Gustavo 24/05/2022
Macetando mais uma vez os livros
Feito de Neve é aquele tipo de livro que o leitor põe uma expectativa e pensa: esse vai ser O livro.
Ludibriado pelo autor dizer ser uma espécie de contos de fadas com uma roupagem moderna espelhada em Once Upon A Time e Grimm. Foi que eu tive uma das maiores decepções literárias desse ano. (O livro não é uma coisa e nem outra).
Basicamente, temos o Bruce que ele é filho da Branca de Neve e do rei. Ponto. É isso.
Ele é o dondoco que vai ser perseguido pela Malévola, a dita Madrasta ruim e que vai fazer da vida dele um inferno. Então, a tal maldosa madrasta vai contratar um Caçador que, curiosamente, vai se apaixonar pelo coitado do príncipe perseguido.
Essa é uma sinopse incrível, até vermos o desenvolvimento e alerta de spoiler: não tem desenvolvimento.
É um livro muito rápido e mesmo tendo um pouco mais de trezentas páginas, conseguiu não me entregar absolutamente nada sobre os personagens. Por dois grandes motivos: ou estavam fugindo ou estavam tendo momentos hot.
E quem já leu as minhas resenhas sabe que eu não ligo para o hot. Mas, quando o livro se escora somente nisso, tirando o livro daquele patamar de romance, para ter somente sexo, o livro se torna um pouco repetitivo.
Além disso, o que eu mais esperei ter que foram os momentos de magia, e a tal da grande batalha, nem foi uma batalha. A Malévola deu uma surra neles ainda comendo sobremesa. E ela é uma vilã tão injustiçada porque eu não consegui ver a mulher agindo. Eu só sei que ela é má e que é évola. Tirando isso, o autor não tem o menor trabalho de aprofundar a vilã transformando todas as motivações dela para realizar atos vis, vãs. Na verdade. O autor consegue uma proeza inacreditável que é reunir vários personagens mimados que nasceram no berço de ouro interagirem entre si e gerar esse enredo digno de centavos. (Nunca vou perdoar também o fato do nome real da Malévola, dentro desse reconto, ser Evangeline. Eu vou protestar contra o nome da coitada)
Devo dizer que a melhor personagem e que de certa forma conseguiu ter um certo desenvolvimento acaba morrendo com o motivo mais besta que o autor conseguiu me apresentar. Alerta de Spoiler: ela abriu um portal. O que não me deixaria tão irritado quando a personagem lutou a noite inteira usando magia, no dia seguinte usou magia e durante toda a participação dela dentro da história usar magia, ela ainda assim morreu por usar magia demais para abrir um portal.
Nossa.
Não suficientemente, o autor consegue deixar furos na história e que não foram fechados completamente. E outras tramas abertas pelo próprio autor que foram resolvidos em parágrafos.
É um livro que eu honestamente não recomendaria. E ainda faço uma petição para o autor reescrever esse bagulho. Eu vi ainda que esse foi o primeiro romance gay do autor, antes ele tivesse escrito só romances héteros. No mais, é isso.
Nota:1,5/5