada um avaliar o quanto atos são parte das necessidades do meio em que vivem e o quanto é parte da personalidade e vontade própria. O russo criou a União Soviética ou a União Soviética moldou o russo?
Um livro grande, que em nenhum momento cansa. Uma leitura extensa, repleta de dados muito bem situados na história. Encerro o livro muito satisfeito e com desejo de conhecer mais sobre Orlando Figes.
MIRANDA 13/05/2022minha estante
Olá Will, parabens pela resenha e realmente esse livro me surpreendeu também. Como a Rússia distorceu o comunismo . Ainda me pergunto como , após passarem por tantos sofrimentos , muitos ainda apoiam e não censuram o que aconteceu . Creio que a Rússia foi quem moldou os russos .
abraço e boas leituras . ( uma dica de leitura : A guerra não tem rosto de mulher
Livro por Svetlana Alexijevich )




Rogerio.Flores 15/12/2021

Dramático, chocante e avassalador.
Orlando Figes, considerado um dos maiores especialistas da história russa, traz em Sussurros uma impressionante carga de relatos pessoais atrelada aos fatos históricos que nos faz sentir como partícipes do período da ditadura Stalinista até a abertura soviética. Os dramas pessoais e o impacto resultante no modo de vida desenvolvido pela população são tão chocantes que dificilmente conseguimos sair da leitura sem algum tipo de impacto emocional. Em momentos revoltante, outros, piedoso e revelador, os relatos nos prendem despertando sentimentos sempre fortes. Uma obra que deveria ser muito conhecida e teve a fortuna de ser revelada de forma preciosa pelo autor.
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Paulo Henrique 28/08/2021

Sussurros
O título do livro é uma referência à maneira como as famílias que viviam em pequenas moradias, encostadas aos vizinhos , falavam entre si , com sussurros para não serem escutadas por outra pessoas.
Para quem quer saber como era viver sob o regime comunista de Stalin , este é o livro.
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Krisley 17/12/2015

Magistral!
Com um livro abrangente e detalhado, Orlando Figes usa relatos de várias famílias para mostrar como o comunismo dominava cada aspecto da vida dos soviéticos - não só os fatores socioeconômicos, mas também suas vidas intimas e relações familiares.

Cobrindo o período de 1917 a 2006, inúmeros aspectos da URSS são analisados (economia, política, cultura, religião), destacando: o ensino do bolchevismo para as crianças, as práticas religiosas escondidas, a perseguição aos “inimigos do povo”, a coletivização da agricultura, a grande fome de 33, o constante medo das prisões e exílios, os campos do Gulag, a Segunda Guerra, a desestalinização, a Guerra Fria e a queda da União Soviética.

Pelo amplo período de tempo abordado, é possível perceber como várias gerações de uma mesma família lidava com o comunismo, assim como acompanhar toda a trajetória de vida de indivíduos que participaram dos Pioneiros, da Komsomol, do partido Comunista, da Segunda Guerra, que foram enviados para algum campo do Gulag ou exilados, que retornaram à suas vidas anteriores e reencontraram a pessoa que as tinham denunciado.
Boa parte do livro é contada a partir da vida do autor soviético Konstantin Simonov, devido a seu período como correspondente de guerra, seu cargo na União dos Escritores Soviéticos e pelo impacto de suas obras na URSS.

Vários livros sobre a Segunda Guerra falam sobre como os soviéticos ficaram surpresos com o alto nível de vida dos alemães ao invadirem os territórios do Terceiro Reich em 1945, “Sussurros” mostra o padrão de vida soviético de uma forma bem explícita permitindo ao leitor ter uma boa ideia de quão baixa era a qualidade de vida da população sob o comunismo.

Escrita de forma magistral, com uma leitura interessante e não cansativa talvez seja a obra mais indicada para quem quer entender a sociedade soviética mais detalhadamente, inclusive do ponto de vista psicológico.

Livro contém 5 mapas do território soviético e esquemas das arvores genealógicas das 8 principais famílias citadas, além de 32 páginas com fotografias organizadas na mesma ordem em que as pessoas ilustradas são mencionadas no texto.
Tiago 04/08/2017minha estante
O livro é bom mas a edição da Record é um lixo. O indice no final do livro esta todo errado. É impossível encontrar um tema qualquer a partir do índice. A editora constatou o erro mas não tomou nenhuma medida para resolver o problema




Marco 06/08/2012

Excelente pesquisa
Uma pesquisa descomunal que conseguiu traçar os caminhos e fotografar os sentimentos de centenas de pessoas das mais diferentes classes que habitaram a União Soviética dos tempos de Stalin e assim nos apresentar um panorama do que deve ter sido viver nesse período tão desconhecido e paradigmático da História.
Geane.Ferreira 16/04/2018minha estante
https://historiadomundo.uol.com.br/idade-contemporanea/holodomor.htm
Holodomor é uma palavra ucraniana que quer dizer ?deixar morrer de fome?, ?morrer de inanição?. Tal palavra passou a ser empregada no contexto da história ucraniana para definir os acontecimentos que levaram à morte por fome de milhões de ucranianos entre os anos de 1931 e 1933. Grosso modo, o holodomor, assim como o holocausto nazista contra os judeus, consistiu em um genocídio contra a população da Ucrânia empreendido pelo comunismo soviético, que era liderado por Stalin.




Luis Netto 10/02/2011

Sussurros
No livro “Sussurros” o autor inglês Orlando Figes, que por sua profissão, professor de história em uma universidade de Londres, conseguiu escrever este livro, que relata a vida das famílias soviéticas que viviam sobre a ditadura de Stalin.
Neste livro Orlando transcreve como era vivenciada pela população comum toda a opressão stalinista. Mostrando o sofrimento deles, durante as prisões, muitas vezes sem motivo ou porque algum cidadão ousava falar mal do governo exercido por Stalin, a ditadura, mostra também como eram os julgamentos, que sempre corria a favor do governo, e principalmente o que mais choca a todos, os assassinatos, ‘porque eles matavam?’, talvez, meus amigos, nem eles soubessem responder, para alguns até tinha justificativa, e quase sempre era: “este cidadão desrespeitou o governo de Stalin”. Mas como que um cidadão soviético vai respeitar um ditador que não pensa nada em seu povo, que mata sem piedade.
Orlando também revela como eram os locais onde as famílias soviéticas viviam, apartamentos comunais, bagunçados, sujos, fazendo com que cada família inteira ocupasse um quarto, ou até mais de uma família abrigasse em apenas um quarto, não tinham privacidade, segurança, não podiam se comportar normalmente, pois sabiam que estavam sendo vigiados por soldados de Stalin.
A população era privada, privada pela legislação imposta por Stalin, não podiam ter uma ideologia, ou seja, não podiam pensar por si próprios, escolher que caminho iria seguir na vida, pois Stalin dava apenas duas opções, ou o cidadão ficava quieto em seu canto sem ser notado ou era preso, morto.
Todo esse transtorno causado por Stalin, ele reprimiu mais de 25 milhões de pessoas com este terror que Stalin formou na antiga União Soviética, que hoje é a poderosa Rússia. ‘É meus amigos 25 milhões de pessoas reprimidas em 25 anos de governo, é um fato assustador’.
Mas em 1953 todo este terror acabou, o grande ditador que ficará gravado para sempre na história russa e mundial faleceu, consolidando o fim de seu reino de horror.
Um livro extraordinário. Onde o autor busca passar informações não só sobre o governo de Stalin e sim sobre como a população vivia.
Recomendo a todos.
Cristiano.Alves 19/06/2015minha estante
"Ditador que não pensa nada em seu povo"

Relembro aqui as palavras do saudoso Herói da União Soviética Valentin Varennikov, que em 2008 defendeu na TV Stalin como o maior nome da Rússia "durante a época de Stalin nós fomos uma superportência, e nós nos tornamos uma superpotência por que fomos dirigidos por Stalin".
Realmente Stalin "não pensava em nada em seu povo", deve ter sido por isso que em sua época o analfabetismo foi eliminado na URSS, que a Igreja Ortodoxa, parte da vida de grande parte da população, foi restaurada, redes de escolas, hospitais, creches foram construídas, além de fábricas que permitiram a um povo antes 200 anos atrasado derrotar o inimigo fascista.
Vale lembrar que a URSS na época de Stalin criou as primeiras leis antirracistas da história moderna da qual se tem notícia, que inclusive criminalizavam o racismo numa época em que o ocidente vivia aberrações na ciência como a eugenia, que motivou leis racistas como o Jim Crow e as Leis de Nuremberg do III Reich, isso no "ocidente civilizado e democrático".
Engraçado é a resenha dizer que ele "revela os locais onde viviam as famílias soviéticas". Não sei se o autor deste comentário esdrúxulo, leviano, sabe, mas mais de 2 milhões de lares foram destruídos durante a IIGM na URSS. Provavelmente o autor do comentário não sabe disso, ele não é russo, e mesmo que fosse é nítido seu desconhecimento da história. Ainda assim, a partir da década de 50, ninguém morava mais na rua na URSS, diferente da realidade de países como Brasil e EUA, onde muitos moram na rua por causa da especulação imobiliária, ou precisam passar a vida inteira trabalhando para poder ter direito à moradia, um direito inerente ao homem na época de Stalin.
A ideia de que 25 milhões de pessoas foram reprimidas é simplesmente absurda, refutada facilmente com os arquivos de Moscou abertos em 89 e divulgadas por historiadores como Zemskov e Duguin, é fácil encontrar a tabela mostrando os números exatos publicados na American History Review e na L'estorie, revista francesa, que revelam milhares, e não milhões. Era uma época em que a URSS e a Rússia não tinha ladrões no poder, como certos nomes que hoje na Rússia enriquecem assim que chegam ao poder, sucateando as Forças Armadas, fábricas e outras instituições. Lembremos que na época de Yeltsin, e isso o governo confirma as estatísticas, morriam mais pessoas do que sob Stalin. Se alguém tem dúvidas sobre "quantos morrem sob Stalin", consulte qualquer obra sobre demografia.
Resumindo, é só mais um livro de um autor ocidental totalmente unilateral, nas impressões pessoais do autor, e não em métodos investigativos científicos. É um livro para pessoas sentimentalóides, que não se guiam pela razão e não tem coragem de investigar o outro lado. É catecismo para burguês e anticomunista. Confesso que gargalhei quando li que o livro é "baseado em depoimentos de presos". Ora, alguém já viu um preso falar bem de um sistema?! É como daqui a 50 anos alguém escrever um livro falando mal dos governantes do Brasil baseado em depoimentos de skinheads, sonegadores ou corruptos que foram de alguma forma prejudicados pela lei (observem que não falei em ser preso ainda).
Reino do horror é o de Andrew Jackson na América, que acabou com os índios, é o de Churchill que construiu campos de concentração na África e matou 25 milhões de fome só na Índia, território do Império Britânico, são os crimes da Rainha Vitória na Austrália.
O governo de Stalin corrigiu e eliminou todos os males deixados pelo Império Russo, a fome, causada pela agricultura atrasada, o analfabetismo, causado pela elitização do ensino, e o subdesenvolvimento, causado pela subserviência do tzar aos britânicos e franceses.
Livro unilateral, propagandístico, ruim e feito com o intuito de desacreditar a história soviética e equipará-la ao nazismo. Felizmente, na Rússia está em vigor um projeto de lei que tornará essa prática tão odiosa criminosa. É normal encontrar esse livro à venda num país onde só se publica uma linha de pensamento, e depois o grande premier Stalin é que era "ditador".


Joexis 03/11/2017minha estante
O "Bem" que foi feito não justifica o mal necessário para faze-lo. Será que o que o Sr. Cristiano informou, sobre o bem que foi feito por Stálin, fosse mostrado aos milhões de mortos do povo soviético, eles concordariam em morrer em nome desse bem??? Mas tudo bem, foram apenas alguns milhares, então pode.


Daniel Rolim 20/02/2019minha estante
Cristiano Alves transbordando parcialidades, cegueira e fanatismo. Daqui a pouco vai tentar fazer uma revisão do Nazismo, com base em achismos e documentos dos propagandistas de guerra nazistas. Por fim, foi tão bom o que Stalin fez na Rússia que algumas décadas depois ela desmoronou, por se comprovar insustentável política e economicamente.


Gigi 22/11/2021minha estante
Excelente livro
Excelente livro!!


Pedróviz 19/02/2022minha estante
Somente alguém totalmente destituído de empatia ou que ignora a realidade é capaz de defender personagens como Stalin. Ou isso ou é alguém realmente mal intencionado. O fato de um político ser um grande estadista não o torna mais humano, especialmente quando tudo o que ele visa é o poder. Poder pelo poder: esse é o verdadeiro dom da esquerda.




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