Cristiano.Alves 19/06/2015minha estante"Ditador que não pensa nada em seu povo"
Relembro aqui as palavras do saudoso Herói da União Soviética Valentin Varennikov, que em 2008 defendeu na TV Stalin como o maior nome da Rússia "durante a época de Stalin nós fomos uma superportência, e nós nos tornamos uma superpotência por que fomos dirigidos por Stalin".
Realmente Stalin "não pensava em nada em seu povo", deve ter sido por isso que em sua época o analfabetismo foi eliminado na URSS, que a Igreja Ortodoxa, parte da vida de grande parte da população, foi restaurada, redes de escolas, hospitais, creches foram construídas, além de fábricas que permitiram a um povo antes 200 anos atrasado derrotar o inimigo fascista.
Vale lembrar que a URSS na época de Stalin criou as primeiras leis antirracistas da história moderna da qual se tem notícia, que inclusive criminalizavam o racismo numa época em que o ocidente vivia aberrações na ciência como a eugenia, que motivou leis racistas como o Jim Crow e as Leis de Nuremberg do III Reich, isso no "ocidente civilizado e democrático".
Engraçado é a resenha dizer que ele "revela os locais onde viviam as famílias soviéticas". Não sei se o autor deste comentário esdrúxulo, leviano, sabe, mas mais de 2 milhões de lares foram destruídos durante a IIGM na URSS. Provavelmente o autor do comentário não sabe disso, ele não é russo, e mesmo que fosse é nítido seu desconhecimento da história. Ainda assim, a partir da década de 50, ninguém morava mais na rua na URSS, diferente da realidade de países como Brasil e EUA, onde muitos moram na rua por causa da especulação imobiliária, ou precisam passar a vida inteira trabalhando para poder ter direito à moradia, um direito inerente ao homem na época de Stalin.
A ideia de que 25 milhões de pessoas foram reprimidas é simplesmente absurda, refutada facilmente com os arquivos de Moscou abertos em 89 e divulgadas por historiadores como Zemskov e Duguin, é fácil encontrar a tabela mostrando os números exatos publicados na American History Review e na L'estorie, revista francesa, que revelam milhares, e não milhões. Era uma época em que a URSS e a Rússia não tinha ladrões no poder, como certos nomes que hoje na Rússia enriquecem assim que chegam ao poder, sucateando as Forças Armadas, fábricas e outras instituições. Lembremos que na época de Yeltsin, e isso o governo confirma as estatísticas, morriam mais pessoas do que sob Stalin. Se alguém tem dúvidas sobre "quantos morrem sob Stalin", consulte qualquer obra sobre demografia.
Resumindo, é só mais um livro de um autor ocidental totalmente unilateral, nas impressões pessoais do autor, e não em métodos investigativos científicos. É um livro para pessoas sentimentalóides, que não se guiam pela razão e não tem coragem de investigar o outro lado. É catecismo para burguês e anticomunista. Confesso que gargalhei quando li que o livro é "baseado em depoimentos de presos". Ora, alguém já viu um preso falar bem de um sistema?! É como daqui a 50 anos alguém escrever um livro falando mal dos governantes do Brasil baseado em depoimentos de skinheads, sonegadores ou corruptos que foram de alguma forma prejudicados pela lei (observem que não falei em ser preso ainda).
Reino do horror é o de Andrew Jackson na América, que acabou com os índios, é o de Churchill que construiu campos de concentração na África e matou 25 milhões de fome só na Índia, território do Império Britânico, são os crimes da Rainha Vitória na Austrália.
O governo de Stalin corrigiu e eliminou todos os males deixados pelo Império Russo, a fome, causada pela agricultura atrasada, o analfabetismo, causado pela elitização do ensino, e o subdesenvolvimento, causado pela subserviência do tzar aos britânicos e franceses.
Livro unilateral, propagandístico, ruim e feito com o intuito de desacreditar a história soviética e equipará-la ao nazismo. Felizmente, na Rússia está em vigor um projeto de lei que tornará essa prática tão odiosa criminosa. É normal encontrar esse livro à venda num país onde só se publica uma linha de pensamento, e depois o grande premier Stalin é que era "ditador".